Número de adeptos da meditação cresce 45% na pandemia
A prática da meditação para ajudar a dormir foi a mais procurada nos últimos dois anos e segue em alta.
O isolamento social provocou um fenômeno introspectivo em toda a população, expondo sentimentos antes abafados pela enorme quantidade de ruídos presentes no dia a dia das grandes cidades.
A pandemia escancarou as portas de uma série de problemas emocionais e evidenciou a importância em cuidar da saúde mental e emocional em todas as idades.
Dados da pesquisa realizada pela Organização Mundial da Saúde revelam que o Brasil é o país com mais ansiosos no mundo. E a ansiedade, segundo especialistas, tem sido o mal do século. A mudança na rotina aliada ao enfrentamento de uma doença desconhecida colaborou para a elevação de casos no Brasil e no Mundo.
A procura por meditação teve um aumento de 45% na pandemia. Em casa ou nas empresas, a prática foi recurso essencial para quem buscou equilíbrio entre corpo e mente diante das incertezas trazidas pela nova realidade.
O hábito de meditar surgiu há muitos anos em países da Ásia. Os relatos mais antigos datam de aproximadamente 1.500 a.C.
Naquela época havia uma rota comercial conhecida como ‘Rota da Seda’ por onde passavam os produtos e a troca de conhecimento de práticas culturais de cada região.
Dessa forma a meditação foi disseminada para os países orientais e posteriormente para o ocidente.
Em sua origem o ato de meditar estava profundamente ligado a religião, como o Budismo, o Hinduísmo, Islamismo e a Cabala.
A polarização permitiu novas vertentes para a prática, que atualmente está inserida como tratamento alternativo em algumas especialidades médicas.
Em 1970 foram produzidas as primeiras pesquisas que apontaram o impacto positivo do relaxamento em respostas fisiológicas. E há um grande interesse da comunidade científica em entender e explicar os benefícios do alinhamento entre corpo, mente e alma.
A palavra meditar vem do Latim Meditare, que significa Estar em seu centro ou Voltar-se para o centro - movimento que pode ser alcançado dependendo do nível de concentração e relaxamento do corpo no momento da prática.
Dentre os benefícios causados pela meditação estão:
Promoção do controle emocional
A diminuição a insônia
A melhora dos sintomas de depressão
A promoção do autoconhecimento
A melhora o autocontrole
A promoção da inteligência emocional
O aumento da concentração
A diminuição da sensação de dor física
O resgate da autoconfiança
A melhora da memória
Segundo o site de buscas, Google, a procura por meditação guiada para dormir teve um aumento de 200% durante a pandemia. O sono foi outro processo diretamente afetado por preocupações e sofrimentos causados pela Covid-19.
A meditação é indicada para todas as idades. Algumas escolas de educação infantil, por exemplo, introduziram na rotina o momento do relaxamento, ideal para auxiliar com a agitação causada pela perda do trato social depois de dois anos de isolamento.
Para além de dormir ou estudar, a meditação pode ser aplicada todas as vezes que a mente e o corpo não estiverem em sintonia.
Como começar:
Reserve um tempo para a prática
Procurar um lugar calmo e silencioso
Alinhe os pés e endireite a coluna
Controle a respiração: Respire fundo e solte devagar
Acolha seus pensamentos
Tenha um mantra
Foque novamente na respiração até que os pensamentos se tranquilizem
Recomece se necessário
Especialistas afirmam que os impactos negativos da Covid-19 na saúde mental perduraram por muito tempo e para este sintoma não há vacina. A meditação e o silêncio fazem diferença no seu cotidiano. Cuidar da saúde mental é, mais do que nunca, essencial. Sempre que puder relaxar, pise no freio e se conecte - volte-se para o centro.
Este artigo foi escrito por Rebeca Motta e publicado originalmente em Prensa.li.