💎 Open Energy: modernizando o setor energético
Confira detalhes do Open Energy no Brasil em mais uma Prensa Open!
Hoje é quinta-feira, 7 de março, é dia de Prensa Open!
Na edição anterior, compartilhamos um panorama com o andamento do Open Insurance no Brasil. Nesta edição, seguimos a trilha Open com mais detalhes e informações sobre o Open Energy — como a era dos dados permite a modernização do setor elétrico?
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Com o advento das novas tecnologias e a necessidade de desenvolver mais eficiência e sustentabilidade, o setor elétrico deve encontrar na integração e no compartilhamento de dados e sistemas uma solução para a modernização. O conceito de Open Energy não é uma novidade, ele é explorado desde 2008 na Europa e teve seus primeiros passos nos Estados Unidos a partir de 2012.
O modelo britânico
Com a mudança da legislação, o Open Energy virou uma realidade no Reino Unido regulamentando a instalação de medidores inteligentes. O receio inicial se deu em relação ao acesso a dados individuais e, para isso, o governo britânico criou uma regulamentação dedicada a esclarecer como os dados de consumo estavam protegidos.
Com a modernização, o consumidor britânico viu empresas inovadoras surgindo no mercado, ofertando novas formas de se relacionar com o consumo de energia elétrica — como, por exemplo, descontos na tarifa ligados à geração eólica comunitária, e até remuneração para consumir em determinados horários.
O modelo norte americano
Nos Estados Unidos, a primeira iniciativa do Open Energy foi a versão dos dados da conta de luz em um formato interoperável, disponível no site da distribuidora.
A iniciativa permitiu que os consumidores fizessem auditoria das próprias contas, decidissem com mais propriedade a modalidade tarifária que melhor se enquadraria no seu perfil de consumo e compartilhassem dados com comercializadoras de energia para obter um produto mais adequado às suas necessidades.
A experiência americana trouxe a construção de aplicativos sobre o consumo energético com governos estaduais, universidades com estatísticas de energia e empresas de gestão de facilities.
O protocolo de Open Energy dos EUA foi adotado também no Canadá, que traz uma história interessante de uma escola que centralizou os pagamentos, acompanhando o do consumo de todas as 150 unidades, graças à adoção pioneira do programa de Open Energy por uma distribuidora de Ontário.
O potencial do Open Energy no Brasil
O mercado de energia, água e gás no Brasil ainda carece de digitalização. E é por isso que o setor ainda tem espaço para avançar em termos de soluções para os consumidores, abrindo espaço para novos players do mercado, incentivando a competitividade e a inovação.
“Olhando pela perspectiva da geração de energia, temos um setor elétrico muito desenvolvido no Brasil, com rápida expansão das energias renováveis e olhando para o fato de sermos um país de tamanho continental, quase 100% do sistema elétrico nacional está conectado, mas quando pensamos no usuário final, estamos atrasados em relação aos mercados mais maduros do mundo”, disse Rodolfo Molinari Filho, diretor de operações da empresa brasileira de energia renovável Órigo Energia, à BNamericas.
Em fevereiro de 2022, a Aneel definiu algumas regras sobre bônus a quem economizasse energia para ajudar o país a passar pela crise hídrica. O programa permitiu que um consumidor recebesse um pagamento de R$50 a cada 100kWh economizado. Por meio do Open Energy, essa inciativa poderia ser aplicada em ampla escala e permitindo produtos mais adequados ao risco de variação de consumo individual.
Em artigo na Agência EPBR, Nayanne Brito, Engenheira de Energia na Lemon Energia, e Guilherme Castro, Gerente de Projetos de Inovação na Octopus Energy, elencaram oportunidades do Open Energy para o Brasil:
Possibilidade de auditoria dos consumidores;
Aglutinação de dados para melhor estudo de políticas públicas e impacto dos subsídios existentes na conta de luz;
Questionar os resultados e permitir a revisão dos estudos permitindo uma quantificação mais justa dos valores envolvidos em políticas públicas;
Por meio de APIs abertas, ter acesso às inovações, novas formas de engajar os consumidores e novas fontes de renda;
Maior engajamento dos consumidores reduzindo muito os custos operacionais, estimulando a digitalização do pagamento das contas tornando a operação da distribuidora mais eficiente, algo semelhante ao Pix;
Mais players para o setor de energia interessados em financiar o medidor inteligente para seus clientes.
Confira o episódio especial do podcast Energy Center da MIT Technology Review Brasil sobre os desafios e oportunidades do Open Energy no mercado brasileiro.
🤝 Open Energy em andamento
⚡Como a abertura de dados vai impulsionar o setor elétrico brasileiro: Com dados mais acessíveis e combinados com tecnologia, é possível atuar no segmento estimulando inovação e digitalização sem grandes investimentos (Exame)
🧩 Open Energy — Oportunidades e desafios do mercado de geração distribuída: Em 2023, a indústria solar começou a bater recordes e o crescimento pode ser visto em diversas regiões como Europa, China, América do Norte e no Brasil, que no ano passado entrou, pela primeira vez na história, no ranking de países que mais geram energia solar fotovoltaica. (MIT Technology Review)
🤝 Os valores tangíveis e intangíveis do "ESG" e do "Open Energy": “Inovação traz oportunidades essenciais de redução do custo global do setor de energia com a eficientização de processos, redução de custo de transação e integração com outros setores da economia. Essa movimentação é chave para redução dos custos com eletricidade e fundamental para transição energética.” comenta Daniel Steffens
Especialista em Business Law e Direito de Energia (Diário de Pernambuco)
📘Aneel quer estudar ‘Open Energy’ por sandboxes regulatórios: Medida quer repetir sucesso visto no sistema financeiro com aumento da competitividade entre empresas com abertura do mercado e nova tarifação à BT. (Canal Energia)
🏦 Compartilhamento de dados em outros setores serve de parâmetro para setor elétrico: Abraceel promoveu o Workshop Open Energy, evento que reuniu mais de 300 participantes, entre associados e agentes do mercado, para debater a importância do compartilhamento de dados dos consumidores no setor elétrico, incluindo formas de implementá-lo e cuidados necessários. (Abraceel)
Até semana que vem! 😉