O que o futuro da arquitetura de software tem a ver com People Experience?
"A próxima fronteira é tornar a experiência do colaborador tão boa quanto a do cliente." Confira insights do último painel do APICON Executive.
Quando falamos em tecnologia no trabalho, o que vem à sua mente? Ferramentas para facilitar tarefas? Processos mais rápidos? A conversa precisa ir um pouco além disso.
No último painel do APICON Executive, o tema foi como a inteligência artificial pode reformular a arquitetura de software e transformar a experiência de quem está na linha de frente das empresas. O que se discutiu ali toca diretamente um dos principais desafios das empresas hoje: a experiência das pessoas com a tecnologia no ambiente de trabalho.


A ideia de tornar o ambiente de trabalho mais fluido, integrado e personalizado nunca foi tão relevante, e é esse o tema da edição de hoje da Prensa People.
Do cliente ao colaborador
Moderado por Ramon Durães, o painel contou com Valdemir Silveira, Co-founder da APIPass, e Willy Sousa, Diretor de Produtos e Tecnologia da Engineering Brasil, que trouxeram exemplos e tendências sobre como os agentes de IA já estão presentes em sistemas corporativos — e como estão transformando a forma como interagimos com ferramentas, dados e fluxos de trabalho. Segundo Valdemir Silveira, "A IA não é apenas uma ferramenta técnica, ela se torna parte do ecossistema em que as pessoas interagem, criando soluções mais ágeis e personalizadas."
Um dado citado pelos especialistas durante o painel se destaca: 76% dos agentes de IA estão sendo aplicados na linha de frente do atendimento ao cliente.
Se olharmos com atenção, o movimento natural é que esses agentes passem a ocupar também o atendimento ao colaborador — oferecendo respostas rápidas, personalizadas e dinâmicas para dúvidas sobre benefícios, políticas internas, jornada, entre outras interações com as áreas de suporte. A próxima fronteira está em garantir que a experiência do colaborador seja tão fluída quanto a do cliente. Estamos falando de um novo tipo de serviço interno.
E os impactos vão além do atendimento. Quando a arquitetura de software se torna mais fluida, integrada e flexível, isso se traduz em sistemas internos mais inteligentes e amigáveis. É o tipo de mudança que pode diminuir frustrações, aumentar a produtividade e facilitar a vida de quem está dentro da empresa.
Menos padronização, mais personalização
Outro ponto interessante levantado no painel foi a metáfora do "ateliê" substituindo a tradicional “linha de produção” na engenharia de software. A lógica é parecida com o que outros setores vêm defendendo: menos padronização, mais personalização.
O mesmo vale para as tecnologias internas — que passam a responder às necessidades reais dos times, em vez de obrigar as pessoas a se adaptarem a processos engessados. A personalização é o que traz resultados reais para as equipes, seja no atendimento ao cliente ou no desenvolvimento de produtos.
Além disso, com a ascensão da chamada engenharia de prompts, surgem novas competências que os colaboradores precisarão desenvolver. Saber conversar com uma IA, estruturar comandos e aproveitar o potencial dessas ferramentas passa a ser parte da experiência de trabalho — e, portanto, também da estratégia de desenvolvimento de pessoas.
No fim do painel, os especialistas concluíram que as APIs continuarão sendo essenciais, mas agora como parte de um ecossistema onde os agentes de IA atuam como maestros, orquestrando dados e sistemas para oferecer respostas mais completas, rápidas e relevantes.
A Prensa People fica por aqui.
Até semana que vem!