Open Insurance: transformando o mercado de seguros por meio de inovações digitais
Com a chegada da pandemia do novo coronavírus, foi aumentada a necessidade por novas experiências no ramo digital para aproximar o público com os serviços essenciais. Por isso, as mobilizações de transformação tecnológica começaram a se intensificar.
Assim, a combinação dos upgrades de práticas digitais do usuário, com a tecnologia e análise de dados, está igualmente incluída nas finalidades e desenvolvimento do Open Insurance.
Inaugurando o Open Insurance em solo brasileiro
O Brasil é o primeiro país a regulamentar a implantação do Open Insurance em seu território. A inserção deste sistema foi organizada em partes por meio de um cronograma:
Open Data: nesta fase, foram fornecidas informações ao público sobre canais de produtos e serviços, entre os dias 15 de dezembro de 2021 até 1 de junho de 2022.
Dados de clientes: após o consentimento de cada cliente, serão permitidos o compartilhamentos de seus dados, como informações de cadastro, transações de produtos, entre outros. Esta fase está prevista para iniciar em setembro de 2022
Iniciação de Movimentação de Seguros: nesta terceira e última fase da implantação do Open Insurance, irá iniciar o compartilhamento de serviços, possibilitando que os clientes coloquem seus dados em uma única plataforma e/ou iniciem a movimentação de seguros. Estes últimos passos estão previstos para ocorrer em dezembro de 2022.
Um fator interessante desse processo é que as datas iniciais do Open Insurance coincidem com as datas finais da implantação do Open Banking. Essa casualidade se deve pela razão de ambos serem desenvolvidos em conjunto, para garantirem no futuro a interoperabilidade.
As inovações digitais proporcionadas pelo Open Insurance
O Open Insurance funciona por meio do uso da arquitetura de APIs, que são conceituadas, de acordo com a OPIN Brasil, “como um conjunto de normas que possibilitam a comunicação entre plataformas através de uma série de padrões e protocolos.”
É importante que todo Open Insurance seja composto de APIs abertas na forma padrão, para que as aplicações não sofram empecilhos e procedam de forma segura para preservar as informações e garantir a rapidez e produtividade no atendimento.
Um estudo realizado pela Accenture — empresa multinacional de consultoria — abordou que “82% dos entrevistados concordam que esse tipo de ecossistema (Open Insurance) permite o crescimento, que não seria possível de outra forma.”
Contribuindo com os dados encontrados na Accenture, a Celent — empresa líder em pesquisas voltadas para tecnologia — destacou em um de seus estudos que “as seguradoras que não conseguirem construir suas APIs perderão competitividade em apenas 5 anos.”
Logo, a tecnologia API Open Insurance se conceitua como uma grande iniciativa digital no mercado de trabalho dos seguros em que, por meio dela, caminhos são abertos para diversas inovações digitais no comércio, o que é comprovado perante os dados das últimas pesquisas e o andamento da implantação do sistema.
Diante disso, Dave Ovenden, diretor administrativo da Willis Towers Watson, propôs uma visão única sobre as iniciativas digitais em Open Insurance diante de tamanha transformação no espaço mundial, e estabeleceu algumas atitudes para alcançar mudanças tecnológicas na indústria.
4 passos para iniciativas digitais no Open Insurance
1 . Compartilhar dados para oferecer suporte a ofertas de produtos personalizados
As seguradoras podem aumentar a eficiência operacional encontrando maneiras de compartilhar dados entre sistemas internos e parceiros externos. Ovenden vê isso não apenas como uma maneira de economizar custos, mas também de adequar a cobertura a riscos específicos e atender melhor os clientes.
2 . Conectar “especialidades” para ter uma cultura centrada no cliente
Ao discutir as características das seguradoras mais inovadoras, uma das principais prioridades é transformar seu sistema de TI de ser centrado em políticas para colocar o cliente no centro.
Para fazer isso, é necessário escolher os melhores componentes para um trabalho específico e os conectar para oferecer a melhor experiência ao cliente. Felizmente, com a inovação contínua no mercado InsurTech, as ferramentas especializadas estão se multiplicando e a integração dessas ferramentas ficou mais fácil.
3 . Abrir regras de subscrição para capacitar os canais
Os executivos de distribuição têm um leque cada vez maior de opções na hora de vender seus produtos. Bolsas de seguros, MGAs digitais, sites de comparação de preços e empresas não seguradoras oferecem novas maneiras de alcançar os clientes.
As seguradoras podem capturar valor nessas oportunidades se implementarem regras de negócios críticas de forma consistente e com o mínimo de intervenção humana. As seguradoras inovadoras de hoje já estão usando ferramentas como Radar Live e MuleSoft para expor essas regras. Isso garante que os riscos certos sejam cobertos com o prêmio certo, independentemente de qual canal de distribuição.
4 . Aproveitar a inovação do ecossistema para ficar à frente
Um briefing recente do CEO da McKinsey destacou a necessidade de as seguradoras inovarem mais rapidamente. O painel discutiu como aproveitar a inovação fornecida por um ecossistema mais amplo de parceiros é fundamental para permitir essa velocidade.
De acordo com Dave, as melhores operadoras reduziram o tempo necessário para atualizar as classificações e outras regras importantes de vários trimestres para uma questão de horas.
Os 4 passos estabelecidos pelo diretor americano são, em sua visão, pontos de partida para qualquer corporação que deseja aderir ao Open Insurance. E, com isso, construir um valor singular diante da onda tecnológica que está se formando, atendendo com precisão as necessidades do consumidor e da esfera trabalhista global.
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Este artigo foi escrito por Sarah Gomes e publicado originalmente em Prensa.li.