A Inteligência Artificial e o Direito
Com o avançar da tecnologia e as diversas evoluções, valoriza-se hoje o que é “instantâneo”. O mundo tem pressa, as funções nos consomem e o prático, rápido e funcional é o que realmente nos enche os olhos.
Tudo isso resulta-se, principalmente, das Revoluções Industriais anteriores, que impulsionaram a produção em massa de bens de consumo. O trabalho braçal era substituído pelo das máquinas, que tornavam as indústrias cada vez mais produtivas e eficientes.
Máquinas a vapor, seguidas por aquelas movidas por derivados de petróleo e energia elétrica...e quanto mais o tempo passava, mais evoluções aconteciam, objetivando sempre melhores lucros e resultados.
Junto à Terceira Revolução Industrial, recebemos o “milagre” da computação e automação, substituindo cada vez mais o homem.
Hoje, vivemos a era da tecnologia e aquele que não a domina e não a torna seu aliado, seja nos estudos, nas pesquisas, no trabalho, na vida pessoal, etc, é deixado para trás e posto no esquecimento.
Muitos são os que pensam que uma hora ou outra, o mundo será dominado pelos robôs e não haverá mais espaço para o homem no mercado de trabalho. Porém se esquecem de que, embora a máquina seja mil vezes melhor em trabalhos repetitivos e padronizados através de sofisticados algoritmos, como pesquisas, preenchimento de planilhas, etc, elas não possuem a dádiva de serem humanos e a aplicação da “humanidade” é crucial em determinados momentos.
A famosa Inteligência Artificial (IA) vem como uma “bomba” de inovação. Ela permite que sistemas e máquinas simulem o pensamento humano, permitindo aos robôs que percebam e resolvam problemas, através de decisões. A vantagem aqui é a agilidade em funções que antes dependiam exclusivamente de seres humanos que possuem limitações, adoecem, precisam de descanso, se desconcentram, cometem erros (não estou dizendo que máquinas não erram, mas sabemos que as chances de erros diminuem bastante).
Com todas essas vantagens, é claro que tamanha tecnologia chegou ao ramo do Direito, trazendo melhores resultados em menores prazos e gerando o menor custo possível.
Tendo em vista que, a área jurídica passa por constantes atualizações, gerando um grande volume de novas informações em uma velocidade muitas vezes gritante, a expansão desta tecnologia se torna interessante ao suprir a incapacidade humana de ter acesso total de forma tão rápida a todas essas novas informações.
A utilização da computação cognitiva já é presente em alguns escritórios dos Estados Unidos. Agindo como uma espécie de biblioteca virtual, o robô-advogado Ross, criado pela IBM, já é capaz de responder algumas perguntas a respeito da legislação, jurisprudência, precedentes, citações e qualquer outra fonte de informação jurídica estadunidense.
Os escritórios jurídicos do Brasil já estão adotando também, progressivamente, o uso destas novas tecnologias, como exemplo, um escritório no Recife ao adotar o Watson para a automatização de serviços repetitivos, liberando tempo e energia dos advogados para casos mais complexos.
Conclui-se, portanto, que a utilização de novas tecnologias vem se tornando imprescindível em nossas vidas, aumentando nossa produtividade, nossos lucros e diminuindo a possibilidade de erros cometidos pelo cansaço e falta de atenção. Deste modo, cresça com a inovação e faça dela seu aliado.
Este artigo foi escrito por Eduarda Rocha e publicado originalmente em Prensa.li.