O Estranho e Maligno Visitante
Lançado em 2019, o longa foi escrito por Brian Gunn e Mark Gunn, respectivamente, irmão e primo de James Gunn. Este, por sua vez, produziu a película que começa da mesma forma que a origem do Superman e da maioria de suas contrapartes: Um casal tenta, a qualquer custo, ter um filho até que um bebê cai dos céus, literalmente.
Logo no começo, já notamos algumas homenagens diretas ao Superman. Como o interesse romântico na juventude, o bullying sofrido, o convívio com os pais, Tori e Kyle Breyer, e até uma trilha que remete ao tema do Kryptoniano composta por Hans Zimmer.
Mas existem algumas mudanças também. Aqui, o jovem alienígena é mais apegado à mãe do que ao pai e o filme é quase todo sob o ponto de vista dos pais adotivos. Ademais, diferentemente dos pais terráqueos de Clark Kent, eles não se sentiam seguros de revelar a origem para seu filho, Brandon Breyer. O que foi um dos pontos de ruptura para o relacionamento entre os dois e o garoto.
A transformação de Brandon vai muito além de rebeldia juvenil e fica bem claro que os pais não tinham como interferir. Esse outro ponto não é muito enfatizado no filme e, talvez, por isso muita gente tenha achado que as motivações dele foram rasas.
Não acho que era necessário se aprofundar. Por exemplo, nos filmes de Superman, sabemos que Jor-El queria transformar o seu filho em um tipo de salvador, mas não temos informações sobre os planos de longo prazo e se é que existiam. No caso de Brightburn é até mais simples e direto, mas com motivações completamente opostas aos do pai biológico de Kal-El.
Como se fosse um aval para que o personagem principal externasse os seus desejos mais profundos, mas sem adentrar em uma análise psicológica. A única coisa que se precisa saber é que a puberdade somada a superpoderes e uma influência negativa são uma péssima e perigosa combinação.
Sendo assim, preparem-se, o terror aqui se vale da violência gráfica. Teve muitas cenas que tive dificuldade para ver, são para quem realmente curte.
Não há muito mais o que dizer sem entregar spoilers. Tem alguns momentos cômicos, mas são bem esporádicos. O final ainda sugere um universo compartilhado ou brinca com a possibilidade, já que é incerto ainda se haverá mesmo ou não uma continuação.
É um filme divertido, sem pretensões e um bom exercício de imaginação. Fica a indicação, se você gosta do gênero de Super-Heróis e de Terror.
Imagem de capa - Divulgação
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Este artigo foi escrito por Fabio Farro de Castro e publicado originalmente em Prensa.li.