Qual a tendência tecnológica da próxima década?
O atual ambiente digital é o resultado da implementação de várias tecnologias criadas e desenvolvidas nestes últimos séculos.
Os aperfeiçoamentos progressivos das tecnologias não são limites para a evolução exponencial da imaginação e da criatividade humana.
Hoje, já podemos superar certos limites do ser humano.
Rompemos barreiras ao usar um aparelho celular, para reunir familiares que moram em vários países.
As barreiras biológicas dos seres vivos são transponíveis de forma espantosa, dentro dos vários ramos da biologia e da química:
Novos segredos do DNA são revelados dia a dia.
Vegetais transgênicos invadem o mercado da indústria.
A tabela periódica ganha novos elementos, sintetizados em laboratórios, em questão de meses.
Impressoras 3D fornecidos produtos de procedência não identificadas.
A reprodução incontrolada de conteúdos nas redes sociais, e o mal uso de dados pessoais, são preocupações sociais, legais e políticas.
O crescimento exponencial de novas tecnologias é seguro?
Pode-se pensar que a capacidade criativa do homem entrou em um estado de fluxo tecnológico, que avança sem controle, como um carro desgovernado.
E torna o sistema incapaz de diferenciar o tecno do artístico, do humano e do social.
A busca deste avanço repentino das tecnologias disruptivas gerou uma procura por novos meios de controle e segurança.
Regular os atos naturais e os jurídicos nos meios digitais foi priorizado.
Os recursos de proteção e controle são os meios para gerenciar o Direito Digital.
Cita-se, por exemplo, a existência de plataformas de monitoramento 24 horas que detectam nas redes o uso de anúncios indevidos.
Assim são considerados porque utilizam, sem autorização, marcas registradas de outras empresas, nos canais digitais e nos marketplaces mais famosos.
Os tratados e organizações internacionais atuam para harmonizar leis envolvidas nas gestões de ativos intangíveis, nas áreas da Propriedade Intelectual.
A OMPI – Organização Mundial da Propriedade Intelectual-, com sede em Genebra – Suíça, é o Órgão que centraliza a busca pela harmonia das regras e costumes mercantis, no mundo.
Qual tecnologia pode facilitar os negócios da próxima década?
Blockchain pode ser considerado como sendo uma das tecnologias do futuro, que trará grandes benefícios ao mundo digital, da próxima na década.
É uma tecnologia aplicada em diversos mercados, não apenas nas transações financeiras.
Como uma espécie de livro contábil online, é usado para registrar e validar as transações das informações e dos ativos lançados.
Dentro do mercado da Propriedade Intelectual, Blockchain oferece segurança nas transações de trocas de ativos intangíveis, como marcas e patentes, por exemplo.
Porque armazena, de modo cronológico, todas as informações relacionadas a estes ativos.
Possibilita que sejam feitas, com alto grau de segurança, quaisquer transações auditadas, via online.
O tempo e a segurança ainda são as maiores preocupações dos gestores da Propriedade Intelectual.
Em uma negociação de licenciamento de marcas, patentes e direitos autorais, esses são fatores de agravamento, quando os titulares são de países diferentes.
Portanto, considera-se que a utilização da tecnologia Blockchain reduzirá tais preocupações, e oferecerá mais segurança, e confiabilidade aos negócios.
A autoralidade das criações tecnológicas, e das autorais, serão identificadas de modo expressivo e inquestionável.
O passo a passo do desenvolvimento de uma patente ficará gravado nos dados lançados no “livro digital”.
Estima-se que a tecnologia Blockchain será adaptada a muitas outras tecnologias de monitoramento.
Daí, acredita-se que será a nova “menina dos olhos” do Mundo Digital.
Pois, sem controle, não existe nenhum tipo de Desenvolvimento Sustentável.
Referências:
https://pris.com.br/blog/o-blockchain-eo-futuro-da-propriedade-intelectual/
https://www.daniel-ip.com/pt/artigos/a-tecnologia-ea-protecao-da-propriedade-intelectual/
Este artigo foi escrito por Jurema Cavalheiro T. de Faria e publicado originalmente em Prensa.li.