Banco Central fala sobre o primeiro ano do Pix em live com iFood e Nath Finanças
Imagem: Josh Appel via Unsplash
O Pix completou 1 ano de existência no último dia 16 de novembro, e o Banco Central comemorou com a live (R)evolução Pix, que teve participação de representantes do iFood, Tim, Sebrae, ABFintechs e a orientadora financeira Nath Finanças.
O diretor de Organização do Sistema Financeiro e Resolução do Banco Central (BC), João Manoel Pinho de Mello, apresentou as principais conquistas do Pix, destacando a inclusão financeira.
O iniciador de pagamentos instantâneos foi responsável por mais de 50 milhões de transações por dia desde seu lançamento em 2020, com 348,1 milhões de chaves cadastradas. Ao todo, são 762 instituições participantes, dentre elas bancos tradicionais e digitais e fintechs.
O Pix superou as transações feitas por TED e, hoje, 72% das transações bancárias são realizadas pelo iniciador. Os brasileiros aderiram rapidamente o método, apesar das dúvidas e receios quanto à segurança. 104, 4 milhões de pessoas já fizeram PIX – o que representa 62,4% da população adulta do país.
Números de inclusão
De acordo com o levantamento apresentado por João Manoel Pinho de Mello, 45,6 milhões de brasileiros que não utilizaram o TED nos últimos 12 meses anteriores ao Pix, realizaram pelo menos um Pix como pagador.
Além disso, 33,9 milhões de pessoas utilizaram exclusivamente o PIX a partir de novembro de 2020 e 11,7 milhões de pessoas passaram a utilizar ambos os instrumentos (PIX e TED).
Quanto à faixa de renda, houve crescimento de 52% dos usuários em todas as faixas, e aumento de 131% dos usuários na baixa renda que fizeram Pix (ponta pagadora).
Pinho de Mello acrescentou que uma das próximas atualizações do Pix, o Pix off-line, vai aumentar ainda mais a inclusão financeira, possibilitando que pessoas com pacotes de dados de internet menores acessem a ferramenta.
A orientadora financeira e administradora Nath Finanças, foi uma das convidadas para compor o Painel 1 “Pix para Você” e falou mais sobre inclusão financeira.
“Quanto mais informações a gente tiver, melhor! Quando a gente cria educação financeira, quando vocês explicam de uma forma bem tranquila, fazem essas reuniões para explicar também para a gente que faz conteúdo de finanças, ajuda muito. Porque a gente compartilha isso com as pessoas e tranquiliza elas.”, diz.
Nath possui mais de 470 mil seguidores em seu perfil pessoal no Twitter e fala sobre finanças pessoais de forma prática e inclusiva.
“[o Pix] revolucionou não só o sistema financeiro, mas a democratização ao acesso à informação, tecnologia e realização de pagamentos.”, conclui.
Uso pelas empresas
Quanto às empresas, Pinho de Mello afirmou que 7,9 milhões já usaram o Pix para pagar ou receber, quase 55% das empresas com relacionamento com o Sistema Financeiro Nacional (SFN).
Vinicius Garcia, Head of Product do iFood, comenta que a empresa foi uma das primeiras a adotar o Pix como forma de pagamento. “Foi uma aposta certeira!”
Garcia diz que o Pix permitiu um crescimento imenso de novos usuários na plataforma por motivos diversos – como com usuários que não se sentem confortáveis compartilhando dados de cartão. “Algumas pessoas que ainda têm esse receio passaram a comprar online com o Pix.”, diz.
Limite de cartão de crédito também foi um dos motivos citados como empecilho para que novos usuários aderissem à plataforma, segundo pesquisas internas do iFood. Para Garcia, um doa maiores pontos positivos do uso do Pix é o estorno imediato, algo que é mais fácil de acompanhar do que com outros métodos de pagamento.
De acordo com o Banco Central, o Pix já movimentou mais de R$ 1 bilhão em transações realizadas por pessoas físicas e jurídicas. A ferramenta bateu recorde de transações no dia 5 de novembro, onde foram registradas 50 milhões de transferências via Pix.
Mais informações sobre o Pix podem ser encontradas no site e redes sociais do Banco Central.