Segurança da informação: como aplicá-la na sua empresa
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A segurança da informação vai além de ser uma estratégia, pois protege os dados e sistemas de uma empresa. Sua função é defender a companhia de ciberataques e falhas humanas.
De acordo com o estudo "Small Businesses: The Cost of a Data Breach Is Higher Than You Think" da National Retail Federation, 90% das violações de dados afetam os pequenos comerciantes.
Como indica o próprio nome, essa abordagem é o conjunto de atividades que protegem as informações das companhias e o seu valor.
Você já pensou sobre o que significaria para o seu negócio se uma violação de dados de pagamento acontecesse?
Embora os custos financeiros possam ser altos, mesmo as consequências não monetárias de uma violação podem ser bastante prejudiciais.
Por isso, os diretores precisam entender os fatores e técnicas que asseguram o negócio, além das regras e leis que existem para proteger os dados. Continue a leitura deste artigo e saiba mais.
O que é LGPD?
A Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) exige que as empresas atendam os requisitos relacionados ao processamento e guarda das informações.
Segundo a LGPD, os dados pessoais podem ser coletados e usados apenas se houver uma base legal válida para uso (proteção da vida ou exigência legal e/ou regulatória).
Princípios da Segurança da informação
As ações realizadas para manter a segurança da informação nas empresas precisam garantir alguns aspectos, como:
Confidencialidade;
Integridade;
Disponibilidade;
Autenticidade.
Caso ocorra algum erro de confidencialidade, as informações estratégicas da companhia podem ficar expostas, assim como provocar algum vazamento dos dados dos clientes.
Esse é um cenário propício para prejuízos financeiros que mancham a imagem da empresa, pois evidenciam as falhas da segurança para o mercado.
A integridade garante que as informações transferidas ou armazenadas serão corretamente apresentadas para quem consultar.
Da mesma forma, a disponibilidade é outro ponto importante, pois as informações precisam estar sempre acessíveis e garantir a agilidade nos procedimentos.
Assim, a falha de segurança pode espantar os clientes efetivos e atrapalhar a conquista de uma nova clientela, pois esta informação pode se espalhar facilmente pelas redes sociais.
Para finalizar, a autenticidade garante que os dados são preservados.
Motivos para investir em medidas de segurança
As companhias se tornam cada vez mais digitais e isso as deixam mais propícias a mais ameaças, caso não se preocupem com o risco de sofrerem com ataques cibernéticos.
Quando uma empresa não investe em segurança da informação pode sofrer com diversos problemas resultando em substanciais perdas financeiras.
As razões para tais resultados são diversas e influenciadas por algumas adversidades, como:
Roubo de dados financeiros;
Roubos de dados corporativos;
Incapacidade de realizar transações online;
Perdas de negócios;
Perdas de reputação e contratos;
Roubos monetários.
As companhias afetadas por ciberataques têm gastos com a reparação de redes, sistemas, dispositivos e bancos de dados.
Além disso, não investir em segurança pode acarretar problemas legais, devido a LGPD.
Os dados pessoais, tanto da equipe de colaboradores quanto dos clientes precisam ser protegidos.
Caso não sejam tomadas as medidas corretas, a companhia pode sofrer com sanções regulamentares e multas que podem dificultar os negócios.
Gerenciar os riscos
Antes e depois de um ataque cibernético, a companhia precisa gerenciar os riscos conforme os seus negócios.
O investimento para criar planos eficientes de proteção e a elaboração de respostas a estes incidentes precisam ser feitos em qualquer momento. Com isso, a empresa pode:
Evitar e diminuir a influência de ataques virtuais;
Reportar quaisquer situações às autoridades responsáveis;
Restaurar os sistemas afetados;
Restabelecer o funcionamento do negócio.
Desse modo investir em segurança significa oferecer treinamentos e conscientizar os usuários sobre boas práticas da segurança da informação.
Camadas da segurança da informação
A segurança da informação precisa incluir três camadas: física, lógica e humana. Cada uma se relaciona a um fator específico dentro de um núcleo, seja esse pessoal, industrial ou empresarial. Como uma empresa tem um sistema e diversos dispositivos móveis, pode sofrer invasões através de qualquer uma destas camadas.
A primeira camada: Física
Tem relação com a infraestrutura e representa a parte física, o hardware. Assim, uma empresa deve montar uma estrutura que defina um local para o servidor e outro para o backup.
Não faz sentido mantê-los em uma mesma sala ou lugar, já que podem ocorrer situações, como incêndios ou, até mesmo, assaltos.
Por isso, faz sentido que estejam longe ou em outro lugar para garantir sua integridade.
A segunda camada: Lógica
Refere-se aos softwares e podemos utilizar metodologias, como a Criptografia para confundir invasores.
Outras medidas são utilizar uma rede pública e desconhecida para evitar a vulnerabilidade; utilizar senhas fracas e não fazer backup.
A terceira camada: Humana
Para garantir a integridade desta camada é importante saber dar permissão de acesso às pessoas certas, não enviar nenhum dado sem a devida autorização após confirmação de identidade.
Além disso, identificar se um e-mail é confiável ou não, assim como ter cuidado com as informações pessoais do próprio funcionário.
Como não colocar o negócio em risco
A diretoria deve encarar a falta de segurança cibernética como um enorme risco ao negócio e seguir as medidas que atinjam os níveis mais altos de proteção.
Independentemente do tamanho do empreendimento, um plano de investimentos em segurança da informação é fundamental.
Com isso, a empresa poderá contar com políticas e processos que mantenham os negócios em funcionamento e os dados protegidos.
Este planejamento cria a estrutura adequada para continuar operando com um nível adequado de segurança e possa ter tempo hábil para prevenir qualquer tipo de ataque.
Isso significa, ainda, que a companhia tomou as medidas corretas para gerenciar as informações, hardwares e softwares.
Felizmente, as tecnologias de segurança cibernética se adaptam às realidades de empresas de qualquer tamanho que operam em mercados distintos.
Por isso, a melhor defesa é investir em recursos para enfrentar os ataques cibernéticos e treinar a equipe sobre as melhores práticas de segurança.
Este artigo foi escrito por Thais de Paula e publicado originalmente em Prensa.li.