A migração de arquivos e dados para a nuvem se tornou importante para o atual momento em que estamos vivendo. A pandemia da COVID-19 forçou diversas organizações a trabalharem remotamente.
Migrar para a nuvem oferece diversos benefícios:
Mais eficiência operacional;
Menos custos;
Mais agilidade;
Aceleração da inovação.
Quando falamos de eficiência operacional e menos custos, dizemos que o processo de migração pode reduzir os custos de TI em até 40%, de acordo com a McKinsey. O que significa eliminar o excesso de provisionamento da infraestrutura on-premises e reduz o downtime dos aplicativos.
Quando os dados e informações estão em nuvem, as equipes de TI desenvolvem aplicativos com mais agilidade, isto por que não é necessário configurar a infraestrutura local.
As plataformas de nuvem ofertam recursos avanças de Big Data e aprendizado para as organizações, ou seja, os dados das organizações ganham mais valor e a inovação fica presente nos processos.
Para que a organização enxergue todos os benefícios oferecidos na migração de dados para a nuvem, é preciso adotar a integração como componente estratégico.
As organizações devem se concentrar em um conjunto de casos para integrar produtos importantes, entre eles:
Migração dos dados e aplicativos existentes da infraestrutura on-premises para a nuvem;
Integração de aplicativos SaaS a dados e aplicativos on-premises;
Conexão de aplicativos nativos da nuvem em ambientes on-premises e na nuvem.
Tais integrações normalmente contam com três abordagens para a migração. Os métodos mais tradicionais para este processo são conhecidos como “lifting and shifting”, conexão de sistema on-premises e na nuvem com a criação de interfaces ponto a ponto.
Entretanto, essa abordagem pode gerar diversos desafios em relação a escalabilidade, eficiência e ao tempo de atividade do aplicativo. Veja quais são as dificuldades encontradas em cada um desses três métodos de integração.
Migração de aplicativos e dados existentes da infraestrutura on-premise para a nuvem
Este método de migração de aplicativos e dados existentes, parte da premissa que a organização deve reescrever as integrações para que elas possam ser compatíveis com a nuvem e, assim, migrar os aplicativos entre diferentes ambientes.
Como mencionado anteriormente, existem diversas abordagens para migrar os aplicativos e dados existentes da infraestrutura on-premises para a nuvem. Nesse caso, as organizações podem fazer o “lift and shift” de aplicativos e dados para a nuvem em seu estado atual.
Porém, este formato de migração apresenta alguns problemas. Dada a complexidade das integrações, ele pode resultar na interrupção considerável do serviço para os aplicativos que estão sendo migrados.
Uma segunda opção é ignorar a migração, e, em vez disso, reescrever os aplicativos na nuvem. Porém, este método desperdiça o tempo e investimentos que foram feitos anteriormente.
Algumas organizações recorrem ao código personalizado ponto a ponto entre sistemas e aplicativos na nuvem. Este método pode garantir segurança, mas a curto prazo. O modelo associa os sistemas on-premises à infraestrutura de nuvem que você está implementado.
Desta forma, isto complica a visibilidade das outras integrações existentes, consequentemente, dificulta a aderência aos ambientes de segurança. O modelo também cria o aprisionamento tecnológico e dificulta o processo de desativação das integrações futuramente.
Logo podemos entender que as abordagens tradicionais apresentam problemas que a longo ou curto prazo podem complicar o setor de TI, e atrasar o processo de migração para nuvem. Assim sendo, diversas organizações encontraram uma nova abordagem: a conectividade API-led.
O que é a abordagem API-led?
Este método moderno conecta os dados de aplicativos por meio de APIs reutilizáveis e intencionais. As APIs que fazem parte deste método são desenvolvidas com um único propósito: desbloquear dados de sistemas, compor dados em processos ou oferecer uma experiência.
As APIs do sistema acessam os principais dados de registro e oferecem um caminho mais fácil para o usuário, que não precisará lidar com as complexidades e qualquer alteração no sistema subjacente. Ou seja, o usuário não precisa acessar os dados subjacentes para conseguir alcançar os dados que são importantes.
As organizações podem escolher criar este formato de API para expor o acesso ao sistema de registro, por exemplo, o banco de dados do cliente, e à infraestrutura da nuvem que ele usou para migrar os dados.
Já as APIs de processo são desenvolvidas para integrar e modelar os dados em um, ou vários sistemas. Essas interfaces são independentes do sistema de origem, bem como os canais de destino. Caso a organização queira usar esta API, ela pode criar uma interface de processo que chama o sistema e a infraestrutura de nuvem.
As APIs de experiência servem para reconfigurar os dados, desta forma, eles serão consumidos pelo público alvo a partir de uma fonte de dados comum. Nesse caso de uso, é possível criar APIs de experiência que sirvam de interface comum a todos os aplicativos que consomem dados do sistema original.
Integração de aplicativos SaaS a aplicativos e dados on-premises
Neste segundo caso, no processo de migração para a nuvem, as organizações se deparam com a integração de aplicativos SaaS a aplicativos/dados on-premises legados
Este processo enfrenta diversas barreiras de integração, incluindo a ponte entre formatos modernos de dados e protocolos de transporte.
Quando as empresas utilizam métodos tradicionais, elas acabam seguindo um processo, neste caso específico é a segunda fase. Muitas vezes elas optam por este método a fim de atenuar as limitações encontradas pelo sistema.
Para isso, elas podem elevar e migrar pontos de extremidade on-premises para ambientes IaaS ou PaaS.
Porém, está abordagem, como outras tradicionais, oferece diversos riscos, como a interrupção do sistema. Além disso, este meio pode gerar mais custos para a infraestrutura da nuvem visto que os sistemas monolíticos exigem mais recursos de computação.
Para evitar custos adicionais, algumas organizações decidem por recriar a lógica do aplicativo e desativar aplicativos on-premises. Sendo assim, a empresa deve pensar se vale a pena erradicar anos de investimento para começar do zero a produção dos aplicativos.
A última abordagem escolhida pelas organizações é a criação de integrações de código personalizadas ponto a ponto entre aplicativos on-premises e SaaS. O desafio deste método é que as organizações devem reescrever o código para cada aplicativo, o ponto negativo deste meio é que as antigas integrações não podem ser reutilizadas.
Como a conectividade API-led aborda o caso de uso
Após esta análise dos métodos tradicionais, podemos visualizar que a conectividade API-Led é a melhor opção para as organizações.
Abordagem permite que as empresas supram os desafios mais urgentes que foram criados pelos meios tradicionais. Por exemplo, dependendo dos requisitos de negócios, é possível implementar integrações síncronas baseadas em API para viabilizar o dimensionamento de aplicativos SaaS, otimizando a capacidade de computação.
Além disso, a facilidade da API-led abordar em três camadas a conectividade, as empresas podem separar os pontos da on-premises e na nuvem, usando APIs. Logo, as organizações podem reutilizar as interfaces em cada aplicativo que precisa de acesso e registro específico.
Para facilitar ainda mais os casos de uso, é possível separar o sistema legado do tráfego excessivo de aplicativos SaaS, esse meio implementa políticas de estrangulamento e limite de taxa na camada da API do sistema.
Os benefícios da conectividade da API-led são diversos e abordam com maestria a migração de aplicativos e dados existentes on-premises para a infraestrutura em nuvem.
A AnyPoint Plataform
É uma plataforma desenvolvida unificada para gerenciamento de ciclo de vida de integração e API pela Mulesoft, esta solução tem como premissa tratar especificamente da conectividade API-led.
A plataforma oferece diversos benefícios para que as organizações possam migrar para nuvem de forma tranquila.
Esta estrutura ofertada pela Mulesoft já foi utilizada pela Federal Communications Commission (FCC) e pelo HSBC. Ambas tinham dificuldades para migrar suas informações para a nuvem, e como outras organizações, acabaram por utilizar os meios tradicionais.
A Anypoint Platform foi criada especificamente para conectividade API-led e oferece muitos benefícios exigidos para a migração para a nuvem, desde uma arquitetura preparada para o futuro até recursos de monitoramento acionáveis.
Integração na nuvem é realidade
Uma integração bem feita de sistemas e aplicativos garante uma migração para a nuvem tranquila. Contudo, muitas vezes as organizações pensam que existe a necessidade de recorrer a diversas abordagens para concluir o processo de migração.
Na verdade, estes diversos meios podem criar uma infinidade de desafios, como abrir mão de diversos anos de investimento, lógica de aplicativos, anulação da oportunidade de reutilização de serviços, entre outros.
*Texto adaptado do whitepaper "Movendo para a nuvem: qual a importância das arquiteturas baseadas em API?"
Este artigo foi escrito por Editorial Prensa.li e publicado originalmente em Prensa.li.