Metaverso: o futuro para empresas
Imagem: Artlabs/Reprodução
O futuro já chegou e com ele novas oportunidades estão aí. Follow the money!
A sua empresa já tem um plano estratégico para se posicionar em algum metaverso?
Se ela não tem, é melhor acordar para essa realidade. É certo que as empresas precisam abrir os olhos para o universo do Metaverso.
As oportunidades que existem para novos modelos de negócio são inúmeras, portanto, não perder o timing é crucial. Quem não se posicionar neste mercado agora terá dificuldades para conseguir depois, dada a escassez de ativos digitais que o Blockchain criou.
Por exemplo, até agora, para criar um e-commerce de sucesso, bastava subir uma plataforma na internet, ter bons parceiros de integração e APIs (application programming interface) para desenvolver uma cadeia digital sólida.
Além disso, investir em campanhas de marketing segmentadas para atrair, converter e se relacionar com o cliente pensando no tom de voz da marca, identidade visual e persona alvo e por aí vai.
Agora, além dos pontos citados nos parágrafos acima, as marcas precisarão posicionar-se em locais estratégicos dentro dos metaversos por aí, estreitando relacionamento no momento certo para o público certo.
A escolha de um ponto estratégico de venda que antes era físico, passou a ser digital, tanto para aluguel quanto para compra!
Trata-se da difusão de espaços digitais para montar suas lojas, provendo experiências, fazendo parceria com shoppings, multimarcas e criadores de conteúdo nesse universo que já movimenta milhões de ativos e em breve, será muito comum para todos nós.
Loucura? Concordo! Mas é a realidade e não podemos ignorar.
As marcas já estão aproveitando-se do Metaverso para impulsionarem seus negócios, marcando presença, criando legados satisfatórios nesses novos territórios, como veremos a seguir.
Por que e a quem importa?
Essa realidade alternativa abre um leque de possibilidades, sendo um difusor nas experiências imersivas, coletivas e compartilhadas. Dentro dele é possível criar avatares, gamificação, experiência com óculos de realidade virtual, entre outras tecnologias que estão em alta.
O grupo Boticário fez um teste e registrou 9 milhões de visitas na sua loja no metaverso do Game Avakin Life em menos de dois meses.
Como as marcas estão se posicionando no Metaverso
Com o Metaverso, abre-se uma gama de oportunidades desenvolvidas através de realidade virtual. Com essas inovações de realidade, deixa-se simplesmente de contar histórias para fazer parte delas.
As marcas estão embarcando em fornecer novas experiências utilizando realidade virtual. A Gucci vendeu uma bolsa virtual por R$ 22 mil no metaverso do Roblox e fez desfiles de moda com seus avatares.
A Ralph Lauren e a The North Face lançaram suas linhas fashions digitais para avatares ficarem mais estilosos com peças únicas através do NFT, tokens que garantem autenticidade aos seus donos, por meio de códigos numéricos com registros de transferência digital.
Imagine construir uma loja de roupas, com um lookbook de 360 graus, para que o cliente possa através de seu avatar, olhar itens, experimentar peças, exatamente como ele faz nas lojas físicas.
É justamente esse conceito que o videogame intitulado Afterworld deu vida: The Age of Tomorrow da marca Balenciaga, lançaram sua coleção em outono de 2021.
Apostando na transição do mundo real e virtual, que constrói uma narrativa por meio de arquétipos atemporais e imagens especulativas, que reforça a ideia de imersão real, ambientada em uma utopia virtual.
E não para por aí, Adidas, Nike, Coca Cola e diversas outras empresas também já se movimentam para se posicionar neste universo.
Como funciona
Você já imaginou ser vizinho do Snoop Dog?
Um investidor de criptomoedas desembolsou mais de 2,5 milhões de dólares para ter um terreno virtual do rapper em metaverso The Sandbox, um universo virtual com uma criptomoeda própria em que é possível comprar terrenos e criar itens e até alugar locais.
O investidor gastou 71 mil unidades de SAND, a criptmoeda do game, para comprar o terreno ao lado do rapper. O próprio snoop que recentemente fechou uma parceria com o metaverso, comprou um conjunto de terrenos conhecido como Snoopverse.
Este vídeo mostra a experiência que um vizinho virtual do Snoop Dog poderia ter sem a necessidade de se locomover de um bairro, cidade ou país, tudo instantâneo, imediato.
Pensando em networking, é algo a ser explorado. Que tal criar nossos avatares e casas enquanto há tempo?
Conclusão
Em recente entrevista para a The Verge, Mark Zuckerberg disse que espera que no futuro, construir o metaverso seja algo tão natural quanto perguntar a uma empresa como está sua internet.
Os próximos anos nos reservam a criação de uma economia digital forte com base em interações neste novo mundo digital porque tudo será interoperável e conectado.
Hoje, já conseguimos ter essa percepção, de modo que não existe limite para criatividade e nem mesmo o espaço virtual será uma barreira.
Isso significa introduzir novos serviços, como meio de pagamentos que tem muito a ganhar com o Metaverso, vender novos produtos por lá, entre outros complementos digitais que ainda não podemos sequer imaginar.
Este artigo foi escrito por Rainier Luidgi e publicado originalmente em Prensa.li.