Leitores digitais vão substituir o livro impresso? Entenda!
Com a chegada dos livros digitais, a vida do leitor nunca foi tão prática. Agora o leitor não precisa reservar um espaço para armazenar os livros nem carregar peso na mochila. É possível ter quantos livros você quiser em um só dispositivo móvel.
Os leitores digitais são dispositivos em formato de tablet que permitem armazenar, comprar e baixar livros em formato de PDF e Mobi.
Geralmente oferecem funções que facilitam a leitura, como mudar o tipo e tamanho da fonte, a luminosidade da tela, espaçamento, destaques e até dicionário.
Todas essas funções servem para tornar a leitura ainda mais prática e dinâmica. O que não é possível com os livros físicos e tradicionais. Mas será que o livro físico vai acabar? A tecnologia vai erradicar todos os livros impressos da Terra? É o que explicaremos abaixo, continue acompanhando!
O que dizem os leitores?
Para entender melhor o cenário dos livros impressos, precisamos ouvir quem mais consome: os leitores. A preferência realmente mudou?
A 5ª edição da pesquisa ‘Retratos da Leitura no Brasil’, entrevistou 8.076 pessoas, de 208 municípios, entre outubro de 2019 e janeiro de 2020, e apontou que 17% dos leitores preferem ler livros digitais e 16% leem tanto e-books quanto livros físicos.
Ainda, 22% dos brasileiros leitores afirmaram que o preço é o principal fator na hora de comprar um livro. 88% dos leitores baixaram livros digitais gratuitamente e apenas 18% afirmou ter pagado para fazer o download.
Preço alto: o verdadeiro vilão
Como vimos acima, os leitores têm levado em conta o preço dos livros na hora de comprar, o que muitas vezes pode levar à preferência do livro digital que costuma ser mais barato.
Os livros impressos podem ser até 60% mais caros que os livros digitais. Isso acontece porque o custo de produção de um livro impresso é mais alto. Enquanto o livro de papel precisa ser diagramado, impresso, cortado, distribuído e armazenado, o e-book só precisa ser escrito, editado e disponibilizado na Internet.
Também precisamos levar em conta o cenário econômico enfrentado pelas editoras e livrarias nos últimos anos. A inflação e o desemprego aumentaram, o que tornou a venda de livros físicos ainda mais difícil.
Número de vendas
A boa notícia, é que as coisas estão melhorando! Em número de exemplares, as editoras venderam 409 milhões de exemplares em 2021. Em 2020, foram comercializados 354 milhões de cópias, um crescimento de 15,4%.
Já a venda de e-books teve um crescimento de 10,4% em 2021. As editoras venderam 9,4 milhões de unidades, sendo 98% em e-book e 2% em áudio - à la carte. O faturamento chegou a R$ 125 milhões.
Podemos observar que, apesar do cenário econômico atual, os livros físicos ainda representam o maior volume de vendas das editoras. Portanto, se algum dia forem substituídos pelos e-books, esse dia ainda está longe de chegar.
A conclusão final é que os livros físicos ainda têm sua fatia de mercado, apesar de todas as dificuldades que o mercado editorial enfrenta atualmente. As políticas de incentivo à leitura são essenciais para combater o baixo faturamento e estimular o hábito de ler na população, que a longo prazo podem ajudar a baratear os livros se a demanda for maior.
Os e-books vêm crescendo e se mostrando uma ótima alternativa para aqueles que gostam desse método de leitura e não podem pagar pelo livro físico.
Este artigo foi escrito por Bruna Teixeira e publicado originalmente em Prensa.li.