Top 10 Melhores álbuns do ano
“Adeus ano velho, feliz ano novo. Que tudo se realize, no ano que vai nascer” ...
Mais um ano chega ao fim, e mais uma vez você se pega cantando essa canção. E falando em música, nada nos salvou mais neste ano caótico do que a voz de vários cantores extraordinários.
Como forma de relembrar os maiores lançamentos, aqui está uma lista com os 10 melhores álbuns do ano de 2021.
Vale lembrar que o ranking é baseado no gosto um tanto quanto peculiar da autora que aqui os escreve, então sinta-se à vontade para remontar seu "Top 10 Melhores Álbuns de 2021”.
10 - Ed Sheeran, “=”
Nosso amado ruivinho está mais velho agora, ele é casado e é pai. Apesar de todas essas mudanças em sua vida pessoal, seu novo álbum é mais um “punhado” de observações sobre o amor, a vida e as festas em meio à música pop sintética.
Apesar da sonoridade ser extremamente parecida com todos seus outros símbolos matemáticos, “=” traz letras ainda mais simbólicas.
A primeira vez que escutei “First Times” confesso que meus olhos encheram de lágrimas e “Shivers” é aquela canção que dá vontade de sair dançando pela casa enquanto limpa o chão.
“Equal” é profundo, delicado e uma carta aberta à sua nova fase como papai do ano e suas novas experiências.
Não existe nada de errado em mudar, pelo contrário, é ainda mais legal. Mas ninguém sabe ficar “dentro da caixa” de forma mais aconchegante do que Ed Sheeran.
9 - Kacey Musgraves, “Star-Crossed"
É uma pena que a conversa sobre "Star-Crossed" tenha girado em torno do debate sobre o álbum ser 'country ou não'.
O quinto álbum de Musgraves é um dos álbuns de separação mais matizados e emocionalmente equilibrados dos últimos anos.
Para cada sentimento generoso há um tom malicioso e pesar melancólico. Enfim, quem disse que um solo de flauta quente fumegante apresentado em “There Is a Light" não pertence à Nashville?
Se eu pudesse indicar uma única música desse álbum para você sentir vontade de ouvi-lo inteiro, diria para escutar “Easiar Said”, afinal, quem nunca disse “que é mais fácil falar do que fazer”?
8- Taylor Swift, “Red (Taylor's Version)”
Apesar de Red ser um álbum de 2012, Taylor Swift provou mais uma vez a sua relevância para a indústria musical dizendo que uma regravação não precisa ser tão simples.
Com Red (Taylor's Version), Taylor lançou 30 faixas com lembranças dolorosas e com novas canções nunca vistas (ou seria ouvidas?) anteriormente.
Ela entregou músicas reveladoras para nós ao lado de Phoebe Bridgers, a dolorosamente pessoal “Nothing New”, e Chris Stapleton, a deliciosamente agressiva “I Bet You Think About Me”.
Depois, há a joia da coroa de "All Too Well", que disparou para o número 1 no Hot 100 graças em parte à sua versão de 10 minutos de longa data, finalmente materializado em toda a sua glória brutal.
Taylor Swift provou que está levando essa coisa de regravação muito além de um pacote de sucessos retrospectivos para criar um ciclo de álbum totalmente novo, e ela está provando que pode melhorar um clássico no processo.
7- Billie Eilish, 'Happier Than Ever'
Billie Eilish está tentando descobrir tudo, como qualquer jovem de 19 anos, em seu segundo álbum, Happier Than Ever.
Ela tingiu o cabelo de loiro e aparentemente preparou os fãs para uma nova era mais brilhante e confiante com o lançamento do refrescante e esperançoso "My Future" um ano antes do lançamento do álbum.
Mas o conjunto de 16 músicas ainda encontra o vencedor do Grammy, “When We All Fall Asleep, Where Do We Go?”, navegando em um coração partido, tentando tomar a estrada em vez de falar "coisas ruins sobre ex-namorados na internet”, assumindo o peso da idade adulta e se cansando do tóxico olhar masculino.
Por meio de seu lirismo atencioso e vocais ricamente emotivos, Eilish começa a entender, assim como o resto de nós, que ser "mais feliz do que nunca" não é um processo simples.
É crescimento - o que pode ser desconfortável - mas a autodescoberta ao longo da jornada faz com que valha a pena.
6 - Halsey, 'If I Can't Have Love I Want Power'
“If I Can't Have Love I Want Power”, o pivô magistral de Halsey para um foco de rock alternativo mais sombrio, pode ser parcialmente creditado a Trent Reznor e Atticus Ross, os veteranos do Nine Inch Nails que produziram o projeto e ajudaram a localizar seu centro industrial.
Ainda assim, poucos artistas pop foram capazes testar várias sonoridades em um álbum sem que ele parecesse confuso e sem direção.
O álbum “If I Can't Have Love I Want Power”, passa pela música eletrônica agitada em “Girl is a Gun”, pelo pop-punk impetuoso em “Honey”, R&B em “Lilith” e baladas soníferas na deliciosa “Darling”.
Tudo isso refletindo sobre os desafios e revelações de sua recente jornada como uma nova mãe.
5 - Tyler, the Creator, 'Call Me If You Get Lost'
Aqueles que ficaram sob o feitiço de Tyler, com o LP “IGOR”, que sublimava a voz do Criador e expandia o universo, podem ter sido lançados ao um loop gracioso pelo rapper.
Call Me é um caso de fluxo livre e jet set de um artista que ainda consegue fazer mágica sonora sem esforço no microfone, e agora tem uma experiência única de quase uma vida inteira para aproveitar.
Tyler soa firme durante todo o conjunto das canções, chutando heróis como Lil Wayne e Pharrell enquanto oferece uma carona para hitmakers de próxima geração como 42 Dugg e YoungBoy Never Broke Again.
Sua confiança é tão inebriante que na única vez em que ele realmente a deixou cair, no final do álbum, foi para transmitir uma honestidade autodepreciativa relatada em Wilshire".
4 - Doja Cat, 'Planet Her'
“Ladies and gentlemen, Doja cat”
Se você é frequentador do aplicativo TikTok, tenho certeza que viu diversos vídeos com essa introdução.
Doja Cat apaga qualquer dúvida sobre sua versatilidade multifacetada como cantora, rapper, compositora, produtora e visionária em seu terceiro álbum de estúdio.
Trabalhando novamente com os gêneros pop, rap e R&B, e com pitadas de reggaetón, afrobeat, dancehall e outros gêneros globais, Doja Cat entregou “Planet Her” cheio de hits.
Adicionando os toques finais a este guisado sônico estão os vocais e humores de Doja Cat que mudam de forma, senso de humor lúdico e com os convidados perfeitos para cada canção.
Como SZA para a sexy "Kiss Me More" e Young Thug no falsete "Payday."
Além de vários hits solos como na sensual "Need to Know", a empoderadora "Woman" e "Get Into It (Yuh)", um tributo a sua ídola do pop-rap Nicki Minaj.
Indicado ao Grammy de álbum do ano e melhor álbum de vocal pop, Planet Her valida a missão de Doja Cat de se tornar uma estrela essencial.
3 - Adele, '30'
Eu poderia falar novamente sobre o álbum da Adele nesse texto, mas você pode conferir com muito mais profundidade e em uma escala de choro o que achei de “30”, clicando aqui.
A partir da linha de abertura do álbum, "Eu estarei levando flores para o cemitério do meu coração", fica claro que Adele mais uma vez abre uma veia e deixa seus sentimentos fluir de uma forma que poucos artistas tradicionais têm a coragem de fazer.
Enquanto ela mina as profundezas do desespero de seu recente divórcio e sua cura final com “30”, ela também cimenta seu status como uma artista atemporal que não tem desejo de atender aos caprichos da moda.
2 – Lil Nas X, 'Montero'
Desde que entrou em cena com "Old Town Road" em 2019, Lil Nas X comandou uma imagem de pura confiança queer.
O superstar fez seu nome por ser o maior provocador da música, seja por meio de letras carregadas de insinuações sexuais, vídeos musicais que induzem a histeria ou discussões online de alto nível.
Então, quando Lil Nas estreou seu tão esperado álbum “Montero” dois anos depois, fãs e críticos ficaram surpresos ao encontrar um disco cuja qualidade mais chocante foi sua profundidade emocional.
Repleto de temas como isolamento, autodescoberta e aceitação de identidade, Montero apropriadamente retirou o verniz de Lil Nas X e nos apresentou a Montero Lamar Hill, um garoto de 22 anos que de repente ganhou destaque e atendeu as expectativas de comunidades inteiras.
1 – Olivia Rodrigo, 'Sour'
Eu sei que você deve estar pensando que eu sou louca por colocar uma criança no topo de melhores álbuns do ano, mas eu preciso dizer que Olivia Rodrigo foi extremamente grandiosa e, mesmo que você não goste, precisa admitir.
Há referências explícitas o suficiente à juventude da cantora e compositora Olivia Rodrigo em seu álbum de estreia Sour, “Estou farta dos 17 anos” em “Brutal”, a nostalgia de Glee em “Déjà Vu”, e a mais famosa “Driver License”, que você nunca esquece enquanto ouve.
O fato é que Olivia é sim uma jovem de 18 anos que surgiu do nada em janeiro para se tornar a mais nova estrela de sucesso do pop de 2021.
"Sour” é tão sábio que passou longe de ser uma experiência exclusiva para adolescentes. Os números não enganam, Olivia Rodrigo atingiu todas as faixas etárias e o álbum foi desfrutado, mesmo que as escondidas, por todos.
A maneira como Rodrigo captura a desesperança de um coração partido ao longo do álbum torna difícil acreditar que ela está cantando apenas sobre o amor jovem e não uma vida de decepções românticas.
Em um álbum com 11 faixas, posso dizer que pelo menos metade delas se tornaram grandes hits mundiais.
Da amargura mesquinha de "Good 4 U" sendo canalizada através do pop-punk arrogante para a batida arrepiante e rastejante de "jealousy, jealousy", simbolizando o ressentimento inescapável de percorrer as redes sociais e stalkear “aquele perfil”.
Basicamente, como o título do álbum promete, Sour não adoça as coisas: "Sou uma compositora que escreve de um lugar de autenticidade e verdade", disse Rodrigo à Billboard em sua matéria de capa de maio.
“E, na verdade, amor e felicidade e tudo mais não eram os sentimentos que eu estava sentindo no momento.”
Então ela pegou aquelas emoções não tão doces e em vez de mantê-las para si mesma em um diário, como a maioria de nós fazia na idade dela, ela as transformou em uma master class pop.
“Where’s my fucking teenage dream?” Rodrigo choraminga em “Brutal”.
É Olivia Rodrigo, eu também quero saber onde foram parar meus sonhos adolescentes.