Literalmente o Rei dos Investimentos
Nos últimos anos, os canais de finanças do Brasil cresceram, e muito, tanto que isso impactou positivamente a bolsa de valores, já que várias pessoas “comuns” começaram investir na B3.
É de suma importância relembrar que, na última década, o número de investidores aumentou em mais de 10x (mesmo tendo uma pandemia aí no meio). Foi um salto de cerca de 500 mil para mais de 5 milhões de investidores. Tudo isso, graças à Educação Financeira! (e aos canais do Youtube)
Mas quem é o rei dos investimentos?
Não, não é o Tiago Nigro, é o Charles III da Inglaterra, mesmo.
Parece que trabalhar após os 70 anos está valendo a pena; o atual rei herdou mais de U$ 28 bilhões (isso não é a fortuna toda, ok?) e vai ter um big bônus aí: ele não paga imposto por isso.
Quando alguém morre, há a taxação sobre os bens através do Imposto de Transmissão de Causa Mortis - ele varia sua porcentagem a depender do montante herdado - só que, em razão de uma cláusula acordada em 1993, qualquer herança passada de “soberano para soberano” evita a taxa de 40% que é aplicada para propriedades com valor superior a U$ 377.000. (Que sorte, hein? Pois nem a nossa querida Rainha Elizabeth conseguiu não pagar esse imposto todo...)
O que ele está herdando?
A herança da rainha Elizabeth foi avaliada em U$ 949 milhões, e o The Crown Estate possui uma coleção de ativos de aproximadamente U$ 19 bilhões, incluindo shopping centers e parques eólicos (parece que eles já previam uma possibilidade de outras nações não enviarem energia em épocas de guerra, rsrs - isso lembra algo?).
A fortuna da família real britânica inclui o Castelo de Balmoral, na Escócia, tendo 166 anos de construção, e sendo o 2º maior castelo do mundo.
O Rei dos Investimentos - literalmente
Em suas longas décadas como herdeiro ao trono, Charles III investiu no desenvolvimento de sua propriedade privada, conhecida como Ducado da Cornualha, aumentando o valor desse em mais de 50%. É importante relembrar que esse foi o 1º ducado criado na Inglaterra, ainda em 1337, e ainda é integrado ao território Inglês.
Hoje, esse ducado possui campo de críquete, terras agrícolas, imóveis de aluguel à beira-mar, escritórios em Londres e alguns milhões investidos em empresas offshore, uma delas sendo administrada por um dos melhores amigos de Charles.
Ducado da Cornualha, Bens sem Proprietário, e Imposto de Renda
Esse ducado é um grande império de propriedade comercial da família britânica, sem pagar qualquer imposto sobre as sociedades. O ex-Príncipe pagava imposto de renda voluntário no montante de 45% (mas nem essa bondade toda vai nos fazer esquecer da queridíssima Diana).
O Reino Unido possui o seu sistema jurídico baseado no Common Law, mas o que é isso? É que as decisões da tradição servem como arcabouço jurídico. Em outras palavras: não precisa de lei para obrigar alguém, mas de uma tradição forte e duradoura.
E o ducado da Cornualha segue esse mesmo sistema, quem morre lá sem deixar testamento ou parentes tem suas propriedades integradas ao Duque, tanto que, de 2009 a 2020, o Charles III recebeu 3,4 milhões de libras oriundos de “bens sem proprietário” ou “bona vacantia”. Além disso, ainda foram arrecadados 201 mil libras de empresas falidas e dissolvidas. (Tradição boa demais, não é?)
Tentando Posar de Bonzinho
Por saber que sua mãe não viveria para sempre, o ex-Princípe Charles III optou por doar todo o dinheiro de “bona vacantia” ao Fundo Benevolente do Ducado da Cornualha, que ajuda comunidades locais.
Mas, nem mesmo isso fez parar as críticas à atual Rainha Consorte.
Será que o Rei Charles III irá continuar no poder? Será que ele irá aumentar o patrimônio da família real? Bem, só nos resta aguardar e ver até onde ele irá durar, senão, teremos que esperar algo do Príncipe William....
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Este artigo foi escrito por Maria Renata Gois e publicado originalmente em Prensa.li.