Quando falamos em APIs, já não é novidade o quanto a tecnologia está revolucionando o mercado mundial. A utilização dessas aplicações é cada vez mais frequente entre as empresas, que as utilizam das mais variadas formas, com o objetivo de aumentar o lucro dos seus negócios e criar um diferencial em cima de outras concorrentes.
Nic Marcondes, Community Manager da GraphQL Brasil e Design technologist da Quanto, comandou um painel composto por três mulheres que são referências em suas áreas: Jessica Zanelato, especialista Salesforce; Priscila Aranha, engenheira de software backend, podcaster e mestranda do ITA; e Thelma Valverde, CEO da eMiolo.
O quadro com a temática “o maravilhoso mundo das APIs”, aborda as diversas possibilidades e temas discutidos ao longo dos três dias do APICON 2020. O debate encerra o maior evento de Transformação Digital e APIs em grande estilo, com uma discussão dinâmica e perspectivas sobre o futuro do mercado.
APIs e o mundo de possibilidades
Para Thelma Valverde, as APIs trouxeram um “boom” gigante de diversas experiências, com soluções que vão desde inovações no RH de uma empresa, até as áreas do financeiro, logística e diversos setores que buscam a inovação para agregar valor às suas empresas. “Através das APIs, as empresas procuram algo que consiga refletir a estratégia e o modelo de negócio, de forma que leve a cultura dessas empresas através da tecnologia”, destaca.
Neste sentido, Jessica Zanelato, considera a REST API do Salesforce como a melhor opção para o modelo atual de negócios. Esse tipo de protótipo oferece padrões RESTs para todos os objetos do Salesforce, sejam eles customizados, ou não.
Mas afinal o que é REST?
A Representational State Transfer (REST), é uma maneira de expor acesso a dados de uma aplicação GET, que também suporta o recebimento de dados POST/PUT/PATCH ou, até mesmo, remover um dado DELETE. Em outras palavras, é possível fazer um CRUD (Create, Read, Update e Delete) utilizando apenas REST.
Outras ferramentas como o Low Code, também foram destacadas como facilitadoras no desenvolvimento de alguns programas. Trata-se de um modelo que, em poucas linhas de código, geram landing pages, ou APIs simples.
Jéssica aponta que, dependendo do cenário, a ferramenta pode ser muito útil. “Eu já indiquei Low Code para empresas que trabalhavam conosco e precisavam consumir sistemas. A ferramenta pode até servir como uma porta de entrada para pessoas que serão programadoras, no futuro”, enfatiza a especialista Salesforce.
Entretanto, Priscila lembra que, se o negócio exigir uma escalada maior, talvez o Low Code não seja a melhor solução, embora admita que, para aplicação de problemas específicos, a ferramenta pode ser muito bem aproveitada.
Monolito vs Microsserviços
Quando o assunto é desenvolvimento de softwares, o duelo por esses dois padrões de arquitetura divide opiniões e é bastante comentado entre os desenvolvedores.
Na arquitetura monolítica, todos os componentes do software são empacotados e entregues como uma unidade única. Já quando falamos de microsserviços, a ideia é que cada tarefa seja responsável por executar uma única função, em um determinado contexto.
Para Priscila, a escolha das duas arquiteturas vai depender do que a empresa procura. “Monitorar microsserviços é complicado, mas é excelente para equipes grandes. No caso do monolito, a publicação é mais fácil e, se você usar um modelo de componentização, também é possível adaptá-lo para equipes grandes. Então, os dois modelos são vantajosos à sua maneira”, justifica.
APIs Free vs Premium
Outro duelo que vale mencionar é entre as APIs free, ou premium. Thelma explica que sua empresa opera um sistema 100% privado, já que desenvolvem APIs para demandas especíificas que os clientes demandam.
Apesar disso, Thelma diz que não descartam uma futura abertura. “Como as APIs são de terceiros, vai muito do cliente também a abertura, ou não de APIs. Mas, pensamos em abrir, futuramente, algumas APIs e levar para comunidade um pouco desse desenvolvimento que fazemos internamente”, finaliza.
Como podemos ver, não existe fórmula pronta quando o assunto é APIs, já que cada uma se adapta melhor a cada tipo de negócio. Em outras palavras, não existe um modelo melhor que o outro, o que temos é um universo de APIs cada vez mais inovador e fantástico, que revoluciona a história da Transformação Digital.
Gostou do bate-papo e quer saber mais sobre esse mundo incrível das APIs? Confira o debate na íntegra!
Este artigo foi escrito por Nic Marcondes e publicado originalmente em Prensa.li.