Sobre catarse
(Imagem: Pixabay)
Gosto da indefinição da Arte. Gosto de como a Arte faz os especialistas ficarem confusos.
Gosto de como a Arte me confunde.
É catarse, mas…
Gosto da subjetividade da catarse.
A catarse me encanta por não ser só encantamento.
É amor e é beleza e é ternura, sim, mas também é aflição e é agonia e é desconforto. E ainda reconhecimento e empatia e compreensão e dúvida e raiva e aceitação e repulsa. E mais uma lista enorme de emoções que eu não sei listar porque nunca tentei nomear.
Sentimento não tem sentido, e ainda assim a Arte expressa.
É expressão, mas…
Gosto da subjetividade da expressão.
Porque o reconhecimento e a empatia e a compreensão e a raiva e o desconforto e a dúvida e a aceitação geram agonia e amor e aflição e beleza e repulsa e ternura de forma única. E vice-versa também, mas sempre única.
Expressa para mim o que eu já sou ou posso ser. Expressa para você o que você é ou pode ser.
Poder ser porque há o reconhecimento, mas também há um horizonte que inquestionavelmente fica cada vez maior.
Gosto de como a Arte expande horizontes.
Gosto de como liberta e quebra limites.
Gosto da indefinição do conceito de limite.
Gosto da subjetividade do conceito de liberdade.
Este artigo foi escrito por Giovana Lucas e publicado originalmente em Prensa.li.