Resumo do segundo dia do FEBRABAN TECH 2024
Confira os destaques da cobertura da Prensa no segundo dia do maior evento de tecnologia e inovação do setor financeiro!
Segundo dia do principal evento de tecnologia e inovação do setor financeiro na América Latina!
Além de receber o resumo ao final de cada dia, você também pode acompanhar a cobertura ao vivo através do canal de transmissão da Prensa.
A disrupção da IA no setor financeiro na visão dos CIOs dos bancos
O painel explorou até que ponto a disrupção trazida pela Inteligência Artificial Generativa pode otimizar os serviços bancários para os clientes. Líderes de tecnologia dos maiores bancos brasileiros compartilharam suas perspectivas sobre como a IA está influenciando a criação de produtos que melhoram o relacionamento com os consumidores e como ela é implementada dentro dos bancos.
Os participantes incluíram Christian Flemming (BTG Pactual), Edilson Reis (Bradesco), Laércio Roberto Lemos de Souza (Caixa), Marisa Reghini (Banco do Brasil), Ricardo Guerra (Itaú Unibanco) e Luis Bittencourt (Santander Brasil).
O moderador, Luis Bittencourt, Presidente de Tecnologia e Operações do Santander Brasil, afirmou que a segurança ainda é um ponto de atenção da IA generativa. Segundo ele, os mecanismos de cibersegurança precisam ser aprimorados para que não haja uma interação racista, sexista e fruto de alucinações da IA com o cliente.
Tendências de Embedded Finance LATAM e as oportunidades para o cenário brasileiro
Os especialistas Gabriel Angeloro, Latam Head of eComm & TCG Business Development no Citi, e Tamara Bernath, Head of Fintech na Globant, abordaram as principais tendências e oportunidades de Embedded Finance no cenário brasileiro e latino-americano.
Angeloro e Bernath compartilharam casos concretos, enfatizando os impactos comerciais da associação entre novos players e instituições tradicionais e abordando alguns dos principais desafios enfrentados por empresas no processo de adaptação a este novo cenário com relação a diferentes tendências e oportunidades em expansão — entre elas, se destacam:
CPG (Consumer Packaged Goods ou Bens de Consumo Embalados);
Agro;
Games;
Esportes;
DTC (Direct to Customer ou Direto para o Consumidor), entre outros.
Transformação digital focada em CRM e ominicanalidade em um grande banco brasileiro
Com participação de Dalton Spadotto e Flávia Brito, ambos representando o Banco do Brasil, e Rodrigo Zeca, da HCLTech – Brazil, este painel abordou o case do Banco do Brasil que, há quatro anos, iniciou um programa de transformação digital e gestão de relacionamento com o cliente com o apoio da HCLTech e da Salesforce.
Em nome de alcançar resultados cada vez mais relevantes, os especialistas afirmam que é fundamental aliar a estratégia ao fator humano:
"É impossível fazer transformação digital sem as pessoas. As funcionalidades tecnológicas logo serão commoditizadas. Por isso, acessar soluções melhores e mais adequadas se tornará cada vez mais fácil e rápido. Entretanto, preparar as pessoas para conduzir este movimento não é trivial; é um processo desafiador e importantíssimo.
Com a IA generativa, por exemplo, o papel das pessoas é fundamental — seja recebendo os conteúdos produzidos por ela, seja realizando a curadoria destes conteúdos. Para isso, o processo de reskilling e upskilling é muito importante".
Os novos passos da evolução do DREX
Solange Parisoto (Sicredi), Larissa Moreira (Itaú Unibanco), João Gianvecchio (BV) e Bruno Batavia (Valor Capital) discutiram como os bancos estão se preparando para incorporar a moeda digital brasileira em seus produtos e serviços atuais, além das inovações que podemos esperar ver nos próximos anos.
O painel explorou os preparativos dos bancos para a integração do DREX, destacando os desafios e oportunidades que podem impulsionar a inovação e oferecer novas soluções para consumidores e empresas.
A promoção da saúde financeira como fator de sucesso das estratégias ESG
As estratégias ESG (Environmental, Social, and Governance) das instituições financeiras devem estar conectadas com seus negócios, e o relacionamento com clientes deve levar em conta essas estratégias. Neste painel, foram discutidos os desafios educacionais desse processo e como a educação e a saúde financeira dos brasileiros se relacionam com a agenda ESG dos bancos.
Adriano Milani (Citi), Bruno Crepaldi (Itaú Unibanco), Marcelo Junqueira Angulo (Banco Central do Brasil), Mona Dorf (Febraban) e Júlio Vezzaro (Banco do Brasil) discorreram sobre as estratégias de ESG de cada banco e como eles têm se posicionado em rankings mundiais e nos números do seu impacto no Brasil.
Além da educação, que tem protagonismo nas estratégias dos bancos, os especialistas também citaram seus investimentos para a promoção do empreendedorismo feminino. Todos eles têm programas próprios como o Itaú Mulher Empreendedora, do Itaú Unibanco, e o Mulheres no Topo, do Banco do Brasil.
Adriano Milani ainda completou falando da parceria do Citi com cooperativas e dos investimentos do banco no empreendedorismo feminino no setor agro, destacando o potencial das mulheres nessa área e suas tendências de crescimento.
Transformação Digital: Capacitando talentos para o futuro do setor financeiro
O painel destacou a importância da capacitação de talentos em tecnologia para impulsionar a inovação no setor bancário em meio à era digital. Diogo Bezerra (Mais1Code) explorou como iniciativas educacionais desempenham um papel crucial ao preparar jovens para carreiras em tecnologia, especialmente no contexto financeiro.
Foram apresentados exemplos de como a formação de novos talentos está contribuindo para a evolução do setor bancário, enfatizando a importância de investir em educação tecnológica para garantir um futuro inovador e resiliente para as instituições financeiras.
O uso de dados alternativos no combate a fraudes, na concessão de crédito e na principalidade
Nesta conversa entre o CEO da ClearSale, Eduardo Monaco, e o especialista Hugo Andreolly, Diretor de Clientes e Produtos no BRBCARD, foi abordado o uso de dados alternativos no combate a fraudes, na concessão de crédito e na principalidade.
Além de informações a respeito do comportamento de consumidores, os palestrantes abordaram maneiras assertivas de usar dados não tradicionais de modo a ampliar a visão, explorar o novo e fidelizar clientes.
Andreolly compartilhou alguns cases de sucesso do BRBCARD, como o do Aeroporto de Brasília - onde a BRB implementou um espaço de 720m² com serviços exclusivos e atendimento de primeira classe para seus clientes a partir de uma análise aprofundada de dados.
Enfim, o banco movido a nuvem?
Depois de uma etapa inicial de certa hesitação, a migração para a nuvem tornou-se uma ação estratégica fundamental que pode definir o futuro competitivo dos bancos no cenário financeiro digital. Neste painel, Cíntia Scovine Barcelos (Bradesco), Fabio Napoli (Itaú Unibanco), Milena Leal (Google Cloud), Ricardo Contrucci (Santander Brasil) e Mona Dorf (Febraban) discutiram os benefícios e as oportunidades da adoção de soluções baseadas em nuvem.
Os participantes exploraram como a migração para a nuvem oferece maior escalabilidade e flexibilidade, permitindo que os bancos se adaptem rapidamente às mudanças de mercado e às demandas dos clientes. Esta agilidade é complementada por uma redução significativa nos custos operacionais.
Além disso, as operações bancárias baseadas na nuvem estão abrindo novos caminhos para o crescimento das receitas, incluindo o desenvolvimento de APIs e serviços de Open Finance, embedded loans e Banking-as-a-Service (BaaS). O painel destacou como a nuvem está permitindo que os bancos inovem, cresçam e permaneçam competitivos no mercado digital.
O desafio de sincronizar informações de sustentabilidade e balanços
Com a entrada em vigor de diferentes diretrizes globais para incluir dados de sustentabilidade nos balanços corporativos, as organizações enfrentam o desafio de capturar e classificar informações financeiras sobre aspectos socioambientais e climáticos, conforme as melhores práticas de mercado. O Brasil foi pioneiro ao adotar oficialmente os padrões de sustentabilidade e clima do ISSB/IFRS, que serão obrigatórios para companhias abertas, fundos de investimento e companhias securitizadoras a partir de 2026, conforme determinação da CVM.
Neste painel, Kathleen Krause (Banco Central do Brasil), Luiz Awazu Pereira da Silva (BIS), Paulo Rodrigo de Lemos Lopes (Caixa) e Amaury Oliva (Febraban) discutiram como as empresas e o setor financeiro brasileiros estão se preparando para implementar esses padrões. Eles também abordaram os desafios principais dessa integração.
O painel destacou o trabalho do Bank For International Settlements (BIS), que está desenvolvendo um quadro de divulgação para riscos financeiros relacionados ao clima. O representante do órgão, Luiz Awazu, afirmou que “diminuir os riscos de cisne verde não significa parar de crescer, mas construir os arcabouços necessários para o crescimento sustentável e com responsabilidade sócio ambiental”.
Nas palavras de Kethlenn Krause, “sustentabilidade é uma jornada, não um destino”, por isso os esforços do Banco Central para aperfeiçoar os requisitos de divulgação de informações sociais, ambientais e climáticas, em linha com as diretrizes internacionais.
TrustAI Now: Navegando com Confiança na Transformação Empresarial
Os especialistas Jefferson Denti, Chief Disruption Officer da Deloitte, Neil Tomlinson, Global Banking & Capital Markets Leader da Deloitte, e Paul Joseph, Executive Vice President, Global Sales na Akamai Technologies, apresentaram insights a respeito do relatório State of Gen AI in the Enterprise - quarter two e abordaram os quatro pilares para uma estratégia de Inteligência Artificial que beneficie as organizações ao mesmo tempo em que protege os interesses dos clientes e da sociedade em geral:
1. Confiança;
2. Geração de valor;
3. Escalabilidade e
4. Engajamento.
Nas palavras de Tomlison: "Precisamos de uma cultura inovativa e aberta para otimizar as oportunidades, unindo estratégias com diferentes abordagens para solucionar problemas. Os bancos não conseguem fazer isso sozinhos — por isso, são necessários parceiros que os ajudem a adotar e escalar as tecnologias de forma transparente e responsável."
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