Projetos engavetados
A arte de projetar - Imagem: Polyvore.com
O que fazer diante de projetos falidos? Será possível refazer os planos e dar continuidade a algo que foi esboçado na mente, redigido e que posteriormente deu os primeiros passos, mas logo caiu e foi engavetado?
Quem nunca teve o êxtase mental com um projeto promissor que brotou na mente e ganhou vida através de um pensamento que descortinou um esplêndido e monumental triunfo?
Mas, entre o sonho e a sua concretude, há muitas barreiras a serem rompidas, sejam elas de qualquer natureza, sempre haverá seus graus de dificuldades. Almejar algo e sorrir no seu apogeu abstrato, é muito bom, porém, quando as tentativas são negativas, os sorrisos desvanecem.
E em meio a chuva ácida de críticas e zombarias, o que outrora era um sonho, torna-se um pesadelo. Vivemos num mundo onde os fracassos ganham mais destaques do que as conquistas.
Estamos formando futuras gerações fragmentadas mentalmente, haja vista que os fracassos ganham holofotes, enquanto as vitórias, são deixadas num baú empoeirado. Somos péssimos motivadores, e excelentes frustradores?
A resposta está no nosso cotidiano. Basta anunciar algo no qual está trabalhando, ou se preparando. Os olhares, as caras e bocas dizem tudo. E para piorar a réplica é um balde de água fria.
Enfim, o que fazer ante um fracasso? Ante um golpe do azorrague da crítica? Ante o desdém de poucas ou muitas pessoas?
Nesses estágios nebulosos, o que emerge do íntimo da alma, é um desejo enorme de desaparecer, e em outros casos, o que se tem é um vazio silencioso e perturbador.
O cálice amargo do fracasso foi servido e não há opção de recusa. E agora? Ponto final? É o fim? Não! Não é o fim... Os vencedores não engavetam projetos. Eles refazem de uma forma mais dedicada, eles se doam mais de si, mas não se dão por vencidos.
Não é a quantidade de tentativas frustradas que diz o momento de parar. O esboço mental e redigido, só pode parar quando estiver no pódio da conquista.
A anatomia dos vitoriosos, é indescritível, é ilógico. Quando tudo e todos dizem inúmeras vezes que é o fim, que é melhor desistir; os vitoriosos nutrem seu desejo de vencer mesmo com palavras de desânimo. Os vitoriosos usam palavras negativas como propulsores para continuar persistindo até seus projetos se tornarem realidade.
A vida é uma pedagoga que ensina de várias maneiras. Acredite e em si, ouse refazer quantas vezes for necessário, ouse persistir até que os resultados almejados surjam como um aspergir de luz, em que muitas vezes a negrume do desespero foi o regente por algum tempo.
Com holofotes ou não, não desanime, não desista dos seus sonhos. Dê vida ao seu projeto. Não espere aplausos para prosseguir. Os aplausos virão se você não desistir.
Este artigo foi escrito por Marcio Greique Macedo e publicado originalmente em Prensa.li.