O futuro da robótica na educação
Uma breve história dos robôs na educação
A robótica na educação não é um conceito novo. Na verdade, o primeiro robô foi usado em uma sala de aula há mais de 60 anos. O Unimate, um braço robótico desenvolvido por George Devol e Joe Engelberger na década de 1950, foi instalado pela primeira vez em uma fábrica da General Motors.
Em 1961, tornou-se o primeiro robô a ser usado em um ambiente educacional quando foi introduzido em uma sala de aula de física do ensino médio.
No ano de 1966, Engelberger fundou a Universal Robots Inc., pioneira no desenvolvimento e uso de pequenos robôs programáveis chamados robôs educacionais ou edubots. Esses primeiros robôs eram simples em comparação com os padrões atuais, mas ainda assim foram inovadores.
O uso de robôs na educação continuou a crescer desde então. Hoje, existem muitos robôs educacionais disponíveis. Alguns podem ser programados para executar tarefas específicas, como limpar ou buscar objetos. Já outros são projetados para ensinar conceitos específicos, como programação ou engenharia.
Algumas das marcas mais populares de robôs educacionais incluem LEGO Mindstorms, Vex Robotics, Wonder Workshop Dash & Dot e Sphero SPRK +.
Por que a robótica na educação é tão importante?
Há uma série de razões pelas quais a robótica é tão promissora para a educação. Primeiramente, o potencial educacional da robótica é muito vasto. Os robôs podem motivar e inspirar estudantes de todas as idades. Ou seja, eles conseguem envolver os alunos de maneiras que simplesmente não são possíveis com os métodos tradicionais de ensino.
Inclusive, a robótica pode ajudar os estudantes a desenvolver habilidades como pensamento crítico e resolução de problemas. Desse modo, é possível fornecer uma experiência de aprendizado única, adaptada às necessidades individuais de cada aluno.
À medida que essa tecnologia continua a evoluir, é provável que vejamos ainda mais aplicações da robótica na educação. Por exemplo, podemos ver mais uso de realidade aumentada e realidade virtual nas escolas, bem como aumentar o uso de chatbots ou assistentes virtuais.
O que os robôs educacionais podem fazer?
Sabemos que os robôs já são uma realidade em alguns ambientes industriais e comerciais. Nos últimos anos, no entanto, há uma tendência crescente de incorporar robôs em ambientes educacionais também.
Há uma variedade de tipos diferentes de robôs educacionais disponíveis no mercado hoje, cada um com seus próprios benefícios e aplicações exclusivos.
Por exemplo, os robôs podem ser usados para ensinar habilidades de codificação ou programação. Eles também podem ser usados para ensinar outras disciplinas STEM, como matemática ou ciências. Aliás, muitas instituições educacionais estão usando robôs para fornecer apoio social e emocional aos alunos.
Confira dois exemplos de robôs educacionais:
Robô assistente de sala de aula
Esses robôs podem ser usados para ajudar a ensinar às crianças conceitos acadêmicos básicos, como matemática e alfabetização. Os robôs assistentes de sala de aula vêm normalmente equipados com vários jogos e atividades interativas para incentivar os alunos a aprender.
Além disso, esses robôs também podem ajudar os professores em tarefas como comparecimento e monitoramento das aulas.
Robô de treinamento de habilidades sociais
Os robôs de treinamento de habilidades sociais são projetados para ajudar crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA). Então, eles conseguem desenvolver habilidades sociais essenciais, como comunicação, cooperação e empatia. Como resultado, esses robôs podem dar feedbacks importantes para professores ou terapeutas durante as sessões de treinamento de habilidades sociais.
Por fim, os robôs de treinamento de habilidades sociais podem ser usados para coletar dados sobre o desempenho e o progresso de uma criança. De fato, isso pode ser útil para o desenvolvimento de planos de tratamento individualizados.
Vantagens e desvantagens da robótica na educação
A robótica na educação é um tema controverso desde a sua criação. Alguns acreditam que a robótica oferece inúmeras vantagens aos estudantes, enquanto outros afirmam que ainda existem desvantagens.
Do lado positivo, a robótica pode ensinar às crianças habilidades importantes, como programação, engenharia e matemática. Além disso, eles podem aprender a trabalhar juntos em equipe e resolver problemas complexos. As competições de robótica também estão se tornando cada vez mais populares, dando às crianças a oportunidade de mostrar seus talentos e ganhar bolsas de estudo.
Alguns especialistas acreditam que, no futuro, os robôs desempenharão um papel cada vez mais importante na educação. Por exemplo, eles podem ser usados para ensinar crianças com necessidades especiais ou ajudar os alunos a aprender novos idiomas. Também há potencial para o uso de robôs como parte de programas de ensino à distância.
Dito isso, existem algumas desvantagens em relação à robótica na educação. Em primeiro lugar, os robôs podem ser muito caros. Isso significa que muitas vezes eles estão fora do alcance de muitas escolas e estudantes.
Em segundo lugar, os robôs podem ser bastante frágeis e podem não conseguir suportar o desgaste de um ambiente de sala de aula.
Finalmente, existe o potencial de uso indevido, já que alguns alunos podem ver os robôs como brinquedos em vez de ferramentas para aprender.
Apesar desses desafios, o futuro da robótica na educação parece brilhante. À medida que a tecnologia avança e os custos diminuem, é provável que vejamos mais e mais robôs sendo usados em salas de aula em todo o mundo.
O futuro da robótica na educação — o que ela reserva?
Não há dúvida de que os robôs estão se tornando cada vez mais populares em escolas de todo o mundo. Nos próximos anos, é provável que vejamos uma adoção ainda mais generalizada de robôs educacionais, bem como usos mais inovadores deles na sala de aula.
Conforme a tecnologia avança, o mesmo acontecerá com as capacidades dos robôs educacionais, abrindo novas possibilidades de como eles podem ser usados para apoiar e aprimorar o aprendizado.
Uma coisa é certa: os robôs se tornarão mais prevalentes e integrais nos próximos anos. Ou seja, o futuro da robótica na educação nunca pareceu tão promissor.
Este artigo foi escrito por Adriana Wiechorek e publicado originalmente em Prensa.li.