O que é whitelist e como esse termo impacta seu email?
De acordo com um monitoramento da Securelist, aproximadamente 52% dos e-mails enviados em um ano são spam. O Brasil é um dos dez países que mais espalham esse tipo de conteúdo.
É por isso que diversos provedores como Gmail e Outlook analisam cuidadosamente o seu e-mail marketing, pretendendo evitar uma enxurrada de conteúdos indesejados nas contas de seus usuários.
Por outro lado, você já sentiu a frustração de não conseguir encontrar um e-mail específico, que acabou caindo diretamente na guia de spam ou lixo eletrônico? Neste contexto, saber o que é whitelist é importante para garantir que seu público receba o e-mail que você quer mandar.
Neste artigo, você vai entender melhor este conceito e descobrir por que ele pode afetar diretamente as suas campanhas de e-mail marketing. Vamos lá?
O que é whitelist
Existem vários elementos que podem aumentar a taxa de abertura de um e-mail: o seu pré-reader, a criatividade de sua mensagem, a segmentação do seu envio, e é claro: o seu destino. Afinal, estamos mais propensos a ler o conteúdo que está na caixa de entrada do que no lixo eletrônico, certo?
Colocar um endereço de e-mail na sua whitelist significa nada mais que adicioná-lo à sua lista de remetentes aprovados. Isso informa ao provedor de e-mail que aquele usuário conhece o remetente e confia nele, o que manterá os seus e-mails daquele contato fora da pasta de lixo eletrônico.
O whitelist pode ser definido como uma lista de endereços de e-mail que um servidor ou programa está configurado para aceitar como mensagens de entrada válidas e seguras. Também pode significar uma lista de sites ou aplicativos que podem ser acessados em uma determinada empresa, por exemplo.
Sendo assim, entender o que é whitelist e as suas melhores práticas pode ser útil tanto para profissionais de marketing quanto para assinantes de e-mail, pois melhora a usabilidade e higienização da caixa de entrada de qualquer pessoa.
Como colocar um remetente em sua whitelist
Inserir contatos na whitelist é uma tarefa super rápida. Embora este processo possa variar um pouco de provedor para provedor, normalmente, tudo o que você precisa fazer é verificar se o remetente é confiável, selecionar o seu e-mail no cabeçalho da mensagem e adicioná-lo aos seus contatos.
Uma alternativa (caso o e-mail tenha sido enviado automaticamente para o lixo eletrônico) é procurar pela opção “não é spam” (ou similar) no cabeçalho da mensagem e selecionar “sim” quando o provedor perguntar se aquele contato pode ser considerado seguro, ou ainda, escolher a opção: “nunca enviar mensagens desse contato à pasta de lixo eletrônico”.
Whitelist x blacklist
Por um lado, a whitelist oferece aos provedores de e-mail os nomes de IPs seguros e válidos para a caixa de entrada. Por outro, a blacklist é o oposto disso: trata-se de uma lista de IPs perigosos, ou que precisam ser bloqueados das máquinas que você está tentando proteger.
Muitos programas antivírus e antimalware são, essencialmente, blacklists: eles incluem uma lista de códigos maliciosos conhecidos e entram em ação automaticamente quando esses programas são detectados no computador.
Ambas são medidas de bloqueio que podem evitar problemas de segurança envolvendo o envio e recebimento de e-mails marketing.
Entender o que é whitelist e blacklist é relevante para os profissionais de marketing, porque seus servidores ou domínios podem ser “blacklistados” quando sua capacidade de entrega e pontuação do remetente caem (a ponto de os provedores classificarem seu conteúdo como spam). Neste contexto, sua mensagem não chegará até seus leads ou assinantes.
Como evitar que sua campanha caia em uma blacklist
O primeiro passo para aprender a não cair em uma blacklist é aprender como os softwares usados para a filtragem de e-mails operam. Eles geralmente distinguem os contatos aprovados e reprovados usando alguns critérios.
- Nome e conteúdo do arquivo.
- Tamanho do arquivo.
- Assinatura digital do editor de software.
- Denúncias anteriores de spam.
Dessa forma, fugir da blacklist implica em evitar o envio de grandes quantidades do mesmo e-mail, incluir um link para descadastro daquela lista (caso o usuário não queira mais receber seu contato) e se certificar de que o conteúdo da mensagem não seja classificado como preconceituoso, malicioso ou pornográfico.
Alguns filtros ainda são configurados para identificarem expressões como “grátis”, “garantia”, “devolvemos seu dinheiro”, “promoção”, “não perca tempo”, palavras inteiras escritas com letra maiúscula e excessos de pontos de exclamação.
Outro ponto digno da sua atenção é o gerenciamento de suas redes de leads. Além de evitar a compra de listas de e-mail prontas, é preciso ter atenção para que nenhuma solicitação de cancelamento de e-mail passe despercebida.
Se você não atualizar sua lista regularmente, poderá continuar enviando mensagens indesejadas para aquelas pessoas que já não querem recebê-las, levando-as a denunciar seu conteúdo como spam.
Boas práticas para entrar (e se manter) na whitelist
Não tenha medo de pedir aos seus assinantes para adicionar seu e-mail à lista de contatos e inserir seu nome na whitelist. Muitos deles provavelmente ainda não sabem como fazer isso, e não custa ensinar (ou incluir um link para essas instruções), logo no primeiro contato.
Uma boa sugestão de abordagem é adicionar um texto curto no rodapé do seu e-mail, como: “Para continuar recebendo nosso conteúdo, adicione este e-mail à sua lista de contatos”. É direto, não é agressivo e quem se interessa pelo seu conteúdo vai gostar da sugestão.
Outra boa prática é a segmentação das listas de contato, já que isso garante o direcionamento do conteúdo de cada e-mail de acordo com os interesses de cada grupo. Usando uma boa plataforma de automação, você pode identificar seus leads e classificá-los de acordo com seus perfis.
Lembre-se: personalização é a chave para ganhar novos leads e mantê-los. Também é importante garantir que seu público se envolva com o conteúdo de seus e-mails. Para isso, você também pode interagir com ele, perguntar sobre quais assuntos eles gostariam de ler e oferecer opções.
Por fim, mensure tudo. Registre suas mudanças, faça testes A/B para adquirir dados sobre o funcionamento de suas campanhas segmentadas. Não se esqueça de documentar quantas pessoas abrem seus e-mails, clicam nos seus links, quais conteúdos chamaram mais a atenção e geram mais engajamento.
Mais tarde, você pode transformar todos esses dados em conhecimento para melhorar as campanhas de e-mail marketing futuras. Enquanto isso, aproveite para fazer pequenas alterações interativas nos testes A/B, e aplique os resultados bem-sucedidos em outros segmentos.
A whitelist é um conceito fundamental a ser dominado para maximizar a capacidade de entrega de seus e-mails marketing, pois é a garantia de que seu conteúdo vai atingir o público-alvo sem falhas. Assim, é possível estabelecer uma régua de comunicação que permite um relacionamento de longo prazo.
Por outro lado, se o seu endereço de e-mail não estiver na whitelist (ou pior: acabar caindo em uma blacklist), todo o planejamento que você fez para lançar uma campanha por e-mail pode acabar desperdiçado.
Lembre-se de que a filtragem de e-mails funciona de maneira diferente para cada provedor. Gmail, Yahoo, Outlook...cada um tem seus próprios métodos de análise de spam, por isso é importante observar os dados demográficos e técnicos de seus assinantes.
Este artigo foi escrito por Bianca Lopes e publicado originalmente em Prensa.li.