Metaverso - integrando valor nos mundos
A disputa entre Microsoft e meta na era do Metaverso promete ressignificar a relação das empresas com seus colaboradores e posteriormente com seus clientes.
De um lado temos a gigante Microsoft, que passou anos investindo em HoloLens e AltspaceVR e do outro, a Meta, que tem bilhões de usuários ativos no Facebook e no Instagram, que alavancam suas ambições no âmbito virtual.
O toma lá dá cá está apenas começando. A Microsoft entrou de cabeça acelerando a corrida no desenvolvimento de uma série de serviços, relacionados tanto a realidade virtual quanto a realidade aumentada.
Ela trouxe uma novidade: o Mesh, uma plataforma colaborativa para experiências virtuais, que promete impactar o mercado. A ideia é promover maior interação, aumentando e replicando projeções, por meio de avatares que poderão participar de reuniões, diretamente para o Microsoft Teams já no próximo ano.
Essa ação deve-se a um grande esforço ao combinar a realidade híbrida da empresa com o trabalho do dispositivo de realidade virtual da Microsoft, o HoloLens, através da criação de avatares animados que podem ser utilizados nas reuniões e videochamadas.
As equipes poderão usufruir de avatares 3D.
A visão projetada destaca que o Mesh é a representação máxima para o futuro das reuniões da Microsoft Teams, e deve ganhar vida no primeiro semestre de 2022.
A Microsoft está construindo, juntamente com o Together Mode (recurso que oferece benefícios exclusivos em reuniões), processos que ajudem a reduzir a sobrecarga cognitiva de profissionais que estão em videochamadas o dia todo.
Pretende criar um modelo de reuniões mais interativas e dinâmicas, melhorando o senso de conexão dos usuários. Os profissionais de TI partiram do pressuposto que é muito difícil colaboradores permanecerem engajados e enfocados depois de 30 ou 40 minutos de reuniões.
Esse foi um dos insights que diagnosticaram após meses vendo seus colaboradores trabalhando de casa, de maneira árdua, durante longas jornadas de trabalho.
Agora a realidade é diferente, onde o que se tem visto são pessoas adaptando-se ao trabalho híbrido. Imagine obter novos avatares 3D, com impulso em direção a um ambiente de Metaverso?
O Microsoft Teams pretende facilitar a jornada de seu usuário, onde ele não precisará colocar fone de ouvido de RV para usá-los. A partir de agora, esses avatares podem representá-los literalmente em reuniões 2D e 3D.
É possível escolher ter uma versão animada de si mesmo se não estiver com vontade de ligar sua webcam.
Microsoft Teams está recebendo novos avatares 3D
Um dos pontos altos é a variedade de opções personalizadas, escolhendo ou não estar presente na reunião, além disso, é possível captar e interpretar cordas vocais para animar aquele avatar.
Além disso, a Microsoft usará Inteligência artificial para ouvir sua voz, e em seguida, animar seu avatar, principalmente se usuário mudar para uma reunião 3D mais envolvente e dinâmica.
A animação também dispõe de novas ações, onde o usuário consegue gesticular, mudando a expressão facial.
Uma loucura, não é mesmo?
O ponto de convergência nisso tudo são os espaços imersivos, cujo propósito é aumentar a integração entre Microsoft e Mesh, onde ambos concentram esforços para construir um Metaverso para as empresas.
A Microsoft prevê espaços virtuais dentro do Teams onde as pessoas podem interagir, expandindo suas conexões, socializando com jogos ou até mesmo usando aplicativos da Microsoft para colaborar em projetos.
Espaços de reuniões virtuais em 2022.
A Microsoft está construindo também suporte para tradução e transição, possibilitando seus usuários de interagirem com equipes de outros países, reunindo-os por meio desses espaços virtuais do Team.
E o que fica disso tudo?
Vejo uma corrida muito grande para chegar à ponta do Iceberg, onde há mais informação sobre esse desafio de ambiente virtual do que se pode perceber, obrigando-nos a adaptarmos nessa imersão virtual. Caso contrário, estaremos submersos nesses blocos de gelo.
E com o Metaverso não está sendo diferente. Empresas poderão construir seus próprios espaços virtuais dentro das equipes, captando novos recursos, contratações, estimulando processos e metodologias mais ágeis.
Neste momento nós temos empresas como a Microsoft criando ambientes e abordando nossas próprias experiências de maneira mais humanizada, trazendo uma sensação de realidade mais próxima ao mundo em que vivemos, estimulando o contato visual e o presencial. Ao meu ver, será ótimo.
Este artigo foi escrito por Rainier Luidgi e publicado originalmente em Prensa.li.