Paralímpiadas Tóquio 2020: melhores momentos
Após 12 dias de competição em 23 esportes, os Jogos Paralímpicos de Tóquio em 2020 foram concluídos no último domingo.
Ao longo dos Jogos, os atletas ganharam medalhas, quebraram recordes e gravaram seus nomes nos livros de história.
Se você perdeu alguma ação, você veio ao lugar certo. Reunimos os melhores momentos dos Jogos Paralímpicos de 2020.
Quanto mais comitês no pódio, melhor!
Tóquio 2020 viu mais países do que nunca ganhando medalhas em uma única edição dos Jogos Paralímpicos, com 86 dos 162 Comitês Paralímpicos Nacionais participantes no pódio - superando os 83 da edição Rio em 2016.
Para algumas nações, o ouro veio pela primeira vez.
Esse foi o caso da Etiópia, quando Tigist Gezahagn Mengistu, de 21 anos, venceu o T3 feminino de 1500m em seu primeiro campeonato importante.
O Paquistão também teve sua estreia no lugar mais alto do pódio com Haider Ali conquistando a medalha mais brilhante no lançamento de disco masculino F37, com um recorde paralímpico de 55,26 metros.
Outros países que ganharam uma medalha de ouro paralímpica pela primeira vez foram o Equador, com as irmãs Poleth e Anais Mendez conquistando ouro e bronze no arremesso feminino de peso F20.
Sri Lanka, com Dinesh Priyantha quebrando o recorde mundial com incríveis 4m no dardo masculino F46.
Costa Rica, com Sherman Guity estabelecendo um novo recorde paralímpico nos 200m do atletismo.
Emirados Árabes Unidos, com o atirador Abdulla Sultan Alaryani vencendo o rifle de ar comprimido misto R7 - posições SH1.
A australiana Paige Greco se tornou a primeira medalhista de ouro dos Jogos no evento feminino de ciclismo em pista individual C 1-3 3000m.
Ao final do primeiro dia, 20 países haviam conquistado medalhas e nove recordes mundiais foram quebrados, o que daria uma amostra do que iríamos presenciar nos próximos dias.
China no topo da tabela
A China liderou a tabela pela 5ª edição seguida dos Jogos com 207 medalhas (96 de ouro, 60 de prata e 51 de bronze).
Já no primeiro dia, a equipe chinesa mostrou sua força ao reivindicar uma varredura completa na esgrima para cadeiras de rodas, vencendo os eventos de sabre feminino e masculino de estreia das categorias A e B.
O segundo lugar ficou com a Grã-Bretanha, com 124 medalhas (41 ouros, 38 pratas e 45 bronzes). A equipe britânica teve um desempenho muito bom em esportes como ciclismo de pista, ganhando todas as três medalhas de ouro em disputa no último dia de competição de velódromo.
O desempenho britânico estendeu-se ao rúgbi em cadeira de rodas, já que eles se tornaram a primeira nação europeia a ganhar o ouro nos Jogos Paraolímpicos com uma vitória de 54-49 sobre os EUA.
O Comitê Paraolímpico Russo (ROC) terminou em terceiro lugar na contagem de medalhas, com 118 (36 ouros, 33 pratas e 49 bronzes).
O Brasil é o melhor –no futebol- mas vamos além!
Créditos: AFP
O Brasil foi o melhor colocado em classificação da América do Sul, terminando a edição em 7º lugar na tabela geral com 72 medalhas (22 ouros, 20 pratas e 30 bronzes)
Os esportes de destaque para o Brasil foram o atletismo com 28 medalhas, sendo 8 de ouro, 9 de prata e 11 de bronze. A equipe de natação também mostrou seu alto desempenho conquistando 23 medalhas, 8 delas de ouro, 5 de prata e 10 de bronze.
O tabu permaneceu no futebol. A seleção brasileira de 5 derrotou a Argentina por 1 a 0 e conquistou o quinto título paralímpico consecutivo. Os atletas estão invictos desde a introdução do esporte nos Jogos Paralímpicos, na edição Atenas 2004.
O Goalball também foi conquistado pelos atletas brasileiros e nossos vencedores trouxeram para casa a primeira medalha de ouro no esporte após vencer de forma convincente a China por 7-2.
A vitória de Mariana D'Andrea foi a primeira medalha de ouro Para Powerlifting do Brasil. A Atleta levou o ouro com seu terceiro levantamento de 137 kg.
Dois novos esportes sobem ao pódio
Foto: Ale Cabral/CPB
O taekwondo fez sua estreia paraolímpica em grande estilo, com os favoritos ficando para trás, incluindo os campeões mundiais da Mongólia, Enktuya Enkurelbaatar e Erdene Gabat, não alcançando suas respectivas finais.
Em vez disso, o brasileiro Nathan Sodario Torquato venceu o masculino até 61kg K44, enquanto a peruana Leonor Espinoza Carranza venceu o feminino até 49kg K44. Foi o primeiro ouro paralímpico do Peru desde Sydney 2000.
A dinamarquesa Lisa Gjessing, tetracampeã mundial e tetracampeã europeia, conquistou a medalha de 58kg feminino aos 43 anos, coroando uma das pioneiras no esporte.
Badminton foi o segundo esporte a estrear nos Jogos de Tóquio em 2020. Cheah Liek Hou da Malásia conquistou a primeira medalha de ouro na categoria SU5 masculina, e Satomi Sarina do Japão se tornou a primeira jogadora feminina a ganhar o ouro paraolímpico na final feminina individual WH1.
As Cortinas se fecham nos Jogos Paralímpicos de Tóquio 2020
Por Ruth Faulkner e ND Prashant I para o IPC
Quando a cortina cai sobre o 16º Jogos Paralímpicos em 5 de setembro, refletimos sobre como essa edição foi marcada por superação e dedicação.
O tema de encerramento era Cacofonia Harmoniosa: um mundo lindo em que todos os tipos de diferenças marcantes coexistem, um mundo onde tudo brilha independentemente. Aquele onde há encontros fortuitos e química entre indivíduos, pessoas e tecnologias, você e eu.
Os Jogos nos ensinaram o significado da 'unidade e diversidade', e isso é transmitido na cerimônia como 'Uma cidade onde as diferenças brilham'.
A governadora de Tóquio, Yuriko Koike, passou a bandeira paralímpica ao presidente do Comitê Paralímpico Internacional, Andrew Parsons, que a passou para a prefeita de Paris, Anne Hidalgo. A chama paralímpica laranja ficou roxa e logo se apagou.
E, finalmente, os Jogos Paraolímpicos de Tóquio 2020 chegaram ao fim. O espírito dos Jogos será levado agora para Paris em 2024.