💎 O futuro não está na tecnologia
O Banco Central vem acelerando mudanças no sistema financeiro, e o PIX já não é apenas um meio de pagamento — é uma força que está reconfigurando o mercado. Confira uma análise na Prensa Open de hoje!
Com as facilidades trazidas pelos pagamentos instantâneos, a previsão é que o crescimento dos cartões pode desacelerar para 1,5% ao ano — uma queda significativa com relação aos 17% registrados entre 2009 e 2024. A razão disso? As facilidades trazidas pelo PIX, que deixou de ser apenas uma alternativa para transferências bancárias e passou a desafiar diretamente os cartões nas transações de pagamento.
O PIX já venceu?
Olhando para os números, a resposta parece óbvia. Desde seu lançamento, o PIX ultrapassou os cartões de débito e crédito em número de transações. Em 2023, foram mais de 42 bilhões de operações via PIX, contra 35 bilhões em cartões. O que antes era visto como um complemento ao sistema financeiro tradicional, hoje se firma como a escolha primária dos brasileiros.
Mas a verdadeira mudança vai além da mera conveniência. O PIX eliminou intermediários e reduziu custos para consumidores e empresas, pressionando bandeiras de cartão, adquirentes e bancos a repensarem seus modelos de negócio.
Acompanhando essa movimentação, em 2024 o Banco Central conduziu 15 consultas públicas para debater novos avanços no sistema financeiro, abordando temas como a regulamentação do open finance, a interoperabilidade entre meios de pagamento e o desenvolvimento do projeto Drex, a moeda digital brasileira.
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A expansão do PIX para novas frentes também foi abordada, visando permitir maior integração entre sistemas e a descomplicação das estruturas para alcançar mais eficiência, com funcionalidades como pagamentos automáticos recorrentes e integração com boletos.
Exemplo disso é que, desde a última segunda-feira, 3, boletos bancários já podem ser pagos via PIX, eliminando prazos de compensação e tornando os pagamentos instantâneos uma regra, não uma exceção.
Nas palavras de Edson Santos, especialista em meios de pagamento, em artigo para o Brazil Journal:
O Brasil, mais do que nunca, está se consolidando como um verdadeiro laboratório global de inovação em pagamentos. Até 2028, PIX e cartões devem representar mais de 90% do consumo privado das famÃlias brasileiras, com o PIX indo de 35% para 55% de penetração (roubando share dos cartões).
Parafraseando o especialista, esse cenário enfatiza que o futuro dos negócios não depende apenas da aplicação de novas tecnologias — é crucial que as empresas estejam preparadas para se adaptar às novas demandas e aos desafios que surgem com a transformação digital.
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Até semana que vem!