O que priorizar em Product Marketing
Para que a implementação da cultura de Product Marketing seja bem sucedida, é preciso conhecer as melhores formas de divulgação dos seus produtos. Para isso, é básico distinguir os formatos de entrega de conteúdo, promover alinhamento com outros times de marketing, criar um site que apresente a robustez do produto e produzir documentação completa.
Esta é a segunda leitura de uma série de artigos que discorrem sobre estratégias para empresas de tecnologia.
FORMATOS DE CONTEÚDO
Independentemente da escolha do formato de conteúdo, é imprescindível alinhar a produção de materiais com os demais times de marketing da empresa de tecnologia a fim de evitar sobreposição de ações e até mesmo conflitos de conteúdo. Esse é um movimento inteligente do ponto de vista de gestão de conteúdo.
Veja a seguir os formatos comuns de conteúdo adotados em Product Marketing:
Site
O conteúdo publicado no site tem como função principal apresentar não somente a robustez do produto, mas também a preocupação da empresa de tecnologia com:
segurança associada ao seu manuseio;
escalabilidade da solução para demandas crescentes;
integração técnica pautada na lógica;
aderência a padrões de mercado.
Documentação de produtos
A documentação de um produto deve considerar a sua usabilidade. Logo, deve conter instruções de fácil compreensão para que os seus usuários possam consumi-las sem problemas - afinal, nenhum cliente quer ser refém de provedor.
Ainda com foco na experiência do usuário do produto, cabe à empresa de tecnologia se preocupar com a criação de estruturas de serviços profissionais. E também é por meio dessa documentação que analistas de mercado absorvem a proposta do produto sem depender de maiores explicações.
Papers sobre produtos
Para compreender a solução trazida pelo produto, é recomendável a leitura de papers. Papers são textos que exploram a eficácia oferecida pela empresa de tecnologia, presenteando o público com resenhas de casos de uso.
Por exemplo, um paper pode abordar a migração para nuvem juntamente com esclarecimento técnico do que o produto faz - tudo isso de maneira a educar o cliente consultivamente e colocando a empresa como provedora de conhecimento.
Whitepapers
O whitepaper serve para contextualizar a ação do produto da empresa de tecnologia. Primeiramente, é apresentado o problema enfrentado pelo mercado, bem como as suas repercussões. Em seguida, há uma descrição clara do valor que o produto entrega. Pensando em funil de vendas, esse é o tipo de material indicado para fundo de funil, ou seja, para clientes que já possuem contato prévio com a empresa.
Infográficos
É o tipo de formato de conteúdo altamente didático, graças a presença de imagens que acompanham textos concisos e de consumo rápido. O infográfico nada mais é do que um resumo cercado de elementos visuais gráficos que favorecem o seu consumo.
Vídeos
Vídeos são excelentes demonstradores do produto em ação, sendo um formato de material consumível tanto pelos usuários quanto pelos analistas e parceiros tecnológicos.
ROADMAPS
Roadmaps contêm a estratégia de divulgação, a qual valida o grau de receptividade dos clientes mais próximos para uma conversa vicinal. Por isso, os roadmaps costumam ser utilizados para dar apoio durante os processos de venda e são bastante interessantes para ajudar no entendimento da demanda mais latente dos clientes. Trata-se de um material que se assemelha a um mapa e aponta para a evolução do produto a cada período do seu ciclo de vida.
GESTÃO DE IDEIAS
Quanto maior a empresa de tecnologia, maior o volume de ideias acerca de um problema de mercado. Consequentemente, há a necessidade de organizar o surgimento de sugestões através de um portal, por exemplo, que estimula votações e curadoria.
Pode ocorrer a adoção de uma plataforma que recolha feedbacks sobre o produto periodicamente, facilitando o processamento de críticas e sugestões advindas da fonte mais crível - os usuários.
PARCEIROS TECNOLÓGICOS
Os parceiros tecnológicos fazem parte do universo de stakeholders da empresa de tecnologia e devem ser enxergados como verdadeiras fontes de dados mercadológicos. Em outras palavras, são esses parceiros que proverão inputs das dores a serem atendidas pelo produto, incluindo as suas sobreposições tecnológicas e o relacionamento da solução com o tema da conectividade.
É aconselhável manter os parceiros tecnológicos sempre por perto, tratando-os como fontes das informações que correm pelo mercado, sejam elas fruto de um mapeamento atual ou de uma provisão de demandas por vir.
Este artigo foi escrito por Alfredo Santos e publicado originalmente em Prensa.li.