🚀 “O programador é o novo artista. Somos os artesãos da atualidade.”
Curador do Low-Code Summit 2024, Leandro Garcia comenta o futuro do Low-code no Brasil.
Leandro Garcia, Diretor Executivo da Kafnet Soluções em Tecnologia, é um veterano no mercado de Low-code. Atuando desde 2012, — quando o termo Low-code ainda nem existia — Garcia já implementou soluções essenciais para grandes empresas e vivenciou de perto a evolução desta abordagem. Ele também realiza a curadoria do evento Low-Code Summit, que acontece presencialmente no dia 24 de setembro no Rosewood Hotel São Paulo. Leandro compartilhou um panorama exclusivo em entrevista à Prensa.
— Leia nesta edição da Prensa Low-Code:
Transformação digital em uma década de Low-code;
Low-code: conceitos que transformam-se em plataformas;
O que as lideranças em tecnologia devem ter em mente?
Transformação digital em uma década de Low-code
Em sua primeira experiência com Low-code, o especialista identificou as principais vantagens: redução de tempo e custo, fatores que se mantêm como pilares da tecnologia até hoje. Durante um evento global de Low-code na Califórnia, ele observou um fenômeno marcante: a intensa migração do High-code para o Low-code, destacando a rapidez e a acessibilidade como motores dessa transformação.
No Brasil, a transformação digital não é apenas sobre tecnologia, mas sobre pessoas e processos. "Hoje há um apagão de profissionais e isso eleva os custos", ressalta Garcia, destacando barreiras culturais que dificultam a modernização das empresas.
Em 2023, por exemplo, mais de 300 mil vagas em tecnologia ficaram sem preenchimento, apesar de as universidades formarem entre 40 e 50 mil profissionais por ano. Destes, apenas uma fração, cerca de 10 a 15 mil, possui as habilidades necessárias para ocupar tais posições. As plataformas Low-code emergem como uma solução para esse déficit, auxiliando o aprendizado profissional e acelerando a entrada de novos produtos no mercado.
Conceitos que transformam-se em plataformas
Garcia defende que as plataformas Low-code, que existem há décadas, ganharam força com o reconhecimento do termo e o desenvolvimento de ferramentas que hoje integram tecnologias inovadoras como Realidade Aumentada (AR), Inteligência Artificial (IA) e Machine Learning (Aprendizado de Máquina). "O que era uma tendência, hoje é uma realidade e logo será uma necessidade", afirma. Ele ainda destaca que, embora o Low-code simplifique o desenvolvimento, a complexidade e o raciocínio do desenvolvedor continuam sendo essenciais.
"O programador é o novo artista. Somos os artesãos da atualidade."
A integração via APIs permite que as plataformas Low-code se conectem facilmente a sistemas legados, tornando-as ideais para a transformação digital. "Antigamente, as empresas se adaptavam à tecnologia. Com a transformação digital, as empresas solicitam soluções personalizadas conforme suas necessidades", diz Garcia, apontando para a crescente importância de ouvir as áreas de negócios durante o desenvolvimento de soluções.
Conforme Leandro aponta, “Ouvir a área de negócios é importante para uma solução ser desenvolvida”, e essa mentalidade tem moldado novas formas de desenvolver software, onde o Low-code ganha força. Compreender as nuances entre Enterprise Low-code, Pro-code, o conceito de Citizen Developers e a mentalidade Data-driven é essencial para navegar neste complexo ecossistema digital.
Não conhecia esses conceitos? A Prensa explica para você:
Enterprise Low-code
O que é? Ferramentas de Low-code projetadas para grandes empresas, focadas em desenvolver soluções complexas de maneira ágil e segura.
Integração fácil com sistemas corporativos.
Suporte à escalabilidade e múltiplas equipes.
Reduz a dependência do departamento de TI.
Pro-code
O que é? O desenvolvimento tradicional, com programação completa, ideal para projetos que exigem alta personalização e controle total.
Máxima flexibilidade e performance.
Necessidade de desenvolvedores experientes.
Perfeito para soluções complexas e integradas com novas tecnologias.
Citizen Developers
Quem são? Profissionais de negócios que criam ou modificam aplicativos usando plataformas Low-code, sem precisar saber programar.
Democratiza o desenvolvimento de soluções.
Acelera a inovação interna e reduz a fila de demandas de TI.
Permite a personalização rápida de processos.
Data-driven
O que é? Abordagem que usa dados para guiar decisões e estratégias, impulsionando negócios com insights precisos.
Decisões mais informadas e precisas.
Uso de BI, IA e ML para análise de grandes volumes de dados.
Adaptação rápida a mudanças de mercado com base em dados reais.
O que as lideranças em tecnologia devem ter em mente?
Para liderar em tecnologia, Garcia acredita que é necessário ter uma visão de inovação, buscar constantemente novos conhecimentos e experimentar soluções. O que faz a diferença?
Visão de Inovação: Líderes de tecnologia estão sempre em busca do novo. Eles exploram, experimentam e adotam soluções inovadoras, mantendo suas equipes na vanguarda das tendências tecnológicas.
Gestão de Pessoas: Não se trata apenas de liderar projetos, mas de liderar pessoas. Processos claros, treinamentos contínuos e um ambiente que promove o desenvolvimento são fundamentais para uma equipe eficaz e motivada.
Base Tecnológica Sólida: Um bom líder valoriza o conhecimento adquirido e o utiliza como base para novas aprendizagens. Eles reconhecem que subestimar o que já se sabe é um erro e, por isso, mantém um equilíbrio entre experiência e inovação. "Um líder não pode menosprezar aquilo que já aprendeu", destaca Garcia.
Garcia finaliza a troca de conhecimentos com a Prensa refletindo sobre os tempos da microinformática. "Existem empresas enormes da década de 90 que não existem mais porque não cederam às inovações." Ele defende a criação de laboratórios de inovação como forma de experimentar e adotar novas tecnologias com eficácia.
Essa foi a primeira edição especial da Prensa Low-Code como aquecimento para o Low-Code Summit 2024.
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