Marketing pós-pandemia: o que fazer para garantir a sobrevivência do negócio?
A pandemia do coronavírus, que é um marco no ano de 2020, certamente acentuou o medo e ansiedade de pais em todo o mundo, preocupados com a própria saúde e a de seus familiares. Os cuidados com a saúde e bem-estar, que já estavam em alta, mudaram hábitos e até mesmo se estenderam após o fim da pandemia. A instabilidade conômica, marcada pelo estouro da meta de inflação também colocam em risco o faturamento de muitos empreendedores.
Como fazer o negócio mais adaptável a tantas mudanças e mudar a forma de se comunicar com os consumidores?
Neste artigo, você vai conhecer algumas estratégias de marketing pós-pandemia que podem se mostrar fundamentais para reerguer seu negócio e promover um ambiente de compras dentro das expectativas de seu cliente.
Reconfiguração dos espaços de convivência
O momento de isolamento, apesar de ter sido desastroso para os pequenos negócios, também representou uma oportunidade de repensar os hábitos de consumo. De acordo com um relatório elaborado pela WGSN (um dos maiores especialistas em levantamento de tendências do mundo), conforme o seu público entra em um estado de alerta maior sobre sua saúde e cuidado com sua família, mais ele tende a priorizar as marcas e empresas que ofereçam uma sensação de segurança.
Essa mudança de valores é acompanhada pelo uso massivo dos dispositivos digitais, já que o isolamento forçou diversos negócios a acelerarem sua presença digital para se adaptar às demandas online. Em poucas semanas, diversos varejistas já aumentaram seu investimento no comércio eletrônico e, com a pandemia, o e-commerce ganhou cerca de 4 milhões de clientes.
A tendência é que, após a reabertura do comércio, as estratégias de marketing voltadas para o momento de pós-pandemia continuem focadas no ambiente digital. Aqueles prestadores de serviço que dependem de um espaço físico para trabalhar precisam ser transparentes e pensar em estratégias que engagem os clientes, proporcionando um ambiente acolhedor e seguro para toda a família.
Sendo assim, é provável que você precise redesenhar seu espaço de trabalho com o objetivo de reduzir aglomerações e facilitar o acesso a produtos de higiene, como máscaras, lenços descartáveis ou álcool em gel. Os ambientes recreativos, como playgrounds e brinquedotecas devem redobrar a atenção para manter os pais despreocupados nesse aspecto.
Mensagens com propósito
Além do foco no e-commerce e no comportamento do consumidor (que está mais preocupado com a higiene e segurança do que antes), uma tática que deve ser utilizada em escala pelas marcas é a comunicação estratégica. Aqueles comerciantes que se viram forçados a fechar as portas no passado precisam pensar em mensagens alinhadas às crenças pessoais de seus clientes (na tentativa de criar um senso de estabilidade) ao posicionar sua atuação no mercado.
O que também deve continuar é a valorização de um propósito presente na comunicação com seus clientes. O momento requer mensagens de empatia com os seus consumidores em potencial, por isso reforce a parceria.
Lembre-se que as mensagens que refletem os anseios e desejos dos seus clientes se tornarão ainda mais relevantes durante este período de crise.
Distribuição de canais
Já sabemos que a grande maioria das empresas foi pega de surpresa pelo fechamento do seu canal principal: a loja física. Todos os processos que exigiam contato presencial foram cortados rapidamente. Portanto, com o isolamento e as restrições de abertura do comércio, a quarentena acelerou a necessidade de rever canais de distribuição para os produtos e serviços da empresa.
No intuito de manter a receita do negócio, também sabemos que é preciso redescobrir e desenvolver os canais digitais. Pode ser que você já os tivesse antes, mas ele corresponde uma parte grande de seu investimento?
Um erro do pequeno empresário é dividir o seu comércio entre online e offline, presumindo que existem dois tipos de consumidores. Outro erro é manter apenas um canal dominante. Se você tem alta concentração em um único canal, provavelmente já está sofrendo as consequências disso no seu faturamento.
Apesar de a pandemia fazer parecer que apenas o meio digital é viável de investimento, é importante lembrar que há dezenas de subcanais pouco explorados ali, que podem ajudar a empresa a se manter firme durante a crise de um mercado em recuperação.
Alguns desses canais já são conhecidos, como o Whatsapp, influencers em redes sociais e live commerce (quando aproveitamos o conteúdo produzido ao vivo para apresentar e vender produtos). Talvez seja necessário rever suas ofertas e, para isso, nada melhor do que conversar com seus próprios clientes e fazer testes. Afinal, se as prioridades dos consumidores mudaram, também é preciso pensar em novas formas de vender. E provavelmente seu portfólio inclui (ou pode incluir) serviços que são mais atraentes. Seja criativo.
Como você pode perceber, o maior desafio do marketing pós-pandemia é criar estratégias capazes de proporcionar mais tranquilidade e segurança para seus consumidores. Aproveite o momento para adotar uma nova postura com relação ao trabalho e nunca deixar de colocar o cliente no centro de suas tomadas de decisão.
Este artigo foi escrito por Bianca Lopes e publicado originalmente em Prensa.li.