Poema
Imagem: freepic-diller
Acabou o magnetismo. A flâmula foi apagada. O teste rigoroso do tempo foi mais forte e o desejo de um amor eternal, agora é apenas um lapso mental.
Gravita solitário, um sentimento desesperado que outrora era o elo entre a loucura e a ternura.
Onde estão os dois foras da lei, que quebraram os paradigmas para viverem a experiência magistral?
O portal para o passado se fechou. Mas, ainda há ternas lembranças. Ainda é possível ouvir as galopantes batidas do coração ofegante.
Dois pólos unidos, assim foi a realidade em um palco de amores indescritíveis. Os delitos eram permitidos com ávido desejo.
As noites eram um prelúdio silencioso de um futuro amargo. Mas, o brilho das estrelas era um sinal de alegrias em delícias fervilhantes.
Quem poderia imaginar que em meio a tantas ternuras surgiriam antagonistas? A percepção da realidade foi perdida, pois o magnetismo era hipnotizante.
Onde estão os amantes? Cadê os atores noturnos? A lua ilumina o palco vazio e as estrelas bailam sem aplausos.
O elo foi quebrado, e um hiato foi posto entre a loucura e a ternura. O causador dessa infâmia foi o tempo.
Ele invejou todas as façanhas sem limites entre a loucura e a ternura. Oh! Solitário algoz, porque rompeste os sonhos dos amantes?
O magnetismo foi desfeito, mas não se pode separar a loucura e a ternura, pois os amantes desbravadores, imergem em seus pensamentos e se encontram numa dimensão que o tempo não pode ter acesso.
Todas as noites a fascinação abre suas asas e rufla para o encontro de dois corpos magnetizados pela flâmula eterna da paixão.
Este artigo foi escrito por Marcio Greique Macedo e publicado originalmente em Prensa.li.