O amor na visão de um redator criativo (copywriter)
O amor já foi descrito várias vezes por inúmeros poetas e amantes da literatura.
A boa arte fala diretamente ao coração, descreve sentimentos, a condição humana, os encontros e desencontros da nossa vida sentimental.
Agora, que tal se um redator criativo substituísse o poeta na árdua tarefa de escrever sobre nossa sensibilidade?
Isso não deixa de levantar questões polêmicas, discussões acaloradas e muita reflexão sobre o conceito de relacionamentos humanos e artes. E por quê? Bem, vamos para um caso bem prático: a minha história.
Morre o poeta e nasce o copywriter!
Em primeiro lugar, trago um conceito bem simples e rápido do que é um copywriter (conhecido como redator criativo por algumas pessoas):
especialista em escrever textos persuasivos (copy);
o copy tem tem objetivos estratégicos focados em marketing: apresenta soluções para o mercado;
o copy é escrito segundo estruturas e fórmulas certeiras para ativar emoções no leitor ou leitora;
no final, o copy estimula a pessoa a agir.
Nas redes sociais, por exemplo, o copy pode persuadir a pessoa a comprar alguma coisa, curtir, comentar ou compartilhar um post. Logo, um copywriter é considerado como um especialista em persuasão.
Um texto com uma finalidade tão mercadológica pode ser considerada como arte?
Bem, eu escrevia poemas nos meus tempos de juventude. Acreditava que tinha talento para comentar sobre romantismo e falar sobre nossos destinos emocionais.
Após um breve período de amadurecimento e passada a fase de juventude, descobri minha falta de talento para a escrita poética. Além disso, fui perdendo o interesse.
Com o passar dos anos, aperfeiçoei minha literatura focada em marketing, persuasão e vendas diretas. O que escrevo é arte?
Estou autorizado a falar sobre o amor mesmo não sendo poeta?
Marketing é atingir o coração…
Sou um atento observador das relações humanas e do jogo social. Estudar o ser humano me enche de ideias para escrever um bom copy que ative as emoções mais adequadas na minha audiência e na minha clientela.
Então, o simples fato do copy estimular algum desejo nas pessoas já classifica minha literatura como sendo uma espécie de arte! É um misto de regras, ciência e criatividade (fuga do clichê e quebra do convencional).
Algumas vezes, eu mesmo preciso reescrever as regras dessa ciência para escapar do padrão!
Peço licença, mudo o assunto e cito algumas palavras de Mário Quintana: “o segredo é não correr atrás das borboletas, é cuidar do jardim para que elas venham até você”.
Cultivar minhas habilidades como copywriter, aprender a lidar com pessoas, crescer profissionalmente e ser admirado pelos resultados que entrego para clientes me traz muita satisfação e contentamento com a minha vida.
Essa descoberta do meu propósito é cuidar do meu jardim para que a alegria do meu viver atraia o amor. É preciso que aconteça naturalmente!
No meu caso, o copywriter se funde com a minha própria identidade: sou minha própria escrita e literatura.
Confiando no amor, consigo expor minhas qualidades e defeitos com maior franqueza. Quem gostar de mim permanece na minha vida. E isso é tudo o que precisa ser feito!
Para finalizar: O que eu quero de você?
Esse último trecho menciona as palavras, frases e estratégias usadas para prender a sua atenção. Revelo a magia usada na minha comunicação para mostrar como minha copy funciona como arte e impacto emocional:
texto com argumentos e linguagem simples;
usei exemplos do cotidiano (citei o poeta apaixonado, amores e relacionamento humano);
perguntas posicionadas para despertar a curiosidade do leitor e conduzi-lo até o final;
foco em polêmicas reflexões para tornar minhas palavras mais atrativas, porque comparei o copywriter com o poeta.
Por fim, esse artigo foi escrito a partir de regras do universo da copy. Portanto, é lógico que quero persuadir e fazer as pessoas aceitarem uma ordem minha. Todo boa redação publicitária apresenta essa característica final.
Tenha fé no amor: compartilhe esse texto com quem você ama.
Este artigo foi escrito por Felipe Gruetzmacher e publicado originalmente em Prensa.li.