Onda de Layoffs atinge Startups no país
Até 2020, as Startups eram consideradas o grande ápice da economia do Brasil, movimentando bilhões por ano e com altos índices de contratação. Entretanto, a pandemia que assolou o país acabou devastando o mercado, causando ondas de Layoffs em todos os nichos.
Só em 2022, é possível citar diversas empresas que anunciaram demissões em massa do seu quadro de funcionários, começando principalmente pelos setores que mais geram custos. Naturalmente, as empresas estão buscando formas de se manterem no mercado.
O grande problema da pandemia foi a baixa no número de clientes e, consequentemente, a diminuição no investimento para novas criações. Dessa forma, as startups perderam o que mais as caracterizava: a capacidade de criação para o mercado.
A partir disso, milhares de postagens começaram a surgir em redes sociais como o LinkedIn, trazendo os dados e currículos, como forma de tentar ajudar os que foram demitidos. Entretanto, o cenário não parece dos mais animadores para o restante do ano.
Os índices de demissão variam muito de empresa para empresa, dependendo principalmente do seu tamanho e, mais do que isso, do prejuízo levado nos últimos anos. Nesse sentido, fica difícil estabelecer os principais cargos afetados.
Em um balanço geral, a maioria dos profissionais dispensados estão no setor de marketing das empresas, além de colaboradores ligados a produtos. No entanto, a surpresa ficou por conta do setor de tecnologia, que também obteve baixas importantes.
Mesmo com o mercado de TI aquecido, as startups precisaram enxugar seus quadros, já que, geralmente, costuma ser o setor que mais recebe investimentos no início. Ou seja, com a diminuição de receita, se torna o maior centro de custos da operação.
Assim, vamos a listar algumas das empresas que sofreram layoffs nos últimos meses de 2022 e como isso afeta seu funcionamento nesse momento.
Empresas afetadas
Uma das empresas que mais surpreenderam pelo layoff foi a QuintoAndar, já que, em 2021, foram mais de 120 milhões de dólares em investimento. Além disso, já chegou a ter um valor de mercado na casa superior aos cinco bilhões.
Mesmo assim, o seu processo de ir para fora do país, alinhado aos problemas de pandemia e guerras internacionais, acabaram derrubando a receita natural da empresa. Com isso, de acordo com uma nota oficial, o QuintoAndar demitiu 4% do quadro de funcionários.
Outra grande aposta de mercado que acabou entrando nas ondas de demissão foi a Loggi, empresa de logística que estava apontada com um dos grandes cases para os próximos anos.
É natural pensar que, sendo uma empresa de logística, foi muito procurada durante a pandemia, principalmente por pessoas que ficaram "presas" em lugares diversos à sua casa.
Entretanto, não foi suficiente para segurar o baque do pós-pandemia, inflações e guerras que refletem nos valores de materiais e serviços. Com isso, quase 15% dos funcionários foram demitidos durante o layoff da empresa.
Depois de conseguir um aporte de quase 200 milhões de dólares em 2021, a MadeiraMadeira foi mais uma a enxugar a lista de colaboradores em 2022. Nesse caso, foram mais de 3% de funcionários demitidos.
Ao que tudo indica, as demissões foram em todos os setores, principalmente nos que mais geravam custos excessivos para a empresa.
Assim, é difícil pensar em quais as complicações que ainda estão por vir ou qual a posição das Startups quanto a isso. Mesmo assim, a sensação de receio por parte de colaboradores de outras empresas já começa a surgir nas principais redes.
Este artigo foi escrito por Lucas Dadalt e publicado originalmente em Prensa.li.