Mas afinal de contas, o que é uma IA autoconsciente?
Você conhece o J.A.R.V.I.S? Certamente, se você é fã do universo cinematográfico da Marvel você conhece este personagem fictício. Ele é uma inteligência artificial criada por Tony Stark, que mais à frente, acaba se materializando no corpo do herói Visão.
É de se analisar a inteligência do personagem, já que este se destaca não apenas pelas suas habilidades, mas também pela sua interpretação sobre seu lugar no mundo logo em suas primeiras aparições.
Seria fascinante ter uma pequena demonstração do personagem fictício no nosso mundo real, não acha? Ou será que já temos?
Recentemente, a Google se tornou o tema central de muitas rodas de conversa.
Isso aconteceu por causa da seguinte notícia: um engenheiro do Google foi afastado de seu cargo após alegar que um programa de Inteligência Artificial se tornou autoconsciente.
De acordo com o engenheiro, ele teria interagido com a LaMDA (Language Model for Dialogue Applications), o gerador de chatbot artificial e inteligente da empresa. O profissional disse ter conversado com a IA sobre religião, consciência e sobre as normas da robótica.
Embora o Google afirme que não há provas de que a LaMDA tenha adquirido consciência, fica uma pergunta no ar: afinal, o que é uma inteligência artificial autoconsciente?
Para compreender esta questão, vamos entender nos próximos tópicos o conceito das duas palavras chaves da pergunta: inteligência artificial e autoconsciência.
O que é uma IA?
Segundo o Dicionário Brasileiro, Inteligência Artificial se conceitua como “Ramo de pesquisa da Ciência da Computação que tem como objetivo desenvolver tecnologias que simulem a inteligência humana, como raciocínio, aprendizagem, linguagem, inferência e criatividade”.
Esse conceito se tornou um nome bastante usado no campo da tecnologia e das máquinas que são processos resultantes das revoluções industriais que o mundo sofreu em tempos passados e que ainda está presente em nosso cotidiano.
É possível encontrar algumas representações de uma IA em obras cinematográficas ( como o J.A.R.V.I.S) ou até mesmo na própria rede de navegação da internet e em alguns aplicativos ( exemplo: app Replika).
O que é ser autoconsciente?
A autoconsciência envolve estar ligado aos diferentes pontos de vista do eu, incluindo traços, conduta e emoções. Estar e ser autoconsciente é um estado psicológico no qual o indivíduo se torna o foco da atenção.
De acordo com o Vittude Blog, a autoconsciência está entrelaçada no tecido de quem você é, e surge em diferentes pontos, dependendo da situação e da personalidade da pessoa.
Em outras palavras, ser autoconsciente é ter uma percepção do eu, com o ser que torna a identidade singular. Estas singularidades podem ser compostas de pensamentos, experiências e habilidades.
Então, o que é uma IA autoconsciente?
Portanto, uma inteligência artificial autoconsciente é uma simulação humana tecnológica capaz de compreender e criar emoções com quem interage, além de ter sensações, necessidades, crenças e, virtualmente, vontades próprias.
Porém, no caso da LaMDA, ainda é uma incógnita sobre ela possuir consciência ou não.
Isso se deve porque a IA possui capacidade argumentativa baseada em algoritmos que aprendem a responder perguntas a partir da “leitura” de uma grande quantidade de textos disponíveis durante o aprendizado, ou seja, quanto mais frequente for uma informação, maior será o “conhecimento” da IA sobre aquele assunto.
Será que um dia realmente teremos uma IA com consciência em nosso meio? Nos resta aguardar, pois afinal de contas, a tecnologia tem sido uma grande protagonista no palco mundial.
Este artigo foi escrito por Sarah Gomes e publicado originalmente em Prensa.li.