💎Oportunidades para o Open Finance e a Transformação do Mercado Financeiro
Confira os impactos da internacionalização das moedas e a importância da LGPD para instituições financeiras
Boa quinta-feira!
Na Prensa Open de hoje continuaremos falando sobre a Agenda de Inovação do Banco Central (BC#), dando destaque para o tema Open Finance e quais novidades esperar para esse universo.
Estamos nos aprofundando em como as diretrizes dessa agenda vão impactar o mercado financeiro nacional e internacional. Se você perdeu, na edição anterior, focamos no PIX e em novas tecnologias facilitadoras de pagamentos.
Internacionalização das Moedas: Superando Barreiras no Open Finance
A internacionalização das moedas é um passo fundamental para a conexão entre sistemas de pagamentos globais. No entanto, três grandes desafios precisam ser enfrentados para garantir uma integração eficaz. A conexão entre sistemas de Tecnologia de Contabilidade Distribuida (DLT) e sistemas centralizados foi uma dessas barreiras tecnológicas superadas, permitindo que diferentes plataformas operem de maneira harmoniosa.
Além disso, a criação de pools de liquidez em tokens foi essencial para solucionar os problemas de liquidação. Em termos de governança ainda temos muito que avançar para uma atingir uma Taxonomia realista, com regras mínimas para transferências internacionais.
Benefícios Já Alcançados com o Open Finance
O Open Finance já trouxe avanços significativos para o mercado, refletindo em maior eficiência nos processos operacionais. Com essa inovação, as instituições financeiras têm conseguido oferecer produtos e serviços mais customizados, adaptando-se melhor às necessidades específicas dos clientes. Além disso, o sistema facilita a portabilidade de crédito e evolução, tornando as transferências mais convenientes e programáveis.
Para os usuários, essa transformação se traduz em benefícios tangíveis, como a redução dos juros pagos em cheque especial e o acesso a agregadores e gerentes financeiros que atendem tanto pessoas físicas quanto jurídicas. Outro ponto positivo é a simplificação do processo de onboarding de clientes, que se tornou mais ágil e eficiente, melhorando a experiência do usuário desde o primeiro contato.
Relacionamentos de Sucesso no Open Finance
Um exemplo prático dos benefícios do Open Finance pode ser visto em uma fintech que conseguiu gerar uma economia de R$ 8 milhões em juros de cheque especiais para seus clientes, ao oferecer linhas de crédito mais baratas. Em outra frente, um banco tradicional reportou um aumento significativo no limite de crédito de seus clientes, totalizando R$4,2 bilhões em Crédito Direto ao Consumidor (CDC) e R$651 milhões em cartões de crédito. A mesma instituição conseguiu R$1,2 bilhão em crédito através da portabilidade, com um ganho de 61% na efetividade do processo.
Além disso, as ferramentas de gerenciamento financeiro foram empregadas por mais de 9 milhões de clientes, com uma fintech em particular relatando 4 milhões de usuários engajados na gestão consolidada de suas finanças, acumulando 47 milhões de acessos. Em termos de abertura de contas, uma cooperativa conseguiu reduzir o tempo do processo de 32 horas para apenas 2h10m, utilizando informações disponíveis através do Open Finance.
Fonte: Agenda de Inovação do Banco Central (BC#)
Impactos e Regulamentações da LGPD no Mercado Financeiro
A Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) trouxe mudanças profundas para o setor financeiro, que tradicionalmente lida com uma grande quantidade de dados pessoais e sensíveis. A necessidade de transparência tornou-se um dos principais impactos da LGPD, obrigando as instituições financeiras a informar claramente aos clientes como seus dados são coletados, usados e compartilhados. Essa transparência é a essência da LGPD, que visa garantir que os titulares dos dados tenham pleno conhecimento sobre o uso de suas informações.
Outro impacto significativo da LGPD no setor financeiro é o aumento dos critérios de segurança. As instituições agora são obrigadas a implementar medidas técnicas e organizacionais para proteger os dados pessoais contra acessos não autorizados, perdas ou vazamentos. Isso inclui o uso de criptografia, auditorias de segurança frequentes e implementação de sistemas de gerenciamento de incidentes de segurança. Essas medidas são cruciais para garantir que os dados estejam protegidos em todas as etapas de processamento.
Além disso, a LGPD exige que as políticas de privacidade sejam revisadas e, muitas vezes, reformuladas para garantir a conformidade com a nova legislação. As instituições devem garantir que suas políticas sejam claras e acessíveis, detalhando como os dados são encontrados, usados, armazenados e compartilhados. Esta constante revisão visa garantir que os clientes estejam sempre informados e protegidos.
A Relação Entre LGPD e Open Finance
A relação entre a LGPD e o Open Finance é intrínseca, uma vez que ambos operam sob a premissa de proteção e transparência no uso dos dados. No Open Finance, as instituições financeiras devem garantir que o compartilhamento de dados seja feito de forma segura e eficiente, respeitando sempre a autonomia e privacidade do usuário. A LGPD fornece uma base legal para o tratamento adequado de dados pessoais, garantindo que os direitos dos titulares sejam preservados durante todo o processo de compartilhamento de informações.
Open Finance é tema do novo episódio do Nu Videocast
No novo episódio do Nu Videocast, Luciana Kairalla, Gerente Geral de Open Finance do Nubank, discute o cenário regulatório e os desafios do Open Finance no Brasil. Ela destaca a importância do registro do cliente e como o Nubank está utilizando dados para desenvolver produtos inovadores e personalizados, alinhando-se às expectativas de seus clientes.
Assista ao episódio completo do Nu Videocast e descubra como o Open Finance está mudando o mercado financeiro.
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Até semana que vem!