O que os Samsung Galaxy dizem a respeito da nossa evolução tecnológica
Não é uma novidade que a humanidade está avançando cada vez mais rápido no campo tecnológico, mas mesmo tendo a consciência a respeito disso ainda é possível se chocar bastante ao ver em números o quanto esse setor já saltou nos últimos anos.
Claro que seria inviável tentar mostrar num breve texto os avanços de todos os ramos dentro da tecnologia, mas a título de observação e para obtermos um referencial, vamos ver algo que nos acompanha no dia-a-dia: O aparelho celular. O que mudou do primeiro aparelho da linha S da Samsung, que é uma linha voltada para os aparelhos “top de linha” da empresa coreana, e o último aparelho lançado nesta mesma linha.
Vamos começar nos situando no tempo. O Galaxy S foi lançado em junho de 2010 trazendo em si o sistema operacional Android em sua versão 2.1, já o Galaxy S21 Ultra (versão mais potente da geração S21) foi lançado em 2021 trazendo o Android 11. Devo lembrar que não foram lançadas 21 gerações de Galaxy S, mas sim 12.
A primeira coisa com a qual nos deparamos quando olhamos para um celular é a sua tela. A tela do Galaxy S era uma Super AMOLED com uma resolução de 800 x 580 pixels o que corresponde a uma tela HD. O tamanho da tela era de 4 polegadas, o que na época já era um celular que alguns julgavam como muito grande. Hoje o S21 Ultra conta com uma tela Dynamic Amoled de resolução 1440 x 3200 pixels, chamada também de resolução WQHD+ cuja tradução indica a resolução como tendo o quádruplo do número de pixels de uma tela HD. Já o tamanho da tela passou a ser de 6,8 polegadas e lembrando que já existem aparelhos ainda maiores (não muito maiores, mas ainda assim maiores) no mercado.
A tela pode até ser algo com o que nos deparamos rápido, mas com certeza o que muitos nos tempos de hoje irão priorizar será a câmera. Em 2010 a câmera traseira do Galaxy S contava com sofridos 5 megapixels, o que ainda era muito se comparado ao 0,3 megapixel que a câmera frontal possuía. Já o lançamento de 2021 carrega em sua porção traseira 4 sensores para fotografia, sendo uma câmera ultra wide de 12 megapixels, uma câmera wide de 108 megapixels, duas câmeras teleobjetivas de 10 megapixels além de uma frontal de 40 megapixels. Que salto! Além disso ainda conta com um sensor TOF para medição de distâncias na traseira e estabilização ótica no sensor principal de ambos os lados.
Para comandar um aparelho tão cheio de recursos como um smartphone, precisamos de um “cérebro” para o aparelho. O chipset, vulgarmente chamado de processador, do aparelho, associado à memória RAM, que é uma memória temporária que o aparelho utiliza para operar, associado também à memória ROM (vou chamar de memória interna) que é a memória disponibilizada para o usuário, compõem esse cérebro. O Galaxy S de 2010 tinha embaixo do capô um processador com clock (quantidade de informações processadas por segundo) de apenas 1 GHz e uma RAM de 512 MB e uma memória interna de 16 GB em sua versão mais espaçosa. Em 2021 o Galaxy S21 traz um processador de 8 núcleos de trabalho com clock máximo de 2,91 GHz, quase o triplo de informação por segundo em relação ao seu irmão mais velho, aliado a 16 GB de RAM e armazenamento interno de 512 GB em sua versão mais parruda. Perceba que o salto em memoria RAM foi de 31 vezes o tamanho da primeira versão do aparelho.
Acho que deu para ter uma ideia do que uma década de pesquisa e desenvolvimento tecnológico são capazes de fazer não é? Espaço, otimização do gasto energético, e um abismo evolutivo na capacidade de processar informações, são parte do show desse segmento. Agora imagine se expandirmos mais e pensarmos na exploração espacial, na medicina, no automobilismo... Existe um universo que está sendo descoberto e desfrutado com cada vez mais expertise, e fica difícil até mesmo “chutar” o que o futuro nos reserva, mas com certeza ainda temos muito a conversar sobre essa imensidão.
Imagem de capa - Sara Kurfeß - Unsplash
Este artigo foi escrito por Cainan Silva Anunciação e publicado originalmente em Prensa.li.