Obi-Wan Kenobi: a Força está com a nova série do Disney+

Imagem: Disney / Divulgação

Antes de tudo, a série faz um pequeno resumo de toda a trajetória de Obi-Wan na trilogia prequel. No começo, vemos um Obi-Wan, ou melhor, Ben Kenobi vivendo de forma simples em Tatooine, tentando chamar o mínimo possível de atenção.

Ao mesmo tempo, ele mantém sua promessa de ficar de olho no pequeno Luke Skywalker, e chega a deixar uma nave de presente para ele, depois devolvida por Owen Lars, meio-irmão de Anakin Skywalker e responsável pela criação do pequeno Luke. 

Na série, só se passaram apenas 10 anos depois da Ordem 66, assim temos personagens crianças que serão fundamentais para as próximas trilogias da saga, Luke e Leia. No trailer, a gente já sabia que o Luke seria parte importante da trama, o que faz todo o sentido, já que tudo começa com um Obi-Wan Kenobi exilado em Tatooine, envelhecendo sob seus dois sóis. 

Mas, pelo menos nos dois primeiros episódios, o foco foi mais na sua irmã, No núcleo da Leia Organa é o que movimenta a trama. Depois que ela foi sequestrada, seu pai, Bail Organa, velho amigo de Obi-Wan na trilogia prequel e em tantos episódios de Clone Wars, consegue convencer Obi-Wan a sair do exílio em Tatooine. Foi ótimo ver o ator Jimmy Smits voltando ao papel. 

Como o tradicional protagonista relutante da jornada do herói, Obi-Wan divide seus dias entre o trabalho e sua casa em uma caverna sem querer admitir que já foi um Jedi, e tentando esconder até de si mesmo. 

Quem também aparece é Flea, que além de ser o baixista dos Red Hot Chili Peppers, também é ator, e aqui, interpreta um vilão do qual é impossível não ter simpatia. 

Por falar em vilões, temos a presença de alguns inquisidores, que os fãs de Clone Wars e Star Wars Rebels já conhecem de muitos episódios. O destaque fica para Reva, a terceira irmã, vivida por Moses Ingram (a Jolene de O Gambito da Rainha), e que tem uma obsessão por capturar Obi-Wan Kenobi, depois de Yoda, o Jedi mais famoso vivo naquele momento. 

Ao procurar um Jedi foragido no planeta, ela dá de cara com o Tio Owen, que deixa bem claro que não gosta nada dos Jedis. Owen consegue escapar ileso, já que o Grande Inquisidor interrompe a exibição de Reva. 

Depois de um encontro com o Jedi foragido, no qual Obi-Wan recomenda que ele enterre seu sabre de luz no deserto, ele acaba sendo morto pelos inquisidores, e exibido para como um alerta para a população. Obi-Wan acaba aceitando a missão de libertar Leia, e vai ele próprio desenterrar não só o seu sabre de luz, mas também o de Anakin, que vários anos depois ele vai entregar a Luke.

Não quero contar em detalhes tudo o que acontece para não estragar a experiência de quem ainda não assistiu, mas para mim, a série começou muito bem, respeitando todos os detalhes da saga, com uma direção perfeita de Deborah Chow, que também dirigiu excelentes episódios de The Mandalorian. O segundo episódio já termina com um baita gancho para o próximo, assim, a ansiedade pela próxima semana já é grande, pelo menos por aqui. 

A Disney felizmente teve a bondade de lançar logo dois episódios juntos, pois seria difícil esperar uma semana para saber o que acontece depois do piloto. Outra vantagem é que o próximo episódio será lançado na quarta da semana que vem, e não na sexta, assim o tempo de espera será menor.

Este artigo foi escrito por Nick Ellis e publicado originalmente em Prensa.li.