Olhar-se no espelho

A singularidade de se encarar pode trazer a verdade 

O significado da palavra medo: é um estado emocional que surge em resposta a consciência perante uma situação de eventual perigo, o motivo de começar com o significado de uma palavra é refletir quais tipos de medo temos, além de sermos honestos com nós mesmos, encarar de alguma maneira é o melhor remédio para ter uma vida tranquila. 

Mas a pergunta que não quer calar como fazer isso? Não tem uma solução igual para todos, porque são pessoas e situações diferentes, a vida é um constante progresso por tanto aprendemos com todas as experiências já vividas, não se deve deixar essa situação dentro de uma caixa, a lembrança dos fatos vem à tona para que sejamos capazes de aprender com elas, enxergar todas as possibilidades, evitando a repetição dos erros. 

Está longe de mim, escrever um texto de auto-ajuda, mas refletir de alguma maneira de como nos encarar, a forma que nos enxergamos no dia a dia, pode mostrar ou mascarar quem somos, nossos sonhos, vontades, desejos, ouvir opiniões ajuda, mas depende qual a mensagem que o outro quer passar, o mundo e o ser humano são instáveis, a mudança de fluxo e a existência é um risco, com a possibilidade de tornar-se um jogo 

A autoconfiança é convidada a participar do processo mas com uma condição dela ser desenvolvida, corre o risco dela ser acompanhada pela insensatez, porém cabe se usar com moderação, pois o processo é longo, não é do dia para o outro, que estamos livres dos nossos problemas e medos, pode ser que se tenha uma solução não totalmente instantânea a felicidade, essa é a escolha mais fácil. 

Nos afastar da dor todos querem, mas escolher de cara ser feliz ser ter nenhum problema é muito fácil, ou quase impossível, além de ser limitante, acaba que não se aprende nada, a sensação é de uma falsa ilusão de uma vida perfeita, aceitar que há medo, insegurança é difícil, deixando o caminho para novas possibilidades de escolhas, aí sim pode se chegar a tal felicidade, e olhar-se no espelho é saber oque realmente somos. 

Não adianta cobrar honestidade sendo que não somos honestos com as nossas verdades, sentimentos e escolhas, não adianta cobrar nada do próximo quando não se faz, a primeira parte de uma certa liberdade é assumir o que somos, o que queremos sem precisar utilizar máscaras no cotidiano, só assim realmente se descobre as verdadeiras paixões e prazeres na vida. 

Este artigo foi escrito por Beatriz Abrahão e publicado originalmente em Prensa.li.