Pensamento computacional: unindo a tecnologia e a educação em uma expressão
Você sabia que a educação pode sofrer modificações em sua esfera?
Geralmente, isso acontece porque ela sempre busca modificações em sua própria composição para se adequar ao contexto social em que ela é aplicada.
Exemplo: técnicas de ensino na época da Idade Média conseguem ser aplicadas hoje em dia? Não, pois os ensinamentos eram realizados conforme o contexto daquela época, hoje estamos em um panorama bem diferente e que se apropria de ferramentas do nosso tempo para transmitir conhecimento.
Durante os anos de ensino, a parte lógica do pensamento era restrito apenas para matérias relacionadas a área de exatas, como Física e Matemática. Porém, com a chegada das inovações tecnológicas em diversos setores da sociedade, foi preciso se reinventar diante do novo cenário que surgia, e com o ramo da educação não foi diferente.
Pensando nisso, este artigo irá abordar sobre um tema bastante pertinente da nossa contemporaneidade e que está ligado a área educativa e tecnológica: o pensamento computacional.
Ficou curioso? Continue na leitura do próximo tópico!
O que é pensamento computacional?
De acordo com a definição lógica da Happy Code School, “Pensamento computacional pode ser definido como uma estratégia usada para desenhar soluções e solucionar problemas de maneira eficaz tendo a tecnologia como base.”
O pensamento computacional permite encontrar soluções não apenas em temáticas relacionadas à tecnologia, mas também em relação às variadas áreas do conhecimento.
Sobretudo, a ideia é “quebrar em pedaços” problemas que aparentam ser de difícil resolução e construir, outra vez, algo novo capaz de gerar compreensão.
O pensamento computacional possui 4 pilares muito importantes que o sustentam. São eles:
1. decomposição — se refere à capacidade de dividir um problema grande em partículas menores, o que auxilia no entendimento e resolução.
2. abstração — é a capacidade de analisar o que é mais relevante e primordial em uma possível situação,deixando de lado partes que não são importantes no momento.
3. reconhecimento de padrões — o pensamento computacional, na maioria das vezes, estabelece padrões em seus cenários. Desta forma, é importante reconhecer recorrências e similaridades para buscar respostas plausíveis.
4. pensamento algorítmico — está ligado ao uso da lógica e do raciocínio para criar soluções, a partir da estruturação.
Uma série de aptidões é obtida como resultado do método de desenvolvimento do pensamento computacional.
As habilidades refletem de modo direto na maneira como o indivíduo aprende sobre as particularidades do mundo ao seu redor.
No caso das crianças, o uso dessas técnicas ajudam em seu crescimento e aperfeiçoando aspectos como o desenvolvimento intelectual. Já para os estudantes do ensino médio, o pensamento computacional auxilia na preparação para os vestibulares, especialmente, em questões voltadas para a área de exatas.
Fernanda Martins da Silva, ex- estudante da Unesp, realizou uma monografia para sua pós graduação em 2020, com o título “Pensamento computacional: uma análise dos documentos oficiais e das questões de Matemática dos vestibulares”.
Na sua dissertação, a autora conclui que é possível aplicar o pensamento computacional nas questões do Enem e outros vestibulares bastante concorridos em nosso país, ressaltando que “ [...] é preciso que os alunos pensem criticamente, além de contribuir com a competência de resolução de problemas, aptidão analítica, desenvolver conceitos computacionais, explorar a lógica computacional [...]”
Uau, tudo isso com o manuseio da tecnologia na modernidade? É impressionante!
A cultura digital está entre as 10 competências gerais da BNCC ( Base Nacional Curricular Comum), ficando nítido como a tecnologia e os meios digitais têm se destacado na esfera social. Por meio disso, as inovações continuam sendo protagonistas deste grande palco mundial, atravessando fronteiras e modificando quem quer que esteja na sua frente.
Mas e você, o que achou sobre o pensamento computacional?
Este artigo foi escrito por Sarah Gomes e publicado originalmente em Prensa.li.