Revolução Negra pelo Parlamento
Sem barulho, sem batucada, sem holofotes, a comunidade negra vai se movimentando na direção de uma revolução histórica. Nunca antes na história desse país, uma comunidade tomou consciência de seu papel social, econômico e político, a ponto de se distanciar de promessas palanqueiras. Estão caminhando com as armas que a sociedade vem utilizando ao longo de 300 anos, para se perpetuar no poder praticando todos os desmandos que tem se caracterizado desde quando o Brasil foi descoberto.
A questão do racismo, do tratamento desumano de seres humanos, começou bem antes do primeiro negro escravizado botar os pés nas areias do Rio de Janeiro, Bahia, Pernambuco e serem despachados para as fazendas de cana de açucar e café dos interiores tupininquim. Suas primeiras vítimas, os indígenas que até então viviam em plena liberdade, eram cooptados a força para trabalhar nas fazendas dos ocupantes.
Com advento de novas tecnologias, acesso mínimo à universidade pública de qualidade, os pesos e medidas estão se alinhando e um novo passo vem sendo gestado no silêncio das reuniões on-line ou presencial. A comunidade enfim percebeu que o status quo se altera nos parlamentos e as câmaras municipais é o primeiro degrau para essa batalha.
Um partido político, gestado, comandado por eles/elas e, que tem por objetivo estar presente em todos os mais de 5 mil municípios nas eleições de 2024. Isso mesmo, o Afro 95 como será conhecido já começou a caminhada, institucionalizado sob a égide da lei, está botando time em campo para constituir diretórios em todos os estados e municípios, buscando criar quadros afinados com a proposta de seus estatutos amplamente discutido por mais de 2 anos e que agora toma forma com a captação de assinaturas e adesões em todos os estados da federação.
A comunidade negra, resolveu revolucionar a história do Brasil, através do voto, nas urnas, como nunca antes pensado nesse País!
Este artigo foi escrito por Barboza Jr. e publicado originalmente em Prensa.li.