Quem quer ser um milionário?
Nas tardes de domingo assistíamos na TV o programa de perguntas e respostas que, se as acertássemos, levar-nos-ia a um prêmio milionário mas parece que, hoje em dia, as empresas estão pegando a mesma ideia e a modificando.
Não é novidade que o mundo empresarial está se modificando, e muito. A era dos trabalhos remotos cresceu tanto que teve diversos impactos na economia, desde a grande recessão até o quiet quitting. Ainda, deve se adicionar o fato que as inovações tecnológicas estão tomando diversos trabalhos dos humanos, principalmente os mais braçais e, consequentemente, afetando toda a cadeia econômica mundial.
Ser Sócio da Shopify nunca foi tão fácil
A Shopify é uma empresa canadense com sede em Ottawa, Ontário, cuja principal renda advém do desenvolvimento de softwares de computadores para lojas online e sistemas de venda. Ela foi fundada em 2004 e remodelada, pois, antigamente era chamada de Snowboard. Mas o que tem a ver com o novo mercado?
Nos últimos anos, muitas empresas têm optado por bonificar seus colaboradores com ações, como forma de reter e atrair os melhores talentos, já que está bem difícil uma estabilidade no campo tecnológico. Essa tendência de transformar bons funcionários em donos se popularizou tanto no Vale do Silício que chegou até companhias brasileiras, como o Nubank.
O ponto nodal é a forma que o Shopify está fazendo. A líder do e-commerce mundial está instituindo um novo sistema de remuneração, que tem como premissa tornar funcionários em sócios, só que ligeiramente diferente.
Quanto você quer?
Quando o mercado oferecia frações de ações para seus funcionários, o Shopify inverteu a ideia e deu opção de escolha ao seu trabalhador, já que, ao invés de a empresa estipular uma determinada quantia em stocks, a ideia do Shopify é permitir que os funcionários escolham qual a proporção entre dinheiro e ações que receberão no fim de cada mês.
Em outras palavras, se você quer economizar para comprar um apartamento, é melhor pegar mais dinheiro. Contudo, se acredita que a empresa vai crescer, provavelmente irás aumentar o percentual que receberá em ações, vulgo sua participação societária, objetivando, após uma década, receber uma valoração positiva na carteira.
Precisão ou necessidade?
Em tempos de quiet quitting e da grande renúncia, essa novidade monetária pode ser um atrativo a mais para os novos colaboradores.
É mister relembrar que a empresa está avaliada em +30 bilhões de dólares, só que suas ações acumulam quedas de mais de 75% em 2022.
Pensa que é só a Shopify que está desesperada?
A geração Z modificou, e muito, as relações sociais, incluindo as empresariais. Essa “turma” já deixou bem clara a sua força nos movimentos previamente citados e, principalmente, no número de nômades digitais crescentes ao redor do mundo.
O Starbucks teve que se readaptar às imposições silenciosas dessa faixa etária, ainda que seja o café mais instragramável e querido do TikTok.
A geração Z não quer mais café quente, ela quer mesmo é o café gelado que seja customizado em um aplicativo, e não mais no balcão.
É importante ressaltar que o Starbucks foi criado na década de 70, e já falamos por aqui como eles estão pensando em aceitar NFTs como forma de pagamento.
O mercado do café é muito promissor, ainda mais dos cafés especiais. Todavia, parece que a geração Z quer mesmo é beleza à gosto.
Nos EUA, principal mercado da Starbucks, as bebidas frias representaram cerca de 75% do total das vendas de bebidas no último trimestre — e isso é muito para uma marca de cafés.
Até a China entrou nessa
Na terra do ópio, uma marca forte e agradável aos olhos modifica tudo. O mercado chinês representa 15% da receita do Starbucks. O plano empresarial da rede de cafés é tão sério que O fundador da rede, Howard Schultz, até voltou ao cargo de CEO depois de 5 anos fora, para ajudar ativamente no futuro da empresa. O objetivo é formar um novo comandante e aumentar os lucros de 15% a 20% em três anos.
E você? Receberia seu salário em ações ou em dinheiro?
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Este artigo foi escrito por Maria Renata Gois e publicado originalmente em Prensa.li.