O arco de Demon Slayer que me fez “ex-hater” do anime
Imagem - Reprodução
Como uma pessoa que achava que Demon Slayer era superestimado pra caramba, depois de assistir esse arco posso dizer: me arrependo por não ter começado antes e ter dito todas aquelas lorotas sobre esse anime.
O arco do Distrito do Entretenimento me fez ficar de queixo caído, chorar, espernear, compartilhar edits no Instagram, entre outras coisas. Esse arco abriu 2022 com extravagância!
O primeiro episódio do arco consegue fechar a história do anterior e dar abertura para o seguinte de uma forma organizada, interessante e instigante, não deixando a desejar.
Distrito do Entretenimento, aqui vamos nós! (Imagem: Reprodução)
A entrada do Tengen Uzui, Hashira do Som, foi bastante divertida e também intimidadora. Ele tentando sequestrar aquelas pobres garotinhas para irem à missão com ele foi até engraçado. Pensei: como ele simplesmente chega no lugar, pega duas meninas nas costas e quer as levar para uma missão assim… DO NADA?
O trio, então, se oferece para ir na missão com o Hashira no lugar delas e o arco finalmente começa. É tão hypante!
Os momentos de maior brilho
Tanjiro brilhou bastante! Sua persistência e força na luta foram incríveis, mesmo que eu me perguntasse como ele ainda estava se aguentando em pé nos últimos episódios.
A persistência e coragem do Tanjiro são coisas a serem bastante admiradas, viu? O bixinho não desistiu de jeito nenhum, mesmo todo quebrado. (Imagem: ufotable)
Zenitsu mostrou todo o seu poder de uma forma esplêndida. Eu o subestimei bastante durante a primeira temporada e até mesmo no filme, mas depois dessa temporada só fiquei pensando: é, o cara é brabo mesmo.
O Inosuke e seu humor meio burrão foi o que mais me conquistou nessa temporada sem dúvidas. Ele é meio “bicho do mato” quando se relaciona com a maioria das pessoas, mas tem uma força e resistência incríveis em combate. Não é atoa que conseguiu SERRAR o pescoço da Daki, cortando sua cabeça fora.
Minha dupla favorita! Zenitsu a mimir e Inosuke falando gritando pronto pra lutar. (Imagem: ufotable)
Ficando mais forte e enchendo a Daki de chutes, a Nezuko mostrou toda a sua força brutal nesse arco.
A cena em que o Tanjiro fez de tudo para impedi-la de acabar devorando um humano foi emocionante! Ver o quanto Tanjiro se esforçou (e até se machucou) para protegê-la de perder sua humanidade foi bonito de se assistir.
Mesmo com um visual cheio de polêmicas, podemos dizer que a Nezuko arrasou com toda a sua pose de crossfiteira. (Imagem: ufotable)
O Hashira da vez, Tengen Uzui, chegou chegando para conquistar o coração de todos nós! Seu jeito de lutar com essa arma um tanto incomum em meio aos seus colegas de trabalho é elegante. A forma como ele está, na maioria das vezes, sorrindo enquanto luta é cativante!
Sua história foi mostrada de uma forma bastante rápida mas até que satisfatória. Não creio que tenha muito do que reclamar quanto ao seu final no último episódio, como já vi muitos fazendo. O cara perdeu um olho e um braço… se aposentar era o melhor que ele podia fazer.
As interações do trio principal como um todo com ele foram cômicas e enérgicas. Não tão profundas como foram com o Rengoku, mas foi de me fazer querer chorar quando o Tanjiro lembrou dele enquanto lutava ao lado de Tengen. Rengoku pra sempre em nossos corações!
O personagem mais bonito de Demon Slayer e eu não quero ser contrariada aqui, porque sei que tenho razão! (Imagem: ufotable)
A animação de milhões?
Sim! Uma animação de outro mundo!
A animação nas cenas de luta foram limpas e bem trabalhadas. Não só isso, mas até mesmo em cenas mais “estáticas” tudo parecia ter saído de uma pintura.
O estúdio trabalhou cuidadosamente com o 3D e o 2D em muitas cenas, deixando todo o cenário em que a ação acontecia (ou não acontecia) como um só.
Fala sério, olha esse frame… Fantástico! (Imagem: Reprodução)
Uma das partes que mais me chamou atenção durante toda a luta contra os demônios, foi quando o Uzui enfrentou o Gyutaro diretamente. O brilho das explosões me deixava hipnotizada. Era um show de cores!
A ambientação é incrível! As pousadas, as ruas, o céu escuro da noite, as luzes e lanternas penduradas. Tudo isso em conjunto com a trilha sonora fez eu me sentir no Japão durante a Era Taisho. É muito imersivo!
A direção musical tá de parabéns!
Acredito que uma boa trilha sonora faz a diferença em qualquer conteúdo áudio visual. Uma boa música de fundo, mesmo que seja um simples instrumental, ajuda muito o telespectador a receber a emoção que tal cena quer provocar nele.
E nisso, Demon Slayer não peca…
Como disse, a trilha sonora desse arco é sensacional. A maneira como as músicas e os efeitos sonoros foram dirigidos durante os episódios me deixou vidrada.
Meus batimentos e respiração eram “controlados” pelo ritmo da música nas cenas mais tensas.
Era cada grito e berro dos personagens com aquela música estonteante no fundo. Impossível não se arrepiar! (Imagem: ufotable)
Não posso deixar de citar como a abertura e o encerramento foram lendários! A cantora Aimer cantou ambas as músicas e foi de arrepiar.
A música e a animação da abertura foi bastante enérgica e festiva, combinando com o conceito do ambiente onde os personagens se encontravam. Fogos de artifício e uma bateria viciante. Escuto quase todos os dias!
Daki e Gyutaro
Os dois irmãos eram demônios muito fortes. Derrotá-los foi bastante trabalhoso, já que os personagens deviam cortar a cabeça dos dois, simultaneamente, para os matarem.
A habilidade da Daki foi a minha favorita, sem dúvida, já que envolvia suas faixas e eram cenas bonitas de se ver. Aquele tom de rosa/lilás contrastou bem com o escuro da noite.
Mesmo depois de derrotá-los, Tanjiro foi misericordioso com os demônios e, pra falar a verdade, eu comecei a chorar nesse momento. Ele tem um coração grande, então, creio que seja impossível não se emocionar ao vê-lo ter tais atitudes.
Os demônios têm suas histórias mostradas e é de cortar o coração. Passei a sentir um tiquinho (só) a mais de simpatia pelo Gyutaro depois de ver o inferno que ele teve que passar durante sua infância por puro preconceito.
Nisso, eu achei MUITO interessante como foi feito um paralelo entre Nezuko e Tanjiro x Daki e Gyutaro. Os dois amam e protegem suas irmãs mais novas até mesmo com a própria vida se precisarem… Eles só se encontram nas posições atuais por conta da sorte ou falta dela, como Tanjiro comenta.
Acho que foi uma das coisas mais interessantes em toda a luta. A nossa dupla de irmãos não se transformou em servos do Muzan, como Daki e Gyutaro, por pouquíssimo mesmo. (Imagem: colagem/reprodução)
Não posso deixar de citar a aparição do demônio Douma, a Segunda Lua Superior. Só de pensar que seu dublador é o mesmo que dá vida ao Dazai, de Bungou Stray Dogs, eu fico super animada para vê-lo e escutá-lo na próxima temporada.
Mamoru Miyano colocando mais um personagem icônico em seu currículo de dublagem. (Imagem: reprodução)
Foi extravagante!
Em 32 minutos, o episódio final consegue fechar o arco do Distrito de Entretenimento e ainda dar abertura para o que vai acontecer já no próximo: a tão esperada reunião das Luas Superiores.
A Nezuko teve mais um momento fofo, correndo por aí toda fofinha com seu irmão nas costas. Preciso assumir que foi uma das melhores cenas do episódio pra mim.
Extravagância era algo que o Tengen Uzui sempre falava durante o arco e foi assim que ele finalizou: extravagantemente.
O tema da abertura começou a tocar e eu não pude conter minhas lágrimas ao ver os personagens reunidos e vivos (na medida do possível). A bateria pesada da música e os créditos subindo com todo esse tom de “Missão Cumprida” foi lindo.
Nezuko pitiquinha ali no meio! (Imagem: ufotable)
Toda a luta contra a Daki e o Gyutaro foi extremamente desgastante para todos ali. Quando o final chega e eles se abraçam e choram felizes por estarem juntos, você sente um grande alívio no peito. “Oh, finalmente posso respirar em paz” eu pensei enquanto chorava.
Fico muito feliz por ter tido alguém que (quase literalmente) me amarrou no sofá para assistir a essa segunda temporada. Demon Slayer conseguiu, finalmente, a minha atenção e coração. Tudo isso graças ao trabalho impecável de todos os envolvidos na produção dessa temporada.
Se a primeira temporada e o filme não conseguiram te prender, super recomendo que dê mais uma chance e assista a esse arco! Temporada 10/10.
Este artigo foi escrito por Vitoria Serpa e publicado originalmente em Prensa.li.