Como o PIX tem promovido a inclusão de pessoas com deficiência
O Pix foi criado pelo Banco Central para democratizar as formas de pagamentos digitais, e, com isso, impulsionar a eficiência dos serviços de pagamentos com baixo custo e segurança.
Um dos benefícios do pagamento instantâneo é promover a inclusão financeira, o que já está dando frutos. 40 milhões de brasileiros fizeram sua primeira transferência bancária por Pix, de acordo com o Banco Central.
Com isso em mente, o BC divulgou em julho medidas para promover a acessibilidade de públicos com deficiência visual, auditiva ou física no Pix. Agora, o site do BC conta com uma página específica com informações relacionadas ao tema.
Na página, é possível encontrar vídeos explicativos sobre o Pix com tradução em Libras, além de uma lista com as instituições participantes do serviço de pagamento que possuem soluções voltadas à acessibilidade.
O Banco Central contou com a colaboração de algumas entidades como Fundação Seli, Laramara e Para Todos Verem, além da Secretaria Municipal da Pessoa com Deficiência de São Paulo.
Rojane Abranches, analista do Departamento de Competição e de Estrutura do Mercado Financeiro (Decem), no Banco Central, conta que com essa ajuda foi possível “entender mais a fundo as dificuldades enfrentadas e as soluções que podem ser adotadas para facilitar o uso do Pix com autonomia.”.
Com isso, o BC definiu orientações de acessibilidade para a experiência do usuário a serem seguidas pelas instituições que oferecem o Pix, especificando as soluções adotadas para cada público atendido.
Alguns exemplos de soluções que podem ser adotadas na oferta do Pix de acordo com o Banco Central incluem:
A integração dos aplicativos aos leitores nativos dos celulares, com clareza na descrição das funcionalidades;
O uso de avatares ou vídeos explicativos sobre Pix;
O uso de assistente virtual em Libras.
Na página de Acessibilidade de Pix é possível encontrar informações sobre as instituições que declararam possuir alguma solução voltada à acessibilidade. Entre elas estão Banco BMG, Bradesco, C6, Banco do Brasil, Inter, Itaú, Santander e Nubank.
Ao todo, são 35 instituições financeiras com soluções desenvolvidas para a acessibilidade de pessoas com deficiência visual, auditiva ou física.
O analista de sistemas e técnico de tecnologia assistiva na Laramara, Leonardo Gleison (pessoa com deficiência visual), comentou em vídeo para o Banco Central sobre o tema.
Ele diz que acessibilidade de Pix representa a emancipação da pessoa com deficiência visual no sistema de pagamentos brasileiro. “A gente tem uma nova forma de pagamento muito mais acessível, prática e conveniente para todos.”.
Assista ao depoimento de Leonardo Gleison completo aqui.