Por todo o Brasil numa Brasília
Mesmo assim, Luiz Antônio Maia (também conhecido como Cientista) e Carlos Edyl Santiago Filho decidiram cometer essa loucura.
Primeiramente, pegaram a rodovia Fernão Dias e foram para São Paulo. Ali visitaram a Prensa, um site de notícias que vem revolucionando a informação no Brasil, uma plataforma de conteúdos especializados em Inovação, Tecnologia, Economia, Educação, Empreendedorismo, Entretenimento, Esportes, Vida e Estilo e Outros. A Prensa é uma criação do santista David Ruiz e do torcedor santista Renato De Stefano.
De Sampa a dupla rumou para o sul do Brasil e passou por uma grande quantidade de pinheiros, que os índios batizaram de CURITIBA. Passou também por FLORIANOPÓLIS, cujo nome é uma homenagem ao ex-presidente Floriano Peixoto e depois chegaram a um PORTO ALEGRE, localizado às margens do rio Guaíba.
Deram uns devorteios por lá e em seguida partiram para o RIO DE JANEIRO, que, apesar da violência, continua lindo, de fato um BELO HORIZONTE.
Cientista, que nunca teve muito juízo e Carlos Edyl, cujo nome rima com funil, entraram na cerva e o bicho pegou. Cientista ficou tão bêbado que olhou para o Pão de Açúcar e viu o Cristo Redentor lá em cima, fazendo ginástica. Já Carlos Edyl queria porque queria ir para Niterói a nado.
Passado o delírio e a ressaca, no outro dia seguiram viagem rumo ao norte. Só de conseguirem ficar de pé já era uma VITÓRIA. Foram para a Bahia visitar o SALVADOR, um repórter das antigas.
Do Rio até a Bahia, viajar na BR 101 numa BRASÍLIA não é brincadeira de criança. O motorista tem que ser uma FORTALEZA. Ou então não ter cérebro.
Depois de tomar umas e todas com o SALVADOR, que acabou ficando muito mais pra lá do que pra cá, trançando as pernas e chamando urubu de meu louro, os intrépidos jornalistas continuaram rumo ao norte.
No caminho, estacionaram às margens de um RIO BRANCO onde havia um cajueiro repleto de papagaios, que o pessoal lá em Sergipe chama de ARACAJU. Carlos Edyl resolveu colher alguns cajus e foi atacado por todos os papagaios. O coitado tomou mais de uma centena de bicadas. O Cientista olhou para ele e disse:
— Mano, cê tá com mais buraco no corpo do que a BR 101.
Então foram para MACEIÓ, palavra indígena que significa “lagoa que se forma no litoral em virtude das marés”.
Carlos Edyl, que estava dirigindo e nunca foi um bom motorista, se distraiu e acabou dando uma bordoada em um poste. Ele desceu para olhar o estrago na BRASÍLIA, virou-se para o Cientista e disse:
— Vich, amassei, ó, aqui em Maceió.
— Caramba, isso dá até samba!! – exclamou o Cientista.
— Então vamo na rima, irmão – disse Carlos Edyl.
— A BRASÍLIA eu amassei, ó, aqui em Maceió. Esse poste é mais duro do que um RECIFE. Quase que a gente vai parar num esquife. Daqui vamos para JOÃO PESSOA, lá vai ser uma boa. Depois vamos pra NATAL, pra comprar um Sonrisal. E vamos ver a TERESINA, aquela Maria gasolina. E depois pra SÃO LUÍS, lá eu quero é ser feliz. Depois pra BELÉM, onde vou beijar alguém. E depois em MACAPÁ, vou beber pra vomitá!!
— Pode parar, pode parar!!! Aí começou a avacalhar. E isso nem tá parecendo samba, tá parecendo é funk!!! – esbravejou o Cientista. A propósito, você sabia que MACAPÁ significa lugar de muitas bacabas, uma palmeira nativa da região; que MANAUS é uma homenagem aos manaós, grupo indígena local; que GOIÂNIA que “quer dizer terra de muitas águas” e que CUIABÁ significa “rio das lontras brilhantes”? Gostou da aula de tupi-guarani? Não é à toa que me chamam de Cientista. Nada como ser dono de uma mente privilegiada...
— Pois é, privilegiada e humilde – disse Carlos Edyl. Seguinte irmão, vamos continuar a viagem e parar com a conversa fiada.
Então chegaram a um PORTO VELHO e acamparam em um CAMPO GRANDE, às margens do Rio Madeira. Cientista olhou para aquelas águas, suspirou e disse:
— Que BOA VISTA!!!
De volta a Três Corações, depois de dois meses na estrada, os dois jornalistas foram recebidos com PALMAS pela população. Um dos vários jornalistas que escrevem na Prensa estava ali e fez a seguinte pergunta:
— Qual o próximo desafio de vocês?
E ambos, com a humildade de sempre, responderam juntos:
— Já inscrevemos nossa BRASÍLIA no próximo Paris-Dakar!
OBS: Este texto é uma homenagem aos queridos amigos jornalistas Luiz Antônio Maia, o Cientista, e Carlos Edyl Santiago Filho, já falecido.
Este artigo foi escrito por Sandro Mendes e publicado originalmente em Prensa.li.