Por que aprender a programar?
Além do inglês, francês e espanhol, você conhece o JavaScript, Python ou o PHP? Como várias outras formas de comunicação e compreensão, essas três última são linguagens de programação, e mesmo que você não atue no mercado de desenvolvimento e programação de sistemas, aprender a utilizá-las gera muitos benefícios.
Da mesma forma que usamos o inglês para conversar com alguém que fala esse idioma, as linguagens de programação são usadas para nos comunicarmos com os computadores de forma que eles entendam. Aplicativos, softwares e diferentes tipos de sistemas computadorizados são construídos e instruídos ao que fazer e a como se “comportar” por meio da comunicação que seus desenvolvedores (criadores) realizam com o uso dessas e várias outras linguagens de programação existentes no mercado.
Conjunto de palavras-chave, expressões, regras, condições e padrões de ordenação de termos que integram um raciocínio são alguns dos principais componentes das linguagens de programação, tal como em muitos idiomas usuais.
E o computador entende tudo isso? Sim e não!
Se você já ouviu falar sobre código binário, saiba que é ele mesmo que o computador de fato entende. No fim das contas, independentemente de qual seja a linguagem de programação usada, há uma conversão da linguagem utilizada para as várias sequências de 0 e 1 que o computador realmente processa e compreende.
Contudo, como essa forma de comunicação é muito complexa – e praticamente inviável – para os seres humanos, são as linguagens de programação, de mais fácil compreensão para nós, que são usadas no mercado para o desenvolvimento de aplicações e sistemas.
Aprendendo a programar aplicações e sistemas com algumas dessas linguagens, você fica apto a se comunicar melhor, a entender as rotinas e trabalhos das equipes de desenvolvimento e tecnologia que atuam com isso nas empresas, e obviamente fica apto a criar sozinho ferramentas e soluções digitais para seu próprio uso e para o uso tão necessário nos celulares, computadores, TVs, smartwatches e diversos dispositivos de bilhões de pessoas.
Mais do que isso, você fica capacitado para ser admitido em um mercado extremamente importante, necessário e em constante expansão, que pode pagar uma média de 50 mil dólares por ano segundo dados da Statista de 2021.
Porém, nem só externos podem ser os benefícios. Além do recebimento de salários, contratações e alocações praticamente garantidas em ambientes de trabalho inovadores, benefícios internos como criatividade, memória e melhorias na própria saúde da mente e do corpo são gerados ao aprendermos um novo idioma – e uma nova linguagem de programação.
Diversos estudos científicos já confirmaram que ao ampliarmos o repertório de conhecimentos e de formas de comunicação no nosso cérebro, melhoramos a nossa capacidade de concentração, ao mesmo passo que nos permitirmos ter raciocínios mais desenvoltos, variados e capazes de lidar com trabalhos multitarefas.
Aprender uma linguagem de programação pode prevenir e reduzir o risco de desenvolvermos problemas cognitivos ou doenças, como o Alzheimer, e investir na melhoria de diversas outras cognições e ações.
Refinamos as nossas habilidades de análise de problemas, contorno de vieses, a observação por diferentes pontos de vista e a montagem de soluções mais inovadoras, tudo graças às diferentes formas de pensamento que podemos obter e evoluir ao aprendermos a “falar” em linguagens de programação e em novos idiomas.
Então se você quer possibilidades de ter uma vida cada vez mais rica, seja em saúde, intelecto, finanças ou em círculos sociais e relacionamentos, por que não aprender uma ou mais linguagens de programação que tanto podem ajudar com isso?
Este artigo foi escrito por Gabriel Tessarini e publicado originalmente em Prensa.li.