Imagine ter um aplicativo de controle de gastos com acesso as suas informações de cartão e conta corrente, gerando dados mais assertivos sobre suas finanças pessoais. Agora imagine saber qual é o melhor investimento a curto, médio ou longo prazo. Estamos falando de ofertas de serviços personalizadas e de acordo com suas necessidades.
Tudo isso a partir do compartilhamento de dados bancários com instituições do seu interesse. Esse é o maior objetivo do Open Finance: o empoderamento do consumidor. Deixar que você decida de que forma e com quem compartilhar seus dados.
Tal premissa representa um aumento da democratização, flexibilidade e mobilidade dos dados. Sem mencionar o incentivo a criação de novas parcerias via APIs e viabilização de novos negócios.
Porém discutir sobre Open Finance e autonomia do consumidor implica em falar também da parcela da população sem acesso a serviços financeiros ou mesmo vínculo com qualquer instituição financeira, afinal de contas, segundo Instituto Locomotiva:
Só no Brasil as 45 milhões de pessoas desbancarizadas movimentam cerca de R$ 800 bilhões por ano
A expectativa é que a partir da implantação do Open Finance seja possível gerar maior inclusão financeira, ampliando a distribuição destes serviços e produtos, especialmente quando se trata de oferecer inclusão e mostrar o potencial financeiro das classes C, D e E brasileiras.
Com Open Finance, mesmo os desbancarizados terão a oportunidade de acessar produtos e serviços em diferentes plataformas financeiras.
A possibilidade de criação de novos produtos e serviços, bem como parcerias entre bancos e fintechs, por exemplo, é a oportunidade de atender a população de baixa renda, que trabalha de maneira informal e que por vezes recebe pagamentos em dinheiro vivo.
Dentre as iniciativas de inclusão financeira há o aplicativo Banco Maré. Ele surgiu com base em um problema: o acesso de parte da população a agências bancárias. Alexander Albuquerque, CEO do Banco Maré criou o projeto com base nas dificuldades enfrentadas pela população do Complexo da Maré, na Zona Norte do Rio de Janeiro.
Antes da iniciativa, em 2016, os moradores do complexo, formado por 17 comunidades, precisavam de deslocar até bairros vizinhos para realizar pagamentos, já que não dispunham de nenhuma agência bancária ou lotérica. A movimentação realizada pelo Maré conta até com moeda própria, a palafita, equivale ao nosso real.
Compreender as implicações e oportunidades com a chegada do Open Finance é essencial, já que a primeira fase de sua implantação começa oficialmente no dia 30 de novembro. Nada melhor do que uma imersão de 3 dias com apresentações dos temas mais relevantes ligados ao Open Finance.
Além de aprender mais sobre o case do Banco Maré com Alexander Albuquerque, palestrante confirmado, no Open Finance Conference 2020 você poderá:
Conferir como o Open Finance potencializa o acesso a crédito;
Compreender o impacto desse sistema nas micro e pequenas empresas;
Entender o efeito Open Finance nos Seguros;
Conferir o potencial estratégico de novos modelos como Banking-as-a-service (BaaS) e Banking-as-a-platform (BaaP);
O evento acontece do dia 27 a 29 de outubro.
Inscreva-se agora no Open Finance Conference 2020 e confira nossa programação!
Este artigo foi escrito por Luana Brigo e publicado originalmente em Prensa.li.