O retorno da CPI das fake news
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Aprender com nossos erros: talvez essa seja a principal função da CPI das fake news. A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) contra notícias falsas foi criada em 2019 para investigar a disseminação de informações fraudulentas e inverdades divulgadas amplamente pelas redes sociais. Segundo o presidente Ângelo Coronel (PSD-BA), a proposta é de que em 2022 a CPI volte a atuar no front contra as fake news durante as eleições.
Em 2018, o uso de robôs para divulgação de mensagens automáticas em redes sociais, como twitter, facebook e whatsapp, resultou em uma série de conflitos e teve impacto nas eleições do mesmo ano. Com o intuito de investigar a veracidade das informações, alguns mecanismos como a própria CPI e apuração pela imprensa, tornaram a luta contra as fake news um propósito e dever da imprensa.
Não foram poucos os boatos contra um ou outro candidato - chegando inclusive a estar presente nos debates televisionados durante a corrida presidencial -, tornando a verdade relativa e a mentira crível.
O presidente da CMPI das fake news, o senado Ângelo Coronel, e a relatora Lídice da Mata (PSD-BA), afirmam a necessidade de retomar a investigação no ano eleitoral para combater notícias falsas. Segundo Coronel, a CPI é a ponte entre o Estado e a sociedade.
Como funciona a CPI?
A CPI é formada por 16 senadores e 16 deputados que atuam na investigação de crimes por grupos e pessoas que atuam na divulgação de notícias falsas com intuito de difamar e atacar opositores políticos.
O diferencial da CPI é seu caráter judicial que possibilita a atuação mais ágil e eficaz na investigação de qualquer indivíduo, inclusive o presidente da república. Para quem não lembra, em 2019, o presidente Jair Bolsonaro tornou-se alvo de investigação pelo ataque direcionado aos membros do Supremo Tribunal Federal (STF).
O plano é retornar com a atuação da CPI em fevereiro, quando retornam as atividades presenciais parlamentares. Em conjunto com a atuação dos parlamentares, há também a participação de redes sociais para evitar que informações inverídicas tomem grandes proporções. A exemplo, temos alguns conteúdos marcados como informação falsa no facebook ou mesmo contas excluídas após publicações falsas
Este artigo foi escrito por Amanda Casado e publicado originalmente em Prensa.li.