O futuro em Uma Garota e um Astronauta
Quer um vislumbre de como a tecnologia pode ser no futuro? Consuma ficção!
As obras de ficção são um exercício de futurologia que permite às pessoas uma ideação sem filtros. Pessoas que trabalham com criatividade não se prendem às restrições do que é possível.
Celulares, veículos autônomos, telas touch e até mesmo o sistema de cartão de créditos já fizeram parte da ficção antes de fazer parte do nosso cotidiano.
O cartão de crédito foi previsto em um livro
Looking Backward é um romance utópico escrito em 1887 que previu a criação dos cartões de crédito e a possibilidade de obter dinheiro do banco central sem a necessidade de dinheiro físico. A invenção dos cartões de crédito só surgiu em 1950, deixando perplexos os críticos que haviam considerado a ideia inverossímil. - resumido via chatGPT
É claro que existe também o risco de imaginar e evoluir com amarras ou pressupostos daquilo que conhecemos, basta ver exemplos das naves espaciais de Star Trek, que mantinham o conceito de computadores gigantescos, como o ENIAC fora em 1946, ou assistir a versão em filme de Westworld (mais conhecida em sua encarnação como série da HBO).
Visão pixelada para androides
Westworld é um filme de ficção científica e faroeste americano, lançado em 1973, que conta a história de androides que começam a apresentar falhas inesperadas em um parque de diversões interativo. O filme foi dirigido por Michael Crichton e é notável por ter sido o primeiro longa-metragem a utilizar o processamento de imagem digital para simular a perspectiva de um androide. O elenco é liderado por Yul Brynner, Richard Benjamin e James Brolin. O filme foi bem recebido pela crítica e gerou uma sequência, "Futureworld" (1976), e uma série de televisão de curta duração, "Beyond Westworld" (1980). Em 2016, uma nova série de televisão baseada no filme original foi lançada pela HBO. - resumido via chatGPT
O ano é 2052 e o futuro não é tão diferente assim do presente, mas as mudanças imaginadas para 30 anos de evolução contemplam drones utilitários sendo usados em larga escala e de todos os portes, assim como uma assistente doméstica unificada e integrada com a gestão governamental.
Este é o futuro de A Girl and an Astrounaut (Meu namorado astronauta) ou, em seu original polonês, Dziewczyna i kosmonauta, da Netflix.
A série recém lançada conta com apenas 6 episódios e intercala presente e futuro.
Eu confesso que fiquei um pouco confusa ao perceber que o presente foi retratado com muitas referências setentistas e, ao mesmo tempo, o futuro da série preserva o cigarro e a possibilidade de você apagar registros de saúde para "enganar o sistema". Afinal, estes dois pontos já soam estranhos se pensarmos nos contemporâneos vape e blockchain.
Aparentemente, eu não fui a única incomodada com estes furos, mas o que me chamou mais a atenção foi a Homie. E é este o ponto que quero desenvolver com você, pessoa leitora.
É claro que esta foi a estratégia de roteiro para conectar ambas épocas, mas se você parar para pensar no que temos hoje, a Alexa e a Google já nos trazem este tipo de rotina. Os comandos são por voz e a inovação fica apenas para a projeção na parede.
Quando pensamos em inovação, precisamos lembrar que nem sempre se trata de criar algo novo, mas sim, na maioria das vezes, melhorar algo existente.
Na série, não chamam muito a atenção para a inteligência artificial, pois ela está perfeitamente integrada em tudo. Além deste tipo de rotina, ela também realiza ligações, faz a automação da casa, monitora a saúde e entrega estes dados para um sistema público de gestão.
Já imaginou se tudo o que você faz com suas assistentes virtuais impactasse na sua aposentadoria, na indicação para fazer uma intervenção cirúrgica ou na escolha do trabalho mais adequado ao seu perfil?
Todas estas questões aparecem na série e já foram abordadas em outras obras de ficção, mas um ponto para refletir é que hoje nós temos tecnologia suficiente para tornar isto possível.
É claro que há toda a questão política e econômica, além da acessibilidade e inclusão, mas foi a primeira vez que assisti algo e pensei: "não tem nada de absurdo nisso".
E você? Viu algo na ficção que poderia inspirar o futuro próximo?