O que (des)aprendemos sobre pessoas, tecnologia e pertencimento
Na 4ª edição do Zoop Payments Leadership, a tecnologia foi só o começo. Confira os destaques na Prensa People de hoje!
Por trás de dados, sistemas e inovação, estão sempre as pessoas — com suas dores, suas ideias e seu desejo de construir o novo. O que isso nos ensina sobre cultura, pertencimento e o futuro do trabalho?
Na edição de hoje, reunimos provocações, aprendizados e inspirações que nos atravessaram durante a 4ª edição do Zoop Payments Leadership, e reforçam um ponto central: a experiência das pessoas é o motor silencioso por trás de qualquer transformação significativa.
Boa leitura!
Innovation Connections
A abertura do evento ficou por conta de Patricia Fischer, Diretora Comercial e Marketing na Zoop (iFood Pago), que destacou o South by Southwest (SXSW) como uma das grandes inspirações para esta edição, cujo tema foi Innovation Connections. Mais do que falar sobre tecnologia, o encontro propôs uma reflexão corajosa sobre o papel do Brasil na transformação global — conectando nosso soft power cultural ao hard power tecnológico.
Inovação que elimina fricções
Com Marcella Calfi, Marketing Manager na Zoop (iFood Pago)
A inovação mais poderosa não está nos gráficos futuristas, mas na capacidade de remover barreiras. Marcella compartilhou os principais aprendizados do SXSW 2025 com foco no setor financeiro: desde o crescimento da solidão digital como isca para fraudes até a hiperpersonalização como caminho para conexões mais autênticas.
Ela destacou um ponto essencial: inovação boa é a que torna a vida das pessoas mais simples e segura — com fluidez, empatia e governança de dados. Ao final, a Zoop lançou sua ferramenta de insights interativa no ChatGPT, além de um e-book e audiobook com os destaques do festival.
O áudio como canal de conexão profunda
Com Vince Carrari, Diretor de Vendas do Spotify Brasil
Mais do que ruído de fundo, o áudio virou ponte. Vince mostrou como os podcasts criam laços profundos com a audiência: 63% dos ouvintes se sentem mais conectados com hosts do que com âncoras de TV, e 75% já tomaram decisões de compra influenciadas por essas vozes.
Com mais de 60 milhões de usuários no Brasil, o Spotify se tornou um canal direto entre marcas e pessoas — que buscam autenticidade, afeto e presença. Entre os gêneros mais ouvidos, temas como saúde mental, religiosidade e desenvolvimento pessoal mostram que a escuta é uma via de cuidado.
Inovação que começa pela cultura
Com Erick Melo, CTO da WebJump
Inovar não é ter uma grande ideia. É conseguir colocá-la em prática. Para Erick, a cultura é o primeiro pilar da inovação. Ela precisa ser simples, clara e coerente o suficiente para que as pessoas possam experimentar, errar e crescer com segurança — e só uma cultura que acolhe a vulnerabilidade consegue sustentar o ritmo que a transformação exige.
Jornadas personalizadas em tempo real
Com Ezequiel Fagundes, Marketing Automation Solutions Leader da Adobe
A personalização em escala deixou de ser uma promessa — e virou uma urgência. Para Ezequiel, as marcas precisam orquestrar experiências em tempo real, com consistência, propósito e, acima de tudo, respeito aos dados dos clientes.
Com a Adobe Experience Cloud e o uso da IA generativa responsável, é possível transformar grandes volumes de dados em jornadas que respeitam as histórias individuais. A tecnologia, aqui, atua como co-piloto estratégico, não como substituto. Afinal, ninguém quer se relacionar com uma marca que não escuta.
Pertencimento como disrupção
Com Simone Sancho, fundadora e CEO da Belong Be
Simone lembrou que empreender, muitas vezes, é ser “a pessoa mais estranha da sala”. A inovação, para ela, não está necessariamente ligada à tecnologia, mas à coragem de criar o novo — mesmo quando ninguém acredita. Abrir espaço para marcas independentes, promover cadeias justas e ver competidores como cooperadores é uma forma de fazer disrupção com mais diversidade, pertencimento e verdade.
Conexões que curam e transformam
Com Stephanie Mazzolani, Novartis e cofundadora da C-Rebels
Mais do que físico e mental, o bem-estar também é relacional. Relações significativas têm efeitos terapêuticos e influenciam diretamente a produtividade e a longevidade. Stephanie trouxe dados contundentes: profissionais com amizades próximas no trabalho podem ser até sete vezes mais produtivos. A empatia será a habilidade mais valiosa do futuro — e cultivar conexões humanas pode ser a estratégia mais inteligente da sua empresa.
China digital: pragmatismo que escala soluções
Com In Hsieh, especialista em inovação e negócios digitais
In Hsieh, um dos principais nomes do e-commerce brasileiro, trouxe uma provocação poderosa: enquanto o Ocidente muitas vezes busca “mudar o mundo”, a China foca em resolver problemas reais de forma escalável. E é justamente essa mentalidade que levou o país a se tornar líder global em negócios digitais.
Ele apresentou tendências como o Social+Live Commerce, modelo que já representa 20% do e-commerce chinês, combinando entretenimento, redes sociais e vendas em tempo real. Introduzido por ele no Brasil em 2020, esse formato deve ganhar ainda mais força com a chegada massiva de empresas chinesas ao país.
A mensagem é clara: entender a China é entender o futuro — e também uma chance única de adaptar e escalar soluções com mais agilidade, conectando inovação e mercado com uma visão mais pragmática e menos messiânica.
Empreender é continuar jogando
Com Junior Borneli, fundador da StartSe
“O que estamos vivendo não é uma era de mudanças. É uma mudança de era.” Junior Borneli abriu sua fala com essa frase provocativa, defendendo que muitas empresas ainda estão presas ao passado, esperando por certezas que não virão.
Sua proposta: adotar a lógica do jogo infinito. Em vez de buscar vencer, o objetivo é continuar jogando — adaptando-se continuamente, com menos apego e mais velocidade. Para ele, o que mata não é a mudança, mas a permanência.
O que você precisa desaprender para se adaptar?
Num mundo onde a transformação é constante, os líderes mais preparados não são os que sabem tudo, mas os que estão dispostos a recomeçar. Aprender, desaprender e reaprender — com agilidade, humildade e abertura — tornou-se uma competência essencial.
Que tal levar essa conversa para o seu time e promover reflexões?
O que temos aprendido — e desaprendido?
Como estamos criando ambientes seguros para experimentar?
Nossos espaços promovem pertencimento real?
O futuro pertence aos adaptáveis. Se você chegou até aqui, é porque, como a gente, acredita que inovação precisa ser mais do que uma palavra da moda. Ela precisa ser viva, conectada e humana.
Até a próxima edição!