O Surgimento de um dragão
Após a fusão da HBO com a Warner, a plataforma de Streaming retirou diversos títulos do catálogo, incluindo AquaMan. Contudo, parece que após todo o inverno tem, sim, uma primavera, e foi isso o que aconteceu domingo passado.
Spring is Coming
“House of the Dragon”, spin off de “Game of Thrones“, começou tão florida quanto uma primavera, alcançando quase 10 milhões de pessoas. Em resumo, foi a maior estreia da história de uma série da HBO.
A informação é da Variety, que relatou números revelados pela própria Warner Bros. Discovery, com a audiência alcançando 9,99 milhões de pessoas na HBO e HBO Max somadas nos EUA. Já no Reino Unido, atraiu 1,39 milhão de espectadores na SKY, um novo recorde para a operadora.
O voo rasante
Como todo serviço da plataforma da HBO em época de GoT, houve instabilidade no site, que ficou vários minutos fora do ar, totalizando mais de 3.700 relatos.
O problema é: se essa instabilidade persistir, muito provavelmente os espectadores migrarão para os serviços clandestinos que já foram mencionados nessa matéria daqui. E o que isso gera? menos receita para a empresa de streamings. E para o público? Um maior número de cancelamento de séries e filmes, como no caso do da BatGirl (falo mais disso aqui).
O primeiro dragão
Game of Thrones, o ovo de ouro para a HBO, teve mais de 19 milhões de espectadores assistindo ao final da série em 2019 (que sinceramente, desagradou a maioria deles). Mesmo assim, gerou um recorde da empresa.
Como todo dragão que bota ovos, a streaming não pôde perder a oportunidade de gerar mais um: o House of Dragon.
Com uma audiência fortemente engajada e fiel, o universo de Game of Thrones começa a se expandir (algo similar a Harry Potter?). Vamos ver os próximos capítulos para entender se a audiência continuará com esse “hype”
Ouro custa caro
Sabendo que 1g de ouro vale em média 400 reais, formar um ovo de dragão desse mineral com certeza é algo valoroso.
O investimento – mesmo se tratando do spin-off de uma das produções mais populares da história da televisão- foi bem alto. Com a história principal sendo da casa Targaryen (conhecida por “luxar” e “ostentar”), o orçamento de um episódio de “House of the Dragon” seria o suficiente para produzir, basicamente, três capítulos da 1ª temporada de GoT.
A série inteira, de 10 episódios, foi, inclusive, bem mais cara que a 8ª (e última) temporada da trama de Jon Snow e Daenerys Targaryen, que tomou proporções épicas à medida que se aproximava do encerramento.
Segundo a Variety, a média de cada um dos episódios do spin-off foi US$ 20 milhões (R$ 102 milhões, na cotação atual) – o que coloca a temporada inteira no valor de cerca de US$ 200 milhões, obviamente uma das produções televisivas mais caras de todos os tempos.
Vale do Silício não é ouro, mas custa caro
A grande utilização do CGI na série foi o que elevou fortemente seu custo. Não são mostrados ao público um, dois ou três dragões, como Daenerys em “Game of Thrones”, mas sim dezenas de dragões na maioria das cenas, já que era o auge do reinado da família Targaryen em Westeros, quase 200 anos antes dos eventos de GoT.
De acordo com Miguel Sapochnik, co-showrunner e um dos diretores da série, 17 das criaturas mágicas aparecerão ao longo de “House of the Dragon” – o que demanda um uso extenso de CGI (e, consequentemente, de dinheiro).
A HBO já confirmou a 2ª temporada da série, através de um post no Twitter oficial da série.
Mas do que falará a 2ª temporada?
Como a primeira temporada de House of the Dragon ainda está começando, fica difícil prever exatamente o que pode ser abordado na continuação do spin-off, uma vez que não sabemos exatamente até que ponto a série vai se basear em George R.R. Martin.
Antes do início da série, quem já tinha dissertado sobre uma possível continuação foi o ator Fabien Frankel, que interpreta o cavaleiro Criston Cole na série:
“Tivemos conversas no início e, obviamente, as coisas podem mudar, mas, para dizer a verdade, fui para um bar com Miguel [Sapochnik, co-showrunner da série] dois meses atrás e ele me adiantou algumas coisas. Ele me disse que eu deveria conversar mais com uma pessoa [do elenco] em particular e obviamente não vou contar quem, mas ele disse: ‘vocês deviam passar um tempo juntos para se conhecerem melhor’”, revelou o ator ao Radio Times.
E aí? Será que com o aumento da audiência da série dos dragões outras mídias estarão a salvo? Talvez eles refaçam BatGirl? Vamos ver as cenas dos próximos capítulos
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Este artigo foi escrito por Maria Renata Gois e publicado originalmente em Prensa.li.