Que intenso, Verônica!
A segunda temporada de "Bom dia, Verônica" chegou às quatro da manhã do dia 3 de agosto. E, para muitos, o despertador já estava programado para assistir a continuação da intensa luta de Verônica Torres, que, na primeira temporada, trabalhava como escrivã de polícia, lutando intensamente contra o sistema corrupto e indestrutível da corporação.
Lançada em 2020 pelo streaming Netflix, "Bom dia, Verônica" foi inspirada no livro de mesmo nome, escrito por Raphael Montes e pela criminóloga, Ilana Casoy. Inicialmente, a escrita de ambos era “camuflada” pelo pseudônimo Andrea Killmore - sim, de “mate mais”, em inglês. Porém, na Bienal do Livro de 2019, ambos assumiram a parceria literária.
Não vamos nos atentar aos famosos spoilers, já que a intensão é enaltecer essa obra prima, que somente na primeira temporada, levou diversos prêmios nacionais como melhor série, melhor atriz, melhor ator, entre muitos outros. Inclusive, trouxe da Holanda para o Brasil, o prêmio de “Melhor Cinematografia”, do Septimius Awards, representado e recebido pela atriz e protagonista, Tainá Müller.
Para quem não assistiu ainda a primeira parte, sugiro que pare por aqui e acesse agora ao Netflix! E para quem já assistiu, vamos lá!
A temporada mantém a intensidade da policial no combate ao crime, e a trama gira em torno de Matias Carneiro, pai e marido “impecável”, religioso assíduo, prometendo curar uma legião de fiéis que buscam uma solução imediata.
Em paralelo, Matias é chefe de uma grande organização criminosa, responsável por infiltrar aliados em cargos importantes. E até aí, tudo bem. Estaríamos lidando com uma seita?
Resquícios e pontos que foram deixados na primeira temporada começam a se encaixar, e o quebra-cabeça ganha mais peças. Com esses fatos, vamos entendendo alguns dos porquês que deixaram de ser explicados no início da série.
Antigos personagens também se reúnem nesta temporada de seis episódios. Alguns para ajudar e outros, obviamente, para atrapalhar e prejudicar ainda mais a trajetória heroica da justiceira Torres.
Se você se surpreendeu com as maldades da primeira temporada, acredite: Raphael e Ilana simplesmente não mediram esforços para os casos desta temporada. A cada episódio, é necessário mais uma dose de fôlego para continuar. Literalmente, tiro, porrada e bomba!
Além disso, as reviravoltas que ocorrem durante o enredo, fazem com que o expectador se indague o tempo todo. Como tantas coisas podem acontecer ao mesmo tempo?
Esta trama inenarrável conta com uma excelente atuação de Tainá Müller, deixando Verônica ainda mais forte do que já era, Reynaldo Gianecchini, que se entregou de corpo e alma a um personagem que, provavelmente nem possui uma alma, e Klara Castanho, filha de Gianecchini na temporada, que se doa totalmente para a revelação de todos os crimes cometidos pelo pai, além de outros excelentes atores.
Para quem conseguir, vale a pena tirar umas horinhas do dia, e fazer uma boa maratona da segunda temporada de "Bom dia, Verônica".
E a pergunta que não quer calar: quando sairá a terceira temporada?
Este artigo foi escrito por Rafaela Guimarães e publicado originalmente em Prensa.li.