Open Healthcare - saúde, dados e futuro
A transformação digital e a inteligência artificial (IA), principalmente o machine learning, estão mudando a medicina, a pesquisa médica e a saúde pública.
Tecnologias baseadas em IA são utilizadas em serviços de saúde em países da Organização para a Economia, Cooperação e Desenvolvimento (OCDE), e sua implementação está sendo avaliada em países de renda média (LMIC).
O Secretário-Geral das Nações Unidas, António Guterres, afirmou que a implantação segura de novas tecnologias pode ajudar o mundo a alcançar as Metas de Desenvolvimento Sustentável.
A implementação da IA, aliada à transformação digital no setor de saúde, faz parte de um processo ainda não 100% ativo no Brasil: o Open Healthcare.
O que é o Open Healthcare?
Antes de entendermos o que é Open Healthcare, precisamos saber sobre o conceito Open. De forma simplificada, Open quer dizer que informações estarão disponíveis para que todos possam ter acesso a elas.
A partir dessa premissa, é possível tornar a experiência do usuário melhor. Um exemplo de um sistema Open que já está sendo implementado no Brasil é o Open Banking.
O Open Healthcare captura um amplo conjunto de tecnologias da informação que mudam a forma como abordamos a saúde e os cuidados. Isso quer dizer que o sistema engloba a cadeia de valor da saúde, como hospitais, clínicas, laboratórios, empresas de equipamentos médicos e medicamentos, além de planos de saúde.
É preciso lembrar que o Open Healthcare não significa apenas ter mais acesso aos dados de saúde, mas torná-los disponíveis e acessíveis a outras pessoas. Além de utilizar a Internet das Coisas (IoT) e a IA para melhorar a eficiência de diagnósticos, exames e tratamentos.
Em um futuro próximo, há uma boa chance de que as suas informações pessoais de saúde, assim como as de todos as outras pessoas, estejam disponíveis para download por qualquer um que esteja devidamente autorizado para tal.
Os projetos de dados abertos (Open Data) visam aumentar o compartilhamento de informações entre departamentos governamentais, dessa forma os dados de saúde seriam vinculados a dados educacionais, dados de aplicação da lei e dados de gastos.
A tecnologia na saúde
O surgimento de big data, tecnologias de nuvem, adoção de smartphones e captura de dados de repente permitem que as informações sejam vinculadas e processadas para novos insights.
A Internet of Medical Things (IoMT) é a rede de dispositivos médicos conectados à Internet, infraestrutura de hardware e aplicativos de software. Às vezes chamada de IoT na área de saúde, a IoMT permite que dispositivos remotos e sem fio se comuniquem com segurança pela Internet para permitir uma análise rápida e flexível de dados médicos.
O impacto da IoMT no mercado de saúde é inegável. De acordo com uma pesquisa recente da Deloitte, o mercado geral de IoMT deve crescer de US $ 41 bilhões em 2017 para US $ 158 bilhões em 2022.
Open Healthcare é qualidade de vida
Em alguns países, já podemos encontrar organizações que utilizam o Open Healthcare.
Infelizmente, a maior parte dessas empresas fornece esse serviço de forma particular, não necessariamente sendo integrada ao serviço de saúde público.
Do ponto de vista positivo, a expansão desse mercado poderá garantir, em um futuro próximo, o acesso a um serviço aberto para todos.
No Brasil, o Open Healthcare anda a passos pequenos. Mas ao redor do mundo, já temos algumas grandes empresas integram as tecnologias e outras que fornecem o necessário para criá-las. São elas:
À medida que caminhamos para o fim do segundo ano de pandemia de coronavírus, ter um sistema de saúde forte no país é mais importante do que nunca.
Países em todo o mundo aplicam abordagens diferentes para fornecer atendimento médico público. Alguns contam com o apoio do governo, como em uma abordagem de pagador único. Outras nações dependem de seguradoras privadas e um terceiro grupo de países, como os Estados Unidos, tem uma mistura de ambos.
A qualidade e a eficiência do sistema de saúde de um país podem ter um impacto enorme na qualidade de vida de seus cidadãos.