Sociedade conectada
Está tudo tão estranho que é até pesado parar e escrever algo, tudo tão corrido e tudo tão momentâneo que ser exige muito, muito mais do que supostamente conseguiremos suportar. Ter tudo aquilo que ambicionamos em algum momento da vida parece tão impossível de tal forma a qual nos sentimentos frutados com nós mesmo.
A sociedade é cruel a um ponto terrível, temos que fazer algo, aquilo que serve de suporte para sermos inseridos em um clube inviável e falido de verdade. Muitos fazem de tudo para entrar nesse clube, muitos se perdem nesse caminho, aqueles que estão fora são julgados e exilados, extintos.
Entrar nas redes sociais é extremamente irreal, tão falsificado e excludente ao ponto de sairmos piores do que entramos, sairmos irreconhecíveis, com uma visão totalmente deturpada da realidade. As redes sociais, a sociedade em sua perfeita consciência está formando uma legião de gente doente, uma legião de jovens e adolescentes meramente ansiosos e depressivos de forma progressiva, a cada dia que se passa aumentando esses números como se fossem uma brincadeira, como se fosse uma leviandade, como se por trás das telas não tivessem pessoas e apenas números, inseto de sentimentos, uma estática irreal e eloquente de apenas seguir os passos rumo ao posso sem fundo, em um abismo existencial sem precedentes de como sair.
Este artigo foi escrito por Iasmin Santos de Jesus e publicado originalmente em Prensa.li.