Nostalgia: Goku e a fusão dos Streamings
Quando eu era pequena o termo fusão parecia algo bem complicado. Um dos meus colegas de escola tentou me explicar da forma mais fácil e infantil possível: Colocou um amiguinho nosso ao lado e gritou “fusão” como em Dragon Ball Z, bem, naquela época, foi a melhor explicação possível. E sinceramente? Posso levá-la até hoje.
Streamings e Plataformas
Que a Netflix, queridinha dos streamings, está passando por momentos difíceis, ninguém pode negar. Até comento aqui que ela precisa conter os gastos para que consiga “sobreviver” nesse “mercado feroz”.
Enquanto a vermelhinha, por anos, só gerava prejuízo, a HBO Max parece que também começou a sentir uma pressão. (Ainda que tenha sido uma década depois dos primeiros indícios).
Por isso, a Warner Bros e o Discovery vão fundir seus streamings, sendo lançado essa nova plataforma mista ano que vem ,segundo os CEOs das respectivas marcas. Parece que foi a única solução possível para mantê-las ativas, e bem, esperamos que a “metamoru” seja realizado da forma correta, ou, as consequências poderão ser drásticas…
Game of Thrones e o dinheiro
Que GOT era uma série muito lucrativa, ninguém duvidava. Em 2017, a HBO ganhou 3 vezes mais com o streaming, no mês de lançamento da série derivada de Fire and Blood.
É de suma importância relembrar que essa foi/é a série mais pirateada da história, mesmo ainda em 2022, 3 anos após o seu término.
Mas como?
Então, uma das técnicas de marketing empregada pela produção foi: quanto mais pirataria da marca, mais ela é disseminada de forma natural, sem ter que injetar dinheiro para isso. E bem, foi assim que todo mundo ouviu e viu Game of Thrones.
O retorno é tão lucrativo que mesmo com o fiasco do fim da série, ela ainda está no topo, mesmo após 3 anos do seu fim. E claro, todos queriam assinar a HBO no período de lançamento da série, já que, a pirataria nos sites das duas uma: ou infectava seu computador, ou a qualidade era tão boa que não havia como discernir quem era cersei de james. (Saudades resolução HD)
Ainda, a HBO vai lançar GOT em 4k, bem como o spin off derivado dela. Aguardemos os próximos capítulos para ver como será a audiência...
O que isso tem a ver com o filme da Batgirl?
Basicamente, o filme foi cortado nas palavras do chefão por esses motivos:
“Não vamos lançar um filme a menos que nós acreditemos nele. Nós estamos fazendo um reset. Haverá uma equipe com um plano de 10 anos focada apenas nas produções da DC. Será muito similar à estrutura que Alan Horn e Bob Iger criaram com o [chefe da Marvel Studios] Kevin Feige na Disney. Nosso objetivo é engrandecer a marca e os personagens da DC, além de protegê-los. É isso que estamos fazendo.” (David Zaslav, CEO)
Em outras palavras: não estão vendo retorno financeiro nos filmes, e por isso, precisam “colocar o pé no freio”.
A DC, infelizmente, não possui sorte nas suas adaptações cinematográficas. Lanterna Verde 2011, já era um presságio para os outros fracassos que viriam: Esquadrão Suicida (2016), Liga da Justiça (2017), X-Men Fênix Negra (2019) entre outros.
Dessa forma, a única solução foi tentar “fortalecer os personagens” e adiar os planos.
O motivo de Batgirl não ser lançado na HBO Max é justamente esse, segundo Zaslav:
“Considerando os dados, nossa conclusão é que com filmes de alto orçamento lançados direto em streaming – em termos de como são assistidos na plataforma ou a recorrência do público comprar um serviço por ele – não há comparação com o que acontece quando você lança um filme nos cinemas. Então, não faz sentido lançar filmes caros direto em streaming. Estamos mudando nossa estratégia.”
Haverá mudanças?
Já houve! Vários programas foram retirados do catálogo logo após a confirmação da fusão. A empresa ainda esclareceu que HBO Max e Discovery+ serão lançados nos EUA e na América Latina como um único serviço em 2023.
“No final das contas, juntar todo o conteúdo foi a única maneira que vimos de tornar isso um negócio viável”, disse JB Perrette, CEO e presidente de streaming global e interativo da Warner Bros. Discovery.
Para os curiosos de plantão: o novo nome da marca não foi dito ainda
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Este artigo foi escrito por Maria Renata Gois e publicado originalmente em Prensa.li.